quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ENTREVISTA DIÁRIO DE NATAL

DaVinci - Qual o papel da Pesquisa
na UFERSA, atualmente, especialmente
a ligada à Ciência e Tecnologia?
Josivan Barbosa - A UFERSA desempenha
importante papel na inovação
de áreas potenciais dos principais
segmentos produtivos da região: Petróleo,
Gás Natural e Energia Renovável,
Negócio Rural com ênfase na
Agricultura Irrigada e na Agricultura
Familiar. Na Agricultura Irrigada, a
instituição tem se revelado como a
principal geradora de inovações tecnológicas
para o setor, especialmente
para as culturas de manga, melão,
mamão, abacaxi, acerola, melancia,
goiaba e banana. A instituição também
tem gerado bons trabalhos de
pesquisa em culturas tradicionais
como milho, feijão, mandioca e algodão.
Da mesma forma, apresenta
excelentes trabalhos no uso eficiente
da água e do solo no Semi-árido.
Qual a importância dos eventos realizados
pela Universidade, tanto
para a instituição, quanto para o
Estado, de maneira geral?
Desde 1994 que, anualmente, a
instituição apresenta eventos voltados
para o setor produtivo e que
têm como finalidade mostrar para
a sociedade os principais avanços
na geração de inovações que interessam
ao segmento do setor privado.
A UFERSA realiza, todos os
anos, em parceria com o Coex [Comitê
Executivo de Fitossanidade
do RN] e com o Sebrae, a Expofruit
[Feira Internacional da Fruticultura
Tropical], cuja programação
técnica é composta de minicursos,
clínicas tecnológicas, seminários,
caravanas de produtores, entre
outros. A UFERSA também está
realizando a Ficro [Feira Industrial
e Comercial da Região Oeste] em
parceria com a ACIM [Associação
Comercial e Industrial de Mossoró]
e agora abre as suas portas
para a realização da Feira do Empreendedor.
Que outros mecanismos são fomentadores
de C&T na UFERSA?
Nós enviamos, anualmente, mais de
300 trabalhos científicos para congressos
nas diferentes áreas dentro
e fora do país. A maioria dos trabalhos
é na área de Negócio Rural,
mas, a cada ano, está aumentando
a participação da UFERSA nas áreas
de Exatas, Engenharias e Sociais
aplicadas.
Como figura a Pós-Graduação da
Universidade, nesse sentido?
A Pós-graduação da UFERSA está
voltada para cursos que são de interesse
do setor produtivo regional.
A instituição possui, hoje, seis
cursos de mestrado e um curso de
doutorado. A nossa expectativa é
que cada departamento acadêmico
possa ter uma graduação e uma
pós-graduação (mestrado e doutorado)
forte e relacionada com as
demandas regionais.
Que fatores podem caracterizar a
eficiência da instituição?
A eficiência da UFERSA passa, necessariamente,
por uma alocação
diferenciada de professores pelo
Ministério da Educação. Esta é uma
luta que todas as universidades da
região precisam defender.
Saiba mais sobre a UFERSA acessando o
site www.ufersa.edu.br.
De Escola Superior de
Agricultura de Mossoró
(ESAM), para Universidade
Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), vem crescendo
a passos largos e já é uma
referência nacional no ensino,
na pesquisa e na extensão.
Criada em 1º de agosto de
2005, a Ufersa, que já oferecia
educação de qualidade na
condição de Esam, tem vem
crescendo a passos largos e
já é uma referência nacional
no ensino, na pesquisa e na
extensão como preocupação
constante o setor produtivo da
região do semi-árido potiguar.
Para abordar um pouco
da pesquisa na instituição,
conversamos com Josivan
Barbosa Menezes Feitosa, que
já desempenhava a função
de diretor da Esam desde
2004. Ele conduziu o seu
processo de transformação
em Universidade Federal,
quando assumiu a posição de
primeiro reitor da instituição,
embora a nomeação formal
tenha se dado em julho
deste ano, pelo presidente
Luís Inácio Lula da Silva e
pelo ministro da Educação,
Fernando Haddad. Além
de reitor, Josivan também
coordena, na Ufersa, o Centro
Tecnológico do Negócio Rural
do RN (CTARN).
UFERSA
para o Semi-Árido potiguar

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CULTURA DA UVA

CULTURA DA UVA VOLTA AO VALE DO ASSU
Após mais de 20 anos da primeira tentativa de instalação da cultura da uva no Vale do Assu, um grupo de empresários, em associação, tentam novamente implantar a cultura. A cultura da Uva foi testada pela primeira vez no Vale do Assu através das empresas Agro Know e Frunorte Ltda, nesta ordem. A Agro Know foi a primeira empresa a testar a cultura da uva, sendo seguida pela Frunorte em meados da década de 80. A área testada pela Agro Know foi na primeira fazenda adquirida pelo Engenheiro Agrônomo e proprietário da empresa Davi Americano, como era conhecido. A fazenda localizava-se na entrada da cidade de Açu paralela ao Rio Assu.
A Frunorte Ltda testou a cultura na Fazenda Baviera, localizada do lado esquerdo da RN Açu-Carnaubais, o mesmo local onde está sendo testada agora. Naquela oportunidade, a Frunorte Ltda trouxe um engenheiro agrônomo que conhecia a cultura na região de Juazeiro Petrolina. Agora, o grupo de empresários está trazendo um engenheiro agrônomo do Chile, tradicional país produtor e exportador de uva.
O principal motivo que levou a Frunorte Ltda e a Agro Know a erradicarem as áreas com a cultura, foi a forte demanda dos mercados nacional e internacional por frutos de melão e manga, bem mais adaptados à região do Vale do Assu e menos exigentes em tratos culturais. Além disso, as empresas esperavam retirar até 2,5 safras por ano, o que não foi possível.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM 2007 NA UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO

INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFERSA É DESTAQUE NACIONAL
O CNPq divulgou em sua página eletrônica o resultado do Processo de Seleção e Avaliação do PIBIC – o mais importante programa de iniciação científica do país. Foram classificadas 176 instituições de ensino e pesquisa que são apoiadas pelo CNPq através da concessão de bolsas. No processo os consultores da agência consideram os itens Avaliação e Seleção usados pelas Instituições anualmente para indicar os bolsistas de Iniciação Científica. A UFERSA ficou na segunda colocação com uma nota correspondente a 9,8, empatada com a IPEPATRO de RO e UNEB da BA. Vale ressaltar, que em avaliações anteriores, a UFERSA, ainda enquanto ESAM, ocupou a sexta e a quarta colocação. Este resultado demonstra que a UFERSA está no caminho certo e que a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e o Comitê Interno e Externo do PIBIC estão conduzindo um trabalho de excelente qualidade, o que pode ser refletido nos resultados obtidos. A reitoria da UFERSA parabeniza os discentes docentes e servidores que participam do programa.

domingo, 16 de novembro de 2008

HISTÓRIA DA FRUTICULTURA BRASILEIRA 2006

ANUÁRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA I
O Anúario Brasileiro da Fruticultura edição 2006 trouxe um artigo especial denominado: A Fruticultura Cresce. O artigo é de responsabilidade do presidente do IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas), Moacyr Saraiva Fernandes, bastante conhecido dos produtores de frutas do Nordeste. O artigo informa que a produção brasileira de frutas é de 39 milhões de toneladas, cujo valor bruto situa-se entre U$ 5,4 e 5,8 bilhões, sendo prioritariamente destinada a suprir o mercado interno. Deste total, apenas 2,3% da colheita é exportada, o que corresponde a 827.708 toneladas.

UVA
A uva constituiu-se no grande destaque das exportações brasileiras de frutas em 2005. A espécie alcançou U$ 107, 276 milhões, atingindo 51,212 mil toneladas. Mais de 90% das uvas finas de mesa que vão para o exterior saem do pólo de Petrolina e de Juazeiro, no Vale do São Francisco. Essa região ocupa área irrigada de 200 mil hectares.

ABACAXI
Em 2005, o abacaxi brasileiro teve acesso a 15 países, melhor marca registrada desde 2003, quando chegou a 16. Houve uma verdadeira virada. O estado do Ceará, com o incentivo à instalação de novas empresas e o conseqüente sucesso destas no mercado externo, a União Européia, maior mercado comprador mundial, passou a responder pela principal fatia nos embarques do abacaxi brasileiro. O Ceará já figura como o principal exportador dessa fruta do país, seguido dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia. Juntos, responderam, respectivamente, por cerca de 62%, 22%, 6%, 5% e 3% do volume de abacaxis frescos ou secos negociados ao exterior em 2005.

BANANA
Atualmente, o Brasil é o segundo produtor mundial de banana. O primeiro é a Índia. Em 2005, a colheita foi de 6,6 milhões de toneladas. O estado de São Paulo colheu 1,1 milhão de toneladas. A Bahia colheu 867.392 toneladas, seguida de Santa Catarina, com 654.862 toneladas. O Rio Grande do Norte colheu 200 mil toneladas e apresentou a melhor produtividade, com média de 31.400 quilos por hectare. O nosso Estado foi o grande destaque na pauta de exportação.

LIMÃO TAHITI
Em 2005, as vendas externas de limão tahiti foram de 44.258, 172 toneladas, atingindo U$ 26.300,078. No nordeste, o destaque na exportação de limão tahiti continua sendo o estado do Piauí. Os exportadores de limão estão lutando pela isenção da taxa de importação para a Europa, que atualmente é de 8,9%. A reivindicação está sendo tratada nas discussões do acordo bilateral entre Mercosul e União Européia, o chamado Tratado de Doha, da Organização Mundial do Comércio. O principal concorrente brasileiro é o México que está isento da taxa de importação para a Europa.

MAMÃO
O Sul da Bahia é tradicional produtor e exportador do mamão papaia. Já o Rio Grande do Norte trabalha com a cultura há cerca de três anos, cujos resultados são muito animadores. Por aspectos técnicos, o RN e o Sul da Bahia conseguiram autorização do Governo Americano para a exportação. Foi, sem dúvidas, uma grande conquista para os produtores. Além dos Estados Unidos, a União Européia também se configura como um grande cliente. Os principais estados exportadores de mamão em 2005 foram Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia. Juntos responderam por mais de 80% do volume exportado. No Rio Grande do Norte, a produção concentra-se na região Agreste, com três empresas integradoras que trouxeram e adaptaram o conhecimento tecnológico com a cultura já disponível para a Região de São Mateus e Linhares no Espírito Santo.

MANGA
O Vale do São Francisco responde por 92% das exportações nacionais da manga. Em 2005, o Brasil embarcou 113.758, 342 toneladas, proporcionando receita de U$ 72, 526 milhões. As mangas brasileiras destinam-se, em grande parte, à Europa (74%) e aos Estados Unidos (20%). No ano passado aconteceram envios para o Japão. Apesar de realizar compra ainda pequena – em torno de 5 mil toneladas-, o Japão é considerado uma vitrine na conquista de outros consumidores asiáticos. O Rio Grande do Norte possui uma grande empresa, Finobrasa, do Vale do Assu que exporta manga para os três mercados (Europa, Estados Unidos e Japão). A área plantada com a cultura no Estado sofreu um grande atraso com a descontinuidade da atuação da agroindústria Frunorte, verificado a partir de 1998. Naquele ano a empresa possuía uma área plantada acima de 400 hectares. Era a principal empresa produtora de manga do Agropólo Mossoró-Assu e circunvizinhos. Estes pomares – localizados nas fazendas Martins, Água Branca eBaviera - foram abandonados causando um grande prejuízo para a indústria de frutos do RN.

MELÃO
Apesar da desvalorização cambial, que prejudicou de forma geral a todos os segmentos exportadores, o melão brasileiro conseguiu manter um bom desempenho no mercado internacional em 2005. As vendas externas atingiram 179.830 toneladas, o que representou U$ 91.478, 533 em receita. Os principais mercados ainda são os países europeus, com destaque para a Espanha, Reino Unido, Alemanha e Itália. O Rio Grande do Norte ainda é o principal produtor e exportador de melão, seguido do nosso vizinho, o Ceará. Boa parte da produção do Rio Grande do Norte é exportada pelo Porto do Pecém, o que torna o Ceará um grande exportador. As agroindústrias Del Mont Fresh Produce e a Agrícola Famosa são as principais empresas que exportam o melão pelo Porto do Pecém.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A LUTA PELA UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO NO SERTÃO CENTRAL

A idéia de construir a UFERSA – Angicos nasceu no Sertão da Bahia, em dezembro de 2006, quando o reitor acompanhado de mais dois pró-reitores retornavam de um Seminário em Salvador organizado pela UFBA sobre o projeto Universidade Nova com apresentações de algumas IFES sobre a expansão territorial iniciada em 2003. Nestes dois anos a administração central da UFERSA catalisou diversas ações, voltadas para a expansão territorial da UFERSA.
· As ações foram iniciadas em Janeiro de 2007 com a criação de uma Comissão formada pelos docentes Walter Martins, Milton Morais e José Arimatea de Matos visando a expansão territorial da UFERSA, cuja proposição inicial da Reitoria apontava para três campi: Pau dos Ferros, Limoeiro do Norte e Angicos. Em seguida, ocorreram diversas reuniões na região e em Brasília, as quais culminaram com a liberação do Campus da UFERSA em Angicos. Vejamos abaixo:
· Visita de uma comitiva de Pau dos Ferros a Reitoria da UFERSA
· Encontro na Câmara Municipal de Pau dos Ferros para discutir o projeto do Campus da UFERSA em Pau dos Ferros
· Encontro na ACDA – Apodi: Compromisso dos políticos (deputados e senadores) de trocar Limoeiro do Norte por Apodi
· Encontro no BNB – Pau dos Ferros para apresentação de um estudo de viabilidade da UFERSA em Pau dos Ferros
· Visitas à Reitoria da UFERSA de comitivas da Sociedade de Assu, Caraúbas, Apodi, Angicos e Pau dos Ferros acompanhadas dos prefeitos municipais para tratar da instalação da UFERSA nestes municípios.
· Visita de uma comitiva da UFERSA à comunidade de Melancia – Apodi para tratar da instalação do Campus naquele povoado
· Encontro em Assu na Câmara Municipal para discutir a viabilidade da troca de Angicos por Assu
· Encontro dos prefeitos com a Governadora Wilma de Faria para discutir o apoio da Governadora ao projeto de expansão territorial da UFERSA
· Encontro na Praça Pública em Angicos com a presença de diversos parlamentares federais e estaduais para discutir o apoio ao projeto
· Reunião da Bancada do RN com o Secretário de Ensino Superior Ronado Mota: Compromisso do Secretário: Se os parlamentares alocarem recursos para a construção dos Campi o MEC apoiará na liberação de recursos de custeio e contratação de docentes.
· Viagem do Vice-reitor à Terezina – PI para conhecer o projeto de expansão da UFPI e adaptá-lo para a UFERSA
· Análise do projeto Reuni pelo CONSEPE, contendo a expansão territorial (Angicos, Pau dos Ferros e Apodi)
· Análise e Homologação pelo CONSUNI do projeto incluindo os campi, mesmo sem a garantia de recursos dentro da rubrica do Reuni.
· Assinatura do Acordo de Metas do Reuni em Brasília: o acordo não contempla recursos para os campi.
· Reunião agendada pelo prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rego com o Presidente do Senado solicitando a interferência junto ao Ministro da Educação para aprovar o projeto de expansão territorial
· Envio de técnicos a Apodi e Pau dos Ferros para identificar os locais de construção dos Campi
· Reunião com o Ministro da Educação, Fernando Haddad agendada pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho: O ministro disse que não incluiria o projeto dentro do Reuni, mas recomendou ao reitor da UFERSA a apresentar um projeto à parte para a expansão. Ele disse ainda que não recomendava a instalação dos campi em Apodi e Pau dos Ferros, porque estes dois municípios estavam sendo contemplados com CEFET`s que iriam se transformar em IFET`s, condição para oficializá-los como instituições de ensino superior. Ele disse ainda que não justificava o Governo ter duas instituições no mesmo município. O presidente do Senado não pôde para participar da Reunião.
· Reunião da Presidente do Senado com o ministro da educação em exercício José Henrique Paim: O ministro assumiu o compromisso de incluir o Campus de Angicos na expansão da UFERSA e autorizou a sua equipe a dialogar com a Reitoria da UFERSA para tratar da liberação de recursos imediata.
· Ligação telefônica da Professora Maria Ieda Costa Diniz (DIFES) para convidar o reitor para uma reunião em Brasília para tratar da instalação do Campus de Angicos.
· Reunião do Reitor com a Diretora Maria Ieda Costa Diniz (DIFES) para discutir o orçamento do Campus: O MEC assumiu o compromisso de liberar a contratação de docentes efetivos ainda em 2008. Ficou acordado também que 50% dos recursos de capital serão oriundos de Emenda de Bancada.
· Visitas do Reitor e equipe a Angicos para tratar do local de instalação do Campus: O Patrimônio da União liberou uma área de 160 hectares situada na zona urbana do município para a instalação do Campus.
· Visita do reitor da UFERSA, acompanhado dos pró-reitores de Planejamento e Administração e de Graduação ao Centro de Educação e Saúde – CES, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), localizado no município de Cuité-PB, com o objetivo de conhecer as instalações daquela unidade, visando avaliar a possibilidade de utilizar os projetos de suas edificações como referência para a elaboração do projeto executivo do campus da UFERSA a ser construído em Angicos. Como resultado da visita, ficou evidenciado que, devido às semelhanças de finalidade e porte do campus, os projetos arquitetônicos do campus de Cuité poderiam ser aproveitados, com pequenas adaptações, às necessidades acadêmicas e administrativas do campus da UFERSA em Angicos. Imediatamente, a UFERSA solicitou à UFCG a cessão de direito de uso dos projetos das edificações, sendo prontamente atendida pelo reitor da UFCG, prof. Thompson Fernandes Mariz.
· Liberação no Orçamento da UFERSA 2008 de R$ 7 milhões para a construção da Primeira Etapa do Campus de Angicos
· Abertura de concurso público para contratação de docentes para ministrar aulas no primeiro semestre de 2009.
· Abertura de concurso vestibular para os discentes que ingressarão no primeiro semestre de 2009
· Autorização pelo MEC de abertura de Edital Público para contratação de servidores técnico-administrativos
· Contratação de empresa especializada para elaborar o Plano Diretor do Campus de Angicos e projetos de todas as edificações
· Levantamento de preços dos equipamentos de informática, de laboratório, móveis de escritório e material bibliográfico.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

HISTÓRICO DO CTARN I

CAPTAÇÃO DE RECURSOS DA FINEP
Em documento recente emitido pela FINEP sobre a avaliação dos projetos estruturantes dos sistemas estaduais de C, T & I, o Estado do RN conseguiu captar recursos em valores comparáveis com estados maiores como Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em termos de Nordeste, o Rio Grande do Norte destacou-se em relação a outros estados. Enquanto o RN conseguiu 2 milhões 475 mil reais, o Estado de Alagoas conseguiu apenas cerca de 1,7 milhão de reais. Os recursos do RN foram alocados para a UFERSA visando à implantação do Centro Tecnológico do Agronegócio do RN (CTARN). A proposta do Rio Grande do Norte foi contratada nos últimos dias de dezembro de 2006 e a liberação do orçamentário só foi feita por volta das 22:00 h do último dia útil de 2006. Os recursos foram repassados para a FAPERN e a licitação para o início das obras está sendo providenciada pela FAPERN junto a Secretaria de Administração do Governo Estadual.
Segundo a FINEP o atraso no início de alguns projetos foi decorrente de duas dificuldades: a primeira delas foi a demora em obter as assinaturas de todos os partícipes, que, no caso dos projetos estruturantes, são usualmente em grande número, pois um dos objetivos é exatamente associar em torno da proposta as diversas instituições sediadas no Estado que trabalham com o(s) assunto (s) selecionado (s). Acredita-se, que nas próximas operações, esse problema seja minimizado, uma vez que a FINEP passou a limitar as assinaturas a um máximo de dois co-executores, devendo os demais assinar posteriormente um termo de adesão.
A segunda questão observada e que contribuiu para atrasar a contratação foi a solicitação de alguns Estados para alteração do arranjo institucional proposto originalmente, como por exemplo, troca do proponente da operação. Essa alteração, se solicitada após a aprovação da proposta, implica em reexame do assunto pela área operacional e pela Diretoria da FINEP, o que requer um certo tempo. O ideal seria não haver necessidade de alteração no arranjo institucional original.

A LUTA PELA EXPANSÃO DA UFERSA I

No primeiro semestre de 2007 os tópicos abaixo faziam parte da coluna UFERSA em FOCO mostrando a luta pela expansão da UFERSA:

PROPOSTAS DE MESTRADO
Os professores do departamento de Ciências Ambientais estão preparando duas propostas de cursos de mestrado a serem enviadas para apreciação da CAPES. Uma das propostas é um curso de mestrado em Agronomia: Ciência do Solo e a outra proposta é em Informática Aplicada. A primeira proposta contará com o apoio da EMBRAPA e a segunda proposta é uma parceira da UFERSA com a UERN.

NOVOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
A Reitoria da UFERSA recebeu, no último dia 05, os projetos dos cursos de graduação em Engenharia Mecânica e Engenharia de Energia. A comissão que elaborou os projetos foi composta pelos docentes Idalmir de Souza Queiroz Júnior (presidente da comissão), José de Arimatéa de Matos e Francisco Odolberto de Araújo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A LUTA PELO DESENVOLVIMENTO DO SEMI-ÁRIDO

SEMI-ÁRIDO: UMA TERRA ÁRIDA E ESQUECIDA


De acordo com os estudos do Ministério da Integração Nacional, o Semi-Árido Brasileiro é caracterizado pelos seguintes critérios técnicos: precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros; índice de aridez até 0,5, calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990; e risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
A área classificada oficialmente como Semi-Árido Brasileiro é 969.589,4km2, abrangendo 1.133 municípios. No site do Ministério da Integração Nacional há vários documentos evidenciando o seu compromisso com o desenvolvimento desta sub-região, tanto no que se refere à ativação de seu potencial endógeno de crescimento econômico, quanto no sentido da diminuição das desigualdades inter-regionais vigentes no país.
Mas esta sub-região não é árida apenas de chuva, e o risco de continuar subdesenvolvida pelos próximos 100 anos pode ser maior do que o risco da seca. O Semi-Árido é também árido de recursos humanos capacitados para a produção de ciência, tecnologia e inovação, e, se continuar dessa forma, corre o risco de se tornar muito mais árido nas suas perspectivas de crescimento.
A pergunta que fazemos é: como conseguir melhorar os índices de desenvolvimento humano, sem a presença em potencial das universidades públicas federais e dos institutos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação?
Primeiramente, no caso dos institutos, apenas quatro cidades (Campina Grande – PB , Sobral – CE, Petrolina – PE e Teresina – PI) do Semi-Árido são beneficiadas com a presença de pesquisadores voltados para o desenvolvimento regional. O número de pesquisadores nas quatro cidades não ultrapassa duas centenas, o que representa uma proporção pesquisador/município do Semi-Árido igual a 1 para 5; ou uma proporção pesquisador:área de semi-árido aproximadamente igual a 1 para 5000.
Se o número de pesquisadores no Semi-Árido Brasileiro é desanimador, imagine o número de docentes nas universidades públicas federais localizadas nessa sub-região. Em apenas duas cidades (Campina Grande e Teresina) o número de docentes ultrapassa a 500. Entre as outras cidades, dificilmente se encontra uma em que o número de docentes atinja uma centena. Mesmo em cidades sedes de universidades federais, verdadeiros pólos de microrregiões, como Mossoró – RN e Petrolina, o número de docentes universitários é muito reduzido. A Soma dos números de docentes das duas IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) sediadas nessas cidades, não chega a 10% do número de docentes que estão na cidade de Salvador. Como o número de docentes no Semi-Árido é muito reduzido, é reduzido também o número de vagas nos concursos vestibulares das universidades federais dessa sub-região.
Tomando como exemplo a Universidade do Semi-Árido (UFERSA) que, mesmo sem docentes para ministrar as disciplinas dos cursos recém-instalados, oferece apenas 560 vagas por ano; isto só dar para atender o número de jovens de um pequeno município do Semi-Árido.
Mesmo após todo o processo de expansão das universidades públicas federais, ocorrido nos últimos cinco anos, as desigualdades na alocação de docentes nas diferentes regiões têm se acentuado. Apenas para se ter uma idéia dessa desigualdade na região Semi-Árida, onde habita uma população de cerca de 21 milhões de habitantes, ainda se encontram trechos de até 500 quilômetros sem uma universidade federal, ou sem um campus de uma universidade federal. Esta realidade é muito diferente da encontrada no Sudeste. Lá, é muito comum encontrar uma universidade ou um campus universitário distante um do outro apenas 50 ou 100km. Ou seja, no Sudeste a universidade vai aonde a população precisa, mas no Semi-árido a população precisa correr atrás da universidade e, mesmo assim, nessas IFES ainda há pouquíssimas vagas para atender a demanda. A desigualdade de tratamento dispensado às IFES, por ocasião do processo de expansão do sistema federal de ensino superior, também é uma realidade dentro do próprio Nordeste. No último processo de expansão, o RN foi o único Estado da região que não foi contemplado com um novo campus. De Mossoró a Touros – RN (320km de distância) e de Mossoró ao extremo do Alto Oeste, sub-região do Rio Grande do Norte (cerca de 300km de distância) não há um só campus de universidade federal. O número de municípios nessas microrregiões não beneficiadas por uma universidade federal chega a mais de 50% dos municípios do Estado.
Nas duas últimas distribuições de docentes feitas pela Sesu (Secretaria de Educação Superior), a região esquecida pelo resto do país também foi esquecida pelo Ministério da Educação. Na penúltima, a Universidade do Semi-Árido foi contemplada com apenas 15 vagas para realizar o seu processo de expansão. Na última, ocorrida na semana de 18 a 24-6-2007, foi pior. Apenas 10 vagas para docentes foram alocadas para a Universidade do Semi-Árido ampliar o número de cursos de graduação. Novamente esqueceram do Semi-Árido.
Diante da situação de aridez mostrada acima, torna-se iminente o engajamento dos homens públicos da região para minimizar este quadro caótico.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A LUTA PELA EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO

A EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL PRECISA CHEGAR AO SEMI-ÁRIDO DO RN

A interiorização da universidade pública está prevista na constituição de 1988. A melhor forma de pôr em prática este processo é por meio da expansão das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior).
A universidade pública representa um processo de desenvolvimento autônomo: cultural, econômico, científico, entre outros. A preocupação da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) com a expansão é antiga. A primeira tentativa de expandir o sistema federal de ensino superior foi acordada com a SESU (Secretaria de Educação Superior) em 1998. Na oportunidade, o MEC (Ministério da Educação) argumentava que havia ociosidade no quadro de docentes das IFES. O Protocolo preparado pela ANDIFES, que não chegou a ser assinado na SESU, contempla, entre outras, as seguintes premissas: aumento do custeio das IFES; aumento, em 50%, no número de matrículas nas IFES, com incremento anual de 10%; aumento na relação discente/docente de 9 para 1 para 15 para 1; extinção do quadro de professores substitutos; preenchimento das vagas ociosas na graduação; e recomposição do quadro de servidores técnico-administrativos, com base em 1996. Além disso, o protocolo destaca a necessidade de melhoria nas bibliotecas, atualização dos laboratórios de informática e ciências básicas, recuperação dos hospitais universitários e veterinários, criação de um fundo de infra-estrutura para as IFES e para a modernização da educação à distância. Infelizmente, os reitores esperaram quatro anos (1998 a 2002) e o protocolo não foi assinado.
A partir de 2003, considerando que a expansão das IFES era uma questão de sobrevivência para o sistema federal de ensino superior do país, dado o incremento assustador no número de instituições particulares, as IFES, de forma isolada, retomaram as negociações com a SESU.
Os projetos de criação de novos campi, aprovados pela SESU, foram engavetados no último mandato do Governo FHC. Na retomada pelo Governo Lula, de pronto, a SESU aprovou 7 (sete) novos campi. Em seguida, foram aprovados mais 12 (dose) e, por fim, chegou a aprovar um total de 48 (quarenta e oito). Entre os projetos em andamento e os que estão iniciando em 2007, já se fala em 79 novos campi. A maioria desses projetos foi aprovada por pressão parlamentar ou algo semelhante. Esta expansão, independentemente da forma, é salutar no tocante à expansão de vagas.
Como se vê, a partir de 2003, o projeto de expansão do sistema federal de ensino superior não teve a chancela da ANDIFES. Assim, urge, a partir deste momento, que a ANDIFES tenha uma proposta de expansão do sistema federal de ensino para o país. Isto se justifica, devido à pressão dos nossos parlamentares, e demais homens públicos das diversas regiões do país, pela continuidade da abertura de novos campi. A abertura de novos campi atende a demanda por formação profissional e científica, bem como as necessidades de desenvolvimento socioeconômico e sociocultural das diferentes microrregiões deste imenso país. O Governo Brasileiro já compreendeu a importância das IFES com o desenvolvimento do país e, agora, lança o Plano de Desenvolvimento da Educação, que contempla uma segunda fase de expansão para as IFES.
No período de 2003-2006 todas as regiões do país foram contempladas com novos campi. O Nordeste foi contemplado com 19 novos campi, mas apenas um Estado, o Rio Grande do Norte, ficou fora do processo. Os motivos que levaram o nosso Estado a não receber recursos do MEC são facilmente entendidos pelos homens públicos. Resta, agora, não lamentar o tempo perdido mas sim, apresentar ao MEC um plano para a ampliação territorial da Universidade Pública Federal no Estado do Rio Grande do Norte, contemplando regiões tradicionalmente excluídas do desenvolvimento em Ciência, Tecnologia e Inovação, como é o caso do Sertão Central, Chapada do Apodi e do Alto Oeste.
A proposta de construção de três campi nestas regiões excluídas e esquecidas está sendo preparado pela Universidade do Semi-Árido e será entregue ao MEC nos próximos meses. Esperamos mais uma vez a sensibilização da Secretaria de Educação Superior do MEC com os problemas da educação do Semi-Árido.
Dentro da programação estabelecida pelo MEC, a pré-proposta será entregue pela UFERSA até o dia 27 de Agosto de 2007. O projeto foi acordado com a UFRN, a qual se responsabilizará para apresentar proposta de expansão para a região do Seridó e Trairi, ficando a UFERSA responsável pela expansão do Sertão Central ao Extremo do Estado (Alto Oeste).
O projeto da UFERSA apresentará as seguintes características:
- Criação de 06 novos cursos de graduação no Campus Central (Mossoró) e criação de um curso novo dentro do projeto Universidade Nova, denominado Bacharelado em Ciência e Tecnologia, o qual será oferecido em três turnos no Campus Central e nos novos campi.
-O curso terá duração de três anos, formando um cidadão Bacharel em Ciência e Tecnologia. No final do terceiro ano, o estudante poderá fazer a opção por um dos cursos de Engenharia da UFERSA. Neste caso, o estudante deslocar-se-á para o Campus Central e estudará mais dois anos, saindo com o título de Engenheiro, conforme a sua escolha. Haverá a opção também do estudante fazer, ao final do terceiro ano, a escolha por licenciatura em Química, Física, Biologia ou Matemática. Neste caso, ele cursará a licenciatura no Campus de origem, não havendo a necessidade de se deslocar para o Campus Central.
- O número de vagas em cada campus será de 300, com a expectativa de que 10% sejam de evasão, 30% conclua o Bacharelado em Ciência e Tecnologia, 30% conclusa umas das Engenharias do Campus Central e 30% faça a opção por licenciatura.
- A UFERSA contratará docentes (em média 50 para cada Campus) e técnicos-administrativos (50 para cada campus) com alocação exclusiva, conforme Edital de Concurso Público. Não será permitida o deslocamento de docentes entre os Campi.
-Os projetos de construção dos Campi serão idênticos para as três micro-regiões conforme Tabela abaixo:

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

REVISTA AGRONORDESTE

O Semi-árido precisa urgentemente de um veículo de comunicação voltado para a divulgação das principais inovações tecnológicas do negócio rural do RN. Tentativas neste sentido surgiram, mas não foram a frente. A mais recente foi a Revista Agronordeste. Na primeira edição da Agronordeste, fizemos um texto, o qual está sintetizado abaixo:

“De acordo com os estudos do Ministério da Integração Nacional, o Semi-Árido Brasileiro é caracterizado pelos seguintes critérios técnicos: precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros; índice de aridez até 0,5, calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990; e risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
A área classificada oficialmente como Semi-Árido Brasileiro é 969.589,4km2, abrangendo 1.133 municípios. No site do Ministério da Integração Nacional há vários documentos evidenciando o seu compromisso com o desenvolvimento desta sub-região, tanto no que se refere à ativação de seu potencial endógeno de crescimento econômico, quanto no sentido da diminuição das desigualdades inter-regionais vigentes no país.
Mas esta sub-região não é árida apenas de chuva, e o risco de continuar subdesenvolvida pelos próximos 100 anos pode ser maior do que o risco da seca. O Semi-Árido é também árido de recursos humanos capacitados para a produção de ciência, tecnologia e inovação, e, se continuar dessa forma, corre o risco de se tornar muito mais árido nas suas perspectivas de crescimento.
Dentre os insumos essenciais para o desenvolvimento de qualquer região, o acesso à informação é um fator essencial.
Nesse sentido, a cidade de Mossoró mais uma vez sai na frente com o lançamento da revista Agronordeste. Esta Revista preenche uma importante lacuna no tocante à falta de informações geradas pelas instituições públicas e privadas que podem ser disponibilizadas para a população rural do Semi-árido e do Nordeste como um todo, independente de ser um técnico que trabalha numa área de assentamento ou um grande empresário da Agricultura Irrigada.
A revista Agronordeste pode contribuir para o desenvolvimento do Nordeste, sendo um importante canal de comunicação dos pesquisadores dos institutos de pesquisa e das universidades públicas com os técnicos e os micro, pequenos, médios e grandes empresários do negócio rural do Nordeste. A Revista pode também levar à informação aos mais longíquos recantos desta região. A Revista abordará, entre outras temas, os seguintes:
1. Agricultura Irrigada em micro-regiões potenciais, com ênfase nas principais culturas voltadas para os mercados regional, nacional e de exportação, notadamente Europa, Mercosul e Estados Unidos. Estima-se que, pelo menos, 30 culturas serão objeto de divulgação da Revista. As principais fruteiras irrigadas do Semi-árido, indo desde o Norte de Minas Gerais até o Piauí serão destacadas, em quase todas as edições;
2. Agricultura familiar irrigada, com destaque para os distritos irrigados;
3. Agricultura de sequeiro
4. Agricutura nas áreas de assentamento, dando ênfase no apoio público e privado para o desenvolvimento das áreas alocadas para a política do setor;
5. Produção Animal praticada por pequenos, médios e grandes empresários rurais, com destaque para a bovinocultura de corte e de leite, caprinovinocultura, avicultura, apicultura, aqüicultura, entre outros setores.
6. Bioenergia - voltada para culturas potenciais como mamona, soja, algodão, dendê, girassol e pinhão manso;
7. Desenvolvimento sustentável do Semi-árido;
8. Bacias hidrográficas e o impacto no desenvolvimento das mciro-regiões;
9. Formas alternativas de armazenamento de água no Semi-árido;
10. Impactos do uso da água e do solo com fins agrícolas;
11. Expansão territorial da agricultura irrigada no Nordeste;
12. Empreendedorismo Rural, Turismo Rural, entre outros assuntos”.

domingo, 26 de outubro de 2008

MUDANÇA NA SEDEC

Após as eleições municipais, a Governadora Wilma de Faria iniciou o processo de mudança de assessores. O primeiro a deixar o cargo foi o Engenheiro Marcelo Rosado. Quando Marcelo Rosado assumiu a SEDEC, nós colocamos na coluna negócio rural a seguinte observação:
“Ao assumir a SEDEC, Marcelo Rosado - ex-docente da Universidade Federal Rural do Semi-árido (quando ESAM) precisa olhar com uma lupa para a FAPERN (Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte) e para a sua relação com o CNPq. A FAPERN tem procurado atender às reivindicações dos produtores ligados à agricultura irrigada do RN, através da alocação de mais pesquisadores com bolsas DCR (Desenvolvimento Científico Regional) e recursos para os primeiros projetos (apoio a jovens doutores). Até o momento, mesmo com todas as dificuldades de repasse de recursos pelo Governo Estadual, a FAPERN tem priorizado o interior do Estado na distribuição de quotas de bolsas de pesquisa. O novo secretário precisa também olhar, em detalhes, para o CONECIT (Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia)”.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A EMBRAPA EM MOSSORÓ NO ANO DE 2006 E EM 2008

CENTRO DA EMBRAPA EM MOSSORÓ
Após um ano que as autoridades se reuniram na Fazenda Famosa para discutir a possível instalação em Mossoró de uma unidade da EMBRAPA, surge, oficialmente, o primeiro pesquisador. Trata-se do doutor Marcos Moreira, especialista em Fitossanidade. Ele chegará a Mossoró no próximo dia 26 de fevereiro. Naquela oportunidade a reunião foi uma iniciativa do COEX/Sindicato Rural de Mossoró e Baraúna. A participação dos produtores e de entidades ligadas ao negócio rural foi expressiva. Representou a EMBRAPA o Diretor Executivo Geraldo Eugênio, atendendo a uma reivindicação da Governadora Vilma de Faria em audiência com o presidente Sílvio Crestana. Estiveram presentes os chefes gerais da EMBRAPA Semi-Árido e da EMBRAPA Agroindústria Tropical. O compromisso da EMBRAPA era liberar 10 pesquisadores. A reunião mostrou que a luta iniciada em 2005 está apenas começando. A UFERSA está colocando à disposição destes pesquisadores que irão se instalar em Mossoró a sua infra-estrutura de laboratórios e salas de apoio.
As grandes preocupações dos produtores no momento são: mosca minadora que aumentou em mais de R$ 500 por hectare os custos de produção da cultura do melão, a adoção de um plano de adubação para a cultura do melão e a ameaça de perda de mercado por causa dos resíduos de agroquímicos e pelos altos custos da cultura, que passaram de 8000 reais por hectare para cerca de 15000 reais.
Atualmente a EMBRAPA se faz presente no RN através da EMPARN. A EMBRAPA possui 36 servidores lotados na EMPARN, dos quais 13 são pesquisadores. O Rio Grande do Norte é um dos seis estados da federação que não possui um centro nacional da EMBRAPA. A reitoria da UFERSA e a Diretoria da EMPARN estão defendendo o fortalecimento da EMPARN.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A DEL MONT NO AGROPOLO MOSSORÓ - ASSU E CIRCUNVIZINHOS

O POTENCIAL DA DEL MONT EM 2006


EMPREGO PARA AGRÔNOMOS 1
Instalada no Vale do Assu no início dos anos 2000, a agroindústria Del Mont Fresh Produce se constitui hoje na principal empresa geradora de empregos para engenheiros agrônomos do Brasil. Atualmente, a empresa possui 35 engenheiros agrônomos trabalhando nas micro-regiões do Vale do Assu, Quixeré e Limoeiro do Norte.

EMPREGO PARA AGRÔNOMOS 2
Na Del Mont Banana, instalada no Vale do Assu (municípios de Assu, Ipanguaçu e Alto do Rodrigues), há 18 engenheiros agrônomos trabalhando em 11 fazendas. Nas micro-regiões de Quixeré, onde está instalada a Del Mont melão, e Limoeiro do Norte (Distrito Irrigado Apodi Jaguaribe), onde está instalada a Del Mont Abacaxi há 17 engenheiros agrônomos, sendo 11 trabalhando com a cultura do melão e seis com a cultura do abacaxi.

BANANA
A Del Mont Fresh Produce é a primeira agroindústria do Agropólo Mossoró-Assu e circunvizinhos a trabalhar um projeto de banana orgânica. O projeto de banana orgânica está sendo desenvolvido numa das 11 fazendas no Vale do Assu e destina-se a atender o mercado europeu. O cultivo de banana orgânica já é uma realidade na Costa Rica, onde a empresa possui muita experiência com o cultivo de banana. A Costa Rica é um grande produtor de banana. Possui 42 mil hectares instalados com a cultura.

ABACAXI
O abacaxi produzido pela Del Mont Fresh Produce é a cultivar conhecida como Gold. A empresa possuía, até o ano passado, o direito de exclusividade. A partir deste ano, outras empresas da região, como a Nolem e a Agrícola Famosa passaram a plantar esta cultivar. Este tipo de abacaxi destaca-se pelo elevado teor de açúcar e pela coloração amarelada da polpa. O pesquisador que trabalhou com o melhoramento da cultivar denominou-a de MD – 2. No mercado internacional já se comenta que pesquisadores da Costa Rica estão desenvolvendo a cultivar batizada de MD – 3.

MELÃO
Para cultivar o melão na micro-região de Quixeré, a Del Mont Fresh Produce utiliza as técnicas mais modernas do mundo. Há um engenheiro agrônomo específico para trabalhar cada fase da cultura, desde o preparo das mudas, passando pelo preparo do solo, até a comercialização. A empresa utiliza água de poços de média profundidade (150 a 200 m) e trabalha, em todas as áreas, com o uso do plástico e de mantas visando a proteçãostico e de mantas visando a proteç as ra, desde o preparo das mudas, passando pelo preparo do solo, at.ltivo de banana org

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

FRUTICULTURA CEARENSE NO FINAL DE 2005

FRUTICULTURA CEARENSE
A fruticultura cearense tem colhido bons frutos nos últimos anos. Com um crescimento estimado em 2.209% nas exportações, o setor é o quarto no ranking nordestino e quinto no brasileiro. No ano passado, o Estado faturou US$ 44,6 milhões no mercado internacional. A utilização de tecnologia da irrigação e a agroindústria como instrumentos para agregar valor, modernizar e diversificar dinamizou e estabilizou a atividade, oferecendo novas oportunidades de emprego e renda para a população rural. Hoje, o segmento emprega 19.269 pessoas, representando um crescimento de 95% em relação ao ano de 1999.As exportações de frutas do Ceará, até 2003, eram voltadas principalmente para o melão e melancia. A partir de 2004 ganhou nova projeção com o início das exportações de abacaxi. Em 2005, teve início uma nova etapa com a inserção de novos produtos na pauta de exportações, como o mamão, banana e figo. Entre as frutas exportadas pelo Estado do Ceará, o melão continua sendo a mais representativa. A área cultivada de melão no Ceará em 2005 foi de aproximadamente 5.000 hectares, com produção estimada em 150 mil toneladas.Contribuiu para o crescimento da produção de melão do Estado, a produção de outras variedades de melões, como Gália, Orange Flesh, Cantaloupe e Pele de Sapo.A cultura do melão tem colocado o Estado do Ceará como o 2º maior produtor e exportador brasileiro, que junto com o Rio Grande do Norte, mantêm a hegemonia na região e no País.

ABACAXIA cultura do abacaxi continua se expandindo e as vendas para o mercado externo têm crescido, tornando o Ceará o principal exportador brasileiro. Começa a ser produzido por outros produtores além da Del Monte, inclusive por pequenos produtores em parceria com a Empresa cearense Itaueiras, tradicional produtora de melão.

BANANAA entrada em produção da Banesa, uma associação da Nolem, tradicional produtora de frutas do Nordeste, com a Fyffles, líder mundial na distribuição de frutas, colocou o Ceará como o mais novo Estado brasileiro exportador de banana. Outras frutas começam a aparecer na pauta cearense de exportações como o mamão, para a qual o Estado se prepara com a implantação do System Approach e com reconhecimento de área livre de moscas das frutas.EMPREGO
A agricultura irrigada gerou mais de 53 mil empregos diretos no Ceará. A projeção para este ano, é de que alcance a marca dos 58.841 empregos, dando um pulo em 2010, de acordo com estudos baseados na expansão do setor. Para obter sucesso, o Estado elegeu, com base em análise de mercado, as seis frutas com maior potencial: abacaxi, banana, mamão, melão, manga e uva. Isso sem descartar as possibilidades da ata (pinha), graviola, goiaba, melancia, coco verde, acerola, limão, laranja, abacate e figo.
ÁREA PLANTADA
Os 18 mil hectares cultivados em 1999 passaram para 27,8 mil hectares em 2004. Em 2006 deverá alcançar uma área de 37,5 mil hectares e mais 51 mil ha até 2010. Os dados correspondem a um aumento de 182% no período ou cerca de 15% ao ano.

sábado, 18 de outubro de 2008

HISTÓRICO DA AGRICULTURA IRRIGADA NA REGIÃO DA UFERSA II

AGRICULTURA IRRIGADA I
Nos últimos dias percorremos cerca de 500 km mostrando para os discentes do primeiro período do curso de Agronomia as potencialidades da nossa agricultura irrigada. Iniciamos pela estrada que liga Mossoró ao vizinho município de Baraúna. Logo nos primeiros quilômetros existem duas empresas que surgiram para dar suporte ao setor. Uma delas está voltada para a construção de máquinas e implementos para o manuseio de frutas nos packinghouses (casas de embalagens) e a outra funciona como uma central de recebimento de embalagens vazias. Esta representa um forte sinal da evolução da agricultura e da conscientização do setor com a preservação do meio ambiente. Ambas são dirigidas por técnicos oriundos da extinta Frunorte Ltda (Frutas do Nordeste Ltda) que funcionou e impulsionou a agricultura irrigada no Vale do Açu, no período de 1986 até 1998.

AGRICULTURA IRRIGADA II
No km cinco os discentes conheceram as ruínas da antiga Fazenda São João. É triste olhar para os dois lados da Rodovia. Na década de 80 o lado direito, onde está localizada a casa que pertenceu ao saudoso Tarcísio Maia, era caracterizado por belíssimo plantel de raças selecionadas de bovinos de leite. Hoje não existem nem sinais de que ali se criava gado de leite. Até as instalações foram destruídas.
Do outro lado podemos observar o estado avançado de avaria da sede da Fazenda. Uma belíssima casa que na década de 90 e nos primeiros anos de 2000 funcionou como escritório da empresa. É triste observar o estado de abandono daquelas instalações. Não sabemos como se encontram as instalações do packinghouse (casa de embalagem) que possuía uma das melhores infra-estruturas da região. Mas se traçarmos um paralelo com o que se vê ao lado da rodovia, não dar para esperar muita coisa.

AGRICULTURA IRRIGADA III
A Fazenda São João foi a última grande empresa da agricultura irrigada da região a fechar as suas portas. A primeira foi a ARISA em 1993; a segunda foi a Agro Know em 1996; a terceira foi a Frunorte Ltda em 1998 e a São João sofreu descontinuidade em 2001. A partir de 2001, toda a área irrigada no município de Mossoró, compreendendo a micro-região que vai desde as proximidades da Fábrica de Cimento até o distrito de Alagoinha, foi desativada. A empresa passou a trabalhar apenas com a manga que era cultivada no município de Ipanguaçu, onde havia uma área de 80 hectares com manga Tommy Atkins. Em Mossoró, a empresa plantava melão e melancia. Ela possuía um excelente quadro de técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos.

AGRICULTURA IRRIGADA IV
A antiga Fazenda São João está instalada numa região que possui solos de excelente qualidade, mas a água do arenito Açu encontra-se em altas profundidades (acima de 600 m). Esta mesma situação (dificuldade de água) estende-se numa faixa que se limita com o município de Governador Dix-Sept Rosado, Caraúbas, Felipe Guerra, antiga Fazenda Maisa (estrada da Aroeira) e a cidade de Baraúna. Este é o principal motivo do baixo preço das terras nesta faixa. O preço do hectare é inferior a 100 dólares. Além disso, em algumas áreas dessa faixa, os solos são rasos e de péssima qualidade para o cultivo de culturas perenes. Isto explica por que na década de 80 alguns agricultores que possuíam terras ao lado da rodovia Mossoró-Governador Dix-Sept Rosado venderam e se instalaram no município de Baraúna, mais precisamente nas proximidades do Sítio Sumidouro, principal micro-região produtora de Baraúna.

AGRICULTURA IRRIGADA V
Na chegada à cidade de Baraúna percebe-se uma mudança brusca na qualidade dos solos e na facilidade de se conseguir água de qualidade. Praticamente na zona urbana do município em ambos os lados da rodovia, há cultivo de mamão formosa, acerola, graviola, manga entre outras. A primeira fazenda do lado direito de quem chega ao município que pertence a um empresário mossoroense do setor de saúde mostra sinais de descontinuidade das atividades. Acreditamos que o principal motivo seja o de que a agricultura irrigada não tem espaço para empresários que não vêem o setor como um negócio rural.
A primeira fazenda do lado esquerdo que pertence a um produtor rural bastante tradicional e que chegou a Baraúna graças a um programa do Banco do Nordeste dos anos 80 implantado para engenheiros agrônomos (Prodesa), também mostra sinais de retrocesso. Na década de 90 esta fazenda era modelo na produção de melão, melancia e mamão. Uma placa sinalizadora colocada na entrada dessa fazenda indica que o produtor está cedendo espaço para a instalação de uma multinacional do setor de sementes.

AGRICULTURA IRRIGADA VI
Saindo de Baraúna com destino a Quixeré pela Estrada do Melão, a primeira empresa pertence ao engenheiro agrônomo Jose Pereira de Araújo que foi o primeiro produtor a se mudar da região de Governador Dix-Rosado para o município de Baraúna. Este produtor é considerado modelo da região e é mais um exemplo de sucesso de técnico ex-prodesiano (que recebeu recursos do programa Prodesa – Banco do Nordeste). A empresa pertencente a esse empresário é denominada de J. Pereira Produção e Distribuição de Frutas Ltda, trabalha tradicionalmente com o melão amarelo e existem áreas irrigadas com manga, caju anão precoce e mamão formosa. Há sinais de que a empresa esta arrendando áreas vizinhas pertencente a técnicos que não fizeram sucesso com o programa Prodesa.

AGRICULTURA IRRIGADA VII
Em seguida, há algumas empresas instaladas do lado direito da rodovia e placas sinalizadoras de que novas empresas estão se instalando na região. Após a divisa com o Estado do Ceará, a primeira grande empresa instalada é a Del Mont Fresh Produce com uma grande área plantada de melão. Acreditamos numa área cultivada superior a 1000 hectares. A empresa possui um excelente sistema de packinghouse e um moderno aparato de máquinas agrícolas. Emprega muita mão de obra, desde motoristas que transportam a produção para o Porto do Pecém em Fortaleza, passando por trabalhadores de campo até técnicos e engenheiros. Nesta área a Del Mont cultiva apenas melão e melancia e o nome da empresa é Del Mont Melão. A Del Mont Banana está instalada em Ipanguaçu e a Del Mont Abacaxi nas proximidades do Distrito de Tomé – Limoeiro do Norte (CE).

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ENTREVISTA NO JORNAL TRIBUNA DO OESTE

ENTREVISTANDO...
Josivan Barbosa Por ISAIAS GARCIA
Foto MARCOS GARCIA
Quais as dificuldades enfrentadas
para transformar em Universidade
a Escola Superior de Agricultura
de Mossoró?
O projeto de transformação da ESAM
em UFERSA já contava com 13
anos de debate dentro da instituição
e nos gabinetes do Ministério da Educação.
A principal dificuldade ocorreu
quando o projeto foi reprovado pela
Casa Civil. Neste momento procuramos
a Governadora Wilma Maria de
Faria que prontamente falou com o
ministro José Dirceu e este interferiu
junto ao MEC para que fosse feita uma
nova exposição de motivos para o projeto
de transformação. Este foi, sem
dúvidas, o momento mais complicado
nos 18 meses que lutamos para
transformar a ESAM em UFERSA. No
total, percorremos mais de 30 mil quilômetros
de automóvel e fizemos cerca
de 2 viagens por mês para Brasília.
O que mudou com essa transformação?
A principal mudança veio com a
autonomia da Universidade para a criação
de novos cursos, o que não havia
no caso da ESAM. Sempre que a instituição
queria criar um novo curso
era obrigada a submetê-lo ao aval do
Ministério da Educação. A partir do
momento em que transformamos a
instituição em Universidade iniciamos
um processo corajoso e ousado de ampliação
do número de cursos.
Após passar de Escola para Universidade,
outros cursos foram criados.
Quantos são no total e quais são?
A UFERSA oferece 22 alternativas
de cursos para os jovens do Semi-árido.
Em 2003, quando ainda ESAM
eram oferecidos apenas dois cursos
(Agronomia e Medicina Veterinária).
Na área de Ciências Agrárias oferecemos
além de Agronomia e Medicina
Veterinária, os cursos de Zootecnia,
Engenharia Agrícola e Ambiental e Engenharia
de Pesca. Nas áreas de Engenharia
os jovens poderão optar por Engenharia
de Energia, Engenharia de Petróleo,
Engenharia de Produção, Engenharia
Química e Engenharia Mecânica
ou Engenharia Florestal. A partir
deste ano passamos a oferecer o
curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia
(curso novo e no formado do
projeto Universidade Nova). No Departamento
de Agrotecnologia e Ciências
Sociais oferecemos o curso de administração
e a partir do próximo vestibular
iremos oferecer o curso de Contabilidade.
No Departamento de Ciência
Animal vamos oferecer mais dois
cursos novos: Ecologia e Biotecnologia.
A UFERSA oferece também o curso
de Ciência da Computação.
Está em estudo a implantação de
outros cursos, entre eles Direito. Esse
curso será instalado em breve ou
ainda demora?
A UFERSA como qualquer outra
Universidade deste país não tem autonomia
para criar os cursos de Direito,
Medicina, Odontologia e Psicologia.
Mesmo assim, a nossa instituição
já venceu 4 fases de um total
de 5 para a implantação do curso de
Direito. A última fase é uma visita in
loco de consultores do INEP. Esperamos
sensibilizar o MEC para acelerar
esta fase. Conversei pessoalmente com
o Ministro Fernando Haddad e ele
mostrou-se muito receptivo, mesmo
porque o curso já recebeu o parecer
favorável da OAB Nacional. Não queremos
marcar uma data para início
do curso, porque depende desta fase,
mas nesta semana enviamos um assessor
ao MEC para tratar especialmente
deste problema.
Hoje, existe no Brasil uma proliferação
de cursos de Direito. Essa
constatação é preocupante, ou o senhor
acha normal?
Nós estamos criando um curso de
Direito numa Universidade Federal
que terá condições de contratar os melhores
profissionais da área que têm
vocação pela licenciatura. O curso de
Direito da UFERSA não vai competir
com os demais cursos. Vamos nos
unir com a UERN e complementar
as áreas que são deficientes na nossa
região, como Direito Internacional,
Direito Mineral, Direito Agrário, Direito
Digital, Direito Administrativo
entre outras áreas. Dessa forma as duas
IES poderão, num prazo mais curto,
implantar um curso de mestrado
em Direito, o qual não tem na região
Semi-árida do Rio Grande do Norte e
circunvizinhas.
Quantos professores formam o
corpo docente da Ufersa?
A UFERSA possui no seu quadro
160 docentes, dos quais 128 são efetivos.
Estamos com liberação para contratação
de mais 151 professores nos
próximos meses. Esse número é muito
pequeno se levarmos em consideração
a missão da UFERSA diante do
desenvolvimento do Semi-árido. Mas,
não há uma luta maior para um dirigente
de uma Universidade Federal
do que a disputa pela alocação de vagas
pelo MEC. Pedimos ao ministro
Fernando Haddad uma liberação de
vagas diferencial para o Semi-árido.
Ainda há uma grande resistência para
esta proposta por parte das grandes
IFES, mas acreditamos que vamos
conseguir avançar com esta proposta.
Qual o conceito que a Ufersa detém
hoje?
A UFERSA recebeu o conceito 3
(regular). O conceito foi recebido pela
comunidade acadêmica como normal,
pois a nossa instituição tem apenas
três anos de existência como Universidade.
Esse conceito representa
uma instituição que está em construção
e é essa a nossa realidade. A UFERSA
está construindo os principais equipamentos
necessários para o funcionamento
de uma instituição de ensino
superior de qualidade.
O senhor enfrentou problemas,
durante, e após sua campanha para
reitor da instituição. O que de fato
aconteceu?
A minha posse com reitor da
UFERSA sofreu um atraso em função
de um problema meramente burocrático.
O normal era que a o Decreto
Presidencial de nomeação do
reitor tivesse sido novamente publicado
no Diário Oficial da União e se
estabelecesse uma nova data para a posse
do reitor eleito pelos três segmentos
da Universidade. Infelizmente, a
oposição dentro da UFERSA solicitou
à Justiça Federal que o segundo lugar
da lista fosse conduzido ao primeiro
da lista e retirasse da lista o reitor eleito
pela comunidade. Esse foi mais um
momento triste na história da democracia
interna desta instituição. Com
esta atitude, percebemos que os nossos
colegas opositores têm apenas sede
de poder. As instituições estão mudando.
A cada dia uma pessoa que
tem serviço prestado adquire mais respeito
da comunidade interna. Na
UFERSA isto já é uma realidade. E eu
sinto-me muito orgulhoso de ter contribuído
para este avanço, juntamente
com os dirigentes que me antecederam.
A Ufersa vai implantar um campus
fora de Mossoró, qual a expectativa
do senhor nesse setor de expansão?
A UFERSA Angicos já é uma realidade.
Isto foi assumido pelo ministro
Fernando Haddad na sua visita a
Mossoró. Vamos abrir vestibular no
próximo mês, com a certeza de que
teremos oportunidades para 300 jovens
do Sertão Central ingressar anualmente
numa Universidade Federal de
qualidade. Ao mesmo tempo estamos
tomando todas as providências para
preparar o processo licitatório para a
construção do Campus. A expectativa
é de atender a 32 municípios que
estão na região do Sertão Central e
no entorno. Vamos contratar 60 professores
e 35 servidores técnico-administrativos.
Esperamos que Angicos
tenha duas histórias: uma antes e outra
depois da UFERSA Angicos.
Quanto será investido nesse campus?
O projeto completo de infraestrutura
da UFERSA Angicos está estimado
em 14 milhões de reais, sem contar
com o terreno que está sendo repassado
pelo patrimônio da União
oriundo do Ministério da Educação.
É uma área de 160 hectares localizada
na região urbana da cidade. Esperamos
que a UFERSA Angicos seja um modelo
de Campus universitário para o
resto do Semi-árido.
O Presidente da República Luiz
Inácio Lula da Silva, esteve recentemente
em Mossoró inaugurando a
Ufersa. O que o senhor conversou
com ele, no que se refere a reivindicações?
O pedido que fiz ao presidente está
contido no meu discurso e não poderia
ser outro, senão uma alocação diferencial
de vagas de docentes para o
Semi-árido. Tenho dito que se continuarmos
alocando docentes na mesma
proporção que alocamos para as
regiões ricas (Sudeste e Sul) levaremos
mais 50 anos e a realidade do Semiárido
não mudará. Basta entender que
as três IES públicas do RN juntas já
se aproximam de 140 anos de existência
e mesmo assim, temos muitos municípios
onde o jovem não tem acesso
ao ensino superior público de qualidade,
como exemplo, podemos citar
o município de Angicos, onde apenas
2 jovens para cada 100 têm acesso
ao ensino superior.
A Ufersa enfrenta algum problema
na atualidade?
A UFERSA é uma instituição em
construção e como tal enfrenta inúmeros
problemas. O maior é a infraestrutura
do Campus que está sendo
recuperada e em construção. Mas nenhum
outro problema é maior do que
a falta de docentes para podermos ampliar
a oferta de vagas para os jovens
do Semi-árido.
Algumas criticas surgiram durante
a estada de Lula em Mossoró, entre
elas a de que ele esteve na Ufersa
apenas para inaugurar um muro.
Como o senhor recebeu essa critica?
A imprensa de Mossoró sabe que
há pelo menos 42 obras dentro da
UFERSA concluídas ou em andamento.
A comunidade ufersiana sabe que
em nenhum momento da instituição
avançou-se tanto em tão pouco tempo.
O dirigente que mais construiu
na UFERSA num mandado foi o prof.
Pedro Fernandes Pereira em meados
da década de 80. Nós estamos construindo
pelos menos três vezes mais e
vamos construir mais. Desencadeamos
um processo de busca de recursos que
estava latente e de agora não tem mais
volta. É um processo contínuo e quanto
mais unida estiver a comunidade
acadêmica em torno deste projeto,
mais célere será a elaboração dos projetos
e a liberação dos recursos. Como
gestor, sou apenas um catalisador
do processo, mas os docentes e os técnicos-
administrativos são os grandes
atores para a busca de recursos.
A Ufersa tem algum programa
de assistência ao aluno carente?
A UFERSA tem uma série de programas
de apoio ao discente. O principal
dele é o programa bolsa atividade
criado no início da nossa administração.
Através deste programa o aluno
carente recebe uma bolsa de meio
salário mínimo para as suas despesas
básicas, principalmente alimentação.
Mas o aluno pode ao longo do curso
concorrer a bolsas de monitoria, bolsas
de pesquisa paras pelo CNPq ou
pela própria UFERSA, através de um
programa de iniciação científica institucional
implantado também na nossa
administração. O aluno carente tem
também o apoio da UFERSA no programa
de residência acadêmica e numa
bolsa de auxílio cópias. Há também
outros tipos de bolsas, como a
bolsa de desenvolvimento tecnológico
apoiada pelo CNPq via IEL -
FIERN, entre outras.
Os jornalistas lutam pela exigência
do diploma para profissionais
da área. A Constituição Federal garante
o livre direito de expressão. O
senhor como professor, como analisa
esse movimento dos jornalistas?
Eu defendo que o profissional que
tem qualidade não precisa se preocupar
com os concorrentes. Há muito espaço
no mercado para os bons profissionais.
Por isso que defendemos
que a Universidade forme um profissional
capaz de competir com eficiência
pelos espaços no mercado como
empregado ou como empreendedor.
O atual momento político em
Mossoró é visto como uma verdadeira
batalha jurídica, envolvendo as
primas Larissa e Fafá Rosado. Isso é
bom ou ruim para Mossoró?
A cada dia Mossoró precisa de homens
públicos comprometidos com
o desenvolvimento do município especialmente
das camadas mais desfavorecidas.
Aos poucos acredito que
vamos mudar o quadro atual. Precisamos
lutar por isso. À medida que
avançamos estas questões menores vão
sendo superadas. As brigas judiciais
não trazem avanço. A sociedade precisa
que os homens públicos gastem
o tempo lutando por mais verbas para
melhorar o acesso da população a
direitos básicos como saúde, educação
e segurança. Claro que precisamos resolver
o grande problema de Mossoró:
o desemprego. Para isso precisamos
conhecer o exemplo de algumas cidades
de porte médio do interior paulista
que venceram a luta pela oportunidade
emprego para as mulheres e
para os jovens. A administração municipal
tem tido dificuldade para vencer
esta batalha porque é muito tímida
neste aspecto e é muito tradicional
na aplicação dos recursos da prefeitura.
Ainda sobre política, o senhor
acredita numa renovação na Câmara
Municipal?
A população precisa entender que
elegendo vereadores com pensamento
doméstico a cidade não avança na
velocidade que ela precisa. Para vencer
o problema do desemprego em
Mossoró a Câmara precisa de renovação.
Se isto não acontecer, o povo é o
grande responsável e não pode reclamar
quando a renda da família não é
adequada. Precisamos eleger vereadores
que reivindiquem da prefeita uma
atuação mais pragmática em relação
a inovação da administração municipal.
O senhor tem intenção de se candidatar
a algum cargo eletivo em
2010?
Não tenho nenhuma intenção de
me candidatar a qualquer cargo em
2010. O meu compromisso com a comunidade
acadêmica é administrar
junto com ela a UFERSA nos próximos
quatro anos. Foi esse o compromisso
que assumi e vou cumpri-lo se
Deus nos ajudar. Temos certeza que a
UFERSA será uma outra instituição
em 2012. Vamos prepara a UFERSA
para que os próximos dirigentes façam
pelo menos o que estamos fazendo.
Muito obrigado pela oportunidade de
esclarecer para a sociedade onde estão
sendo usados os recursos oriundos
do contribuinte.
O primeiro reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Josivan Barbosa, fala
sobre a transformação da Esam em Ufersa, assim como trata de assuntos relacionados a expansão da
instituição. Traça um relato sobre o avanço dos cursos de Direito no Brasil, e da qualidade do que será
instalado na Ufersa. Faz um balanço do que mudou com a transformação da escola em universidade,
bem como da luta dos jornalistas em manter a exigência do diploma para o profissional da área. Na
política Josivan Barbosa descarta por completa uma possível intenção de concorrer a qualquer cargo
eletivo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

HISTÓRICO DA AGRICULTURA IRRIGADA NA REGIÃO DA UFERSA

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA I
O Agropólo Mossoró-Açu e circunvizinhos produzem atualmente cerca de 180 mil toneladas de melão para exportação, concentradas no período de 15 de setembro a 15 de janeiro. Isto é facilitado pelas 3500 horas anuais de sol. O nosso melão concorre, principalmente, com o melão produzido na Costa Rica, Panamá, EUA, Espanha e Israel. A exportação para a Inglaterra corresponde a 65%. Outros mercados potenciais na Europa são: Espanha, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Polônia. O mercado americano ainda é incipiente. Há uma pequena abertura para o nosso melão entrar no mercado americano no período de 30 de novembro até o final de fevereiro. Neste período as taxas de importação são mais competitivas.

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA II
O plantio de melão na nossa região começou no final da década de 70 pelas mãos do eng. Agrônomo Roberto Kikuti e do espanhol Manolo, contratados pela MAISA para serem os responsáveis pela logística do caju in natura destinado ao mercado do Sudeste. O Espanhol Manolo plantou algumas sementes de melão trazidas de São Paulo no quintal da sua casa na Vila da MAISA (Agrovila Ângelo Calmon de Sá). O resultado foi um melão de excelente sabor. Devido ao sucesso na qualidade do melão, os dois técnicos levaram uma proposta de plantar melão na MAISA ao dr. Geraldo Rola, o qual aceitou de imediato.

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA III
A história da nossa agricultura irrigada passa, também, pelos municípios de Governador Dix-Sept Rosado e Caraúbas. Em meados da década de 90 alguns produtores da região experimentaram a cultura do melão naquele município. O insucesso do melão em Governador Dix-Sept Rosado foi atribuído aos solos rasos e a alta salinidade da água no segundo semestre do ano. Nesta mesma época a Fazenda São João experimentou plantar melão no município de Caraúbas. A água naquela micro-região era proveniente do arenito açu, cujos poços estão a uma profundidade de cerca de 500 m. O insucesso da cultura do município de Caraúbas é atribuído a fatores externos a produção. Naquela época o município passava por uma onda de violência, oriunda de sucessivos crimes entre famílias tradicionais da região do Médio Oeste.

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA IV
Alguns produtores de melão do Agropólo Mossoró-Açu e circunvizinhos tentaram produzir melão na micro-região de Upanema nos últimos 10 anos. As agroindústrias mais tradicionais que plantaram melão no município de Upanema foram a Fruitland Ltda ea Ferrari Produção e Distribuição de Frutas ltda. O melão produzido naquela micro-região era de excelente qualidade. Plantava-se o melão tipo amarelo, Pele de Sapo, Orange Flesh e os tipos nobres (cantaloupe e Gália). A água daquela micro-região é de excelente qualidade e os poços são de baixa profundidade (80 a 150 m). A vazão dos poços é baixa e os solos são arenosos, com manchas pouco permeáveis, o que dificultava o cultivo em épocas de chuva. O principal problema da cultura do melão no município foi atribuído a insucessos administrativos das empresas ali instaladas.

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA V
A agricultura irrigada na região de Açu teve início nos primeiros anos da década de 80 quando o eng. Agrônomo Dr. Davi implantou as primeiras áreas irrigadas com tomate, melão, manga, cebola e mamão. Dr. Davi implantou no Vale do Açu a agroindústria Agro Know que foi desativada no início da década de 90. Outra grande empresa que se instalou na região do Vale do Açu foi a agroindústria Frunorte Ltda, que passou de seis hectares de melão cultivados no ano de 1986 para 1200 hectares em 1992. Graças ao sucesso do melão a Frunorte implantou outras culturas nos municípios de Assu e Carnaubais. Além da manga, que chegou a uma área implantada de 460 hectares, a empresa implantou ainda áreas com acerola, pupunha e melancia. Entre outros aspectos inerentes ao setor da agricultura irrigada, o insucesso da Agro Know é atribuído a empréstimos desordenados que o cultivo irrigado não pagava. O insucesso da Frunorte é atribuído a inversão do dólar que chegou em 1994, onde com um real se comprava 0,88 dólar e a empréstimos desordenados. A Frunorte era uma empresa inovadora e não media esforços na importação de técnicos e administradores. Possuía um grande escritório na cidade de Assu com 55 funcionários, cuja remuneração dos chefes e chefiados superava em muito a média da cidade. A empresa importava técnicos e tecnologia de Israel e apresentava alta rotatividade dos administradores (chefes de recursos humanos, diretor técnico, diretor administrativo, entre outros) e de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas.

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA VI
Atualmente os municípios de Tibau e Icapuí concentram grande número de empresas voltadas para a fruticultura irrigada. Tudo começou com o empresário Francisco Camargo que capitaneou a instalação na micro-região de Pau Branco e Mata Fresca de várias agroindústrias de melão nas décadas de 80 e 90, entre elas a Viva Agroindustrial, Transeuropa, Brasil Tropical e Alba Agrícola. Outros exemplos nesta micro-região são as agroindústrias Ariza (capitaneada pelo empresário Nóbrega) e Rafitex. A primeira atingiu o auge na produção de melão no ano de 1992 chegando a 300 hectares da cultura na safra. O insucesso é atribuído ao uso de água escassa oriunda de uma lagoa susceptível a concentração de sais no segundo semestre e a proximidade do litoral (ventos fortes com movimentos de areia prejudicavam a cultura). O insucesso da Rafitex, além dos problemas administrativos (não possuía quadro técnico capacitado e experiente) é atribuído a problemas na captação de água de um poço profundo ocasionado por defeitos numa bomba importada dos EUA. A empresa chegou até a contratar, sem sucesso, o serviço de um técnico americano para consertar a bomba.

NOSSA AGRICULTURA IRRIGADA VII
Nos vizinhos municípios de Grossos e Areia Branca também já experimentou-se a cultura do melão. Em Areia Branca (Ponta do Mel) a empresária Mônica Rosemberg implantou, no início da década de 90, a agroindústria Duna, a qual teve vida útil muito curta, ficando no mercado por apenas três anos. No Município de Grossos, recentemente, no início dos anos 2000, a agroindústria Fruitland testou, na época da chuvas, o plantio de melão na micro-região de Areias Alvas.

domingo, 12 de outubro de 2008

IDIARN

O IDIARN (Instituto de Defesa e Inspeção Animal e Vegetal do Rio Grande do Norte), criado no início do segundo mandato do Governo Wilma de Faria, na época mereceu destaque na coluna Negócio Rural com os seguintes tópicos:

IDIARN I
O recém-criado IDIARN (Instituto de Defesa e Inspeção Animal e Vegetal do Rio Grande do Norte) nasce com a missão de promover, manter e recuperar a saúde animal e vegetal, a qualidade de seus produtos e subprodutos por meio da defesa sanitária animal e vegetal, o controle, a fiscalização e a inspeção dos produtos e subprodutos de origem agropecuária, a fiscalização de insumos agropecuários e das atividades de biossegurança, para assegurar a saúde humana.

IDIARN II
Um dos grandes desafios da nova agência é o desenvolvimento do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).

IDIARN III
Outro desafio do IDIARN é o Programa Nacional de Sanidade dos Eqüídeos (PNSE). Neste sentido, a agência será obrigada a realizar vigilância epidemiológica e sanitária das principais doenças dos eqüídeos, tais como o mormo e a anemia infeciosa eqüina, visando à profilaxia, o controle e a erradicação destas doenças.

IDIARN IV
Com a crescente importância da ovinocaprinocultura para o Estado, o IDIARN não deverá medir esforços no sentido de atender as demandas oriundas do Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO). O foco deve estar voltado para as atividades de produção e comercialização de caprinos e ovinos e seus materiais genéticos, no que diz respeito à vigilância e defesa zoossanitária.

IDIARN V
Outro aspecto importante do IDIARN relaciona-se à coordenação de campanhas de vacinação e à fiscalização de trânsito de animais, vegetais e produtos agropecuários.

sábado, 11 de outubro de 2008

ESTRADA DA FRUTA

ESTRADA DA FRUTA
Quando há três anos foi inaugurada a Estrada da Fruta, nós estivemos na região e escrevemos na nossa coluna (Jornal de Fato) o seguinte: No início do mês passado estivemos na nova estrada que liga o município de Baraúna ao município de Russas – CE. O novo trecho atende a uma reivindicação dos produtores da região e é mais uma iniciativa da gestão estadual para fortalecer a logística de exportação de frutas cearenses, já que a região da Chapada do Apodi é um importante Pólo Produtor. A nova rodovia reduz em, aproximadamente, 30 km a viagem até o Porto do Pecém, o que trará benefícios em relação ao frete. Com a nova rodovia, o tráfego de carretas com contêiner deixa de passar pelo município de Limoeiro do Norte. A estrada interligará o Pólo Produtor do Rio Grande do Norte (microregião de Baraúna e circunvizinhas à região do Baixo Jaguaribe. A nova estrada foi denominada de Estrada da Fruta e é um exemplo que o Governo do RN precisa seguir. A obra foi concluída em 300 dias. Os produtores do RN reivindicam a construção de duas estradas muito importantes para a Fruticultura. A estrada do Cajueiro (ligando o distrito de Jucuri ao município de Limoeiro do Norte) e uma estrada ligando o município de Tibau ao município de Baraúna, passando ao lado da antiga Fazenda Maisa.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O SEMI-ÁRIDO CONTNUA O MESMO

O SEMI-ÁRIDO CONTINUA O MESMO I
Recentemente tivemos a oportunidade de percorrer cerca de 2200 km do Rio Grande do Norte até a Bahia, dos quais 1500 km atravessando o Semi-árido do Nordeste. Fizemos o trecho Mossoró-Salvador-Mossoró, utilizando, na saída a Rodovia BR 405 -trecho Mossoró-Cajazeiras e em seguida, o trecho Cajazeiras-Salgueiro, passando pelo município cearense de Barro. Os dois trechos juntos perfazem uma distância de 460 km. A partir de Salgueiro, seguimos até o Rio São Francisco, na divisa de Pernambuco (município de Salgueiro) com a Bahia (município de Ibó), num trecho de 70 km. A passagem pelo Rio São Francisco foi apenas um dos muitos exemplos de que o Semi-Árido continua o mesmo. Há as pilastras de uma ponte que, segundo as informações da comunidade, a obra foi iniciada no Governo FHC e nunca mais recebeu a atenção dos homens públicos da região e nem do Governo Federal. São centenas de veículos que usam o sistema de balsas, em substituição a uma ponte que, quem sabe, um dia será concluída. No total funcionam quatro balsas transportando, predominantemente, de um lado para o outro do Rio São Francisco, caminhões e carretas carregadas das mais diferentes riquezas do Nordeste para o resto do país. Em média, um veículo a cada minuto atravessa o Rio São Francisco naquele trecho, usando as balsas. Para cada veículo cobra-se entre dez e 80 reais dependendo do tamanho e do peso. Estima-se que cada balsa que funciona naquela passagem do Rio tenha um faturamento líquido diário acima de três mil reais. As balsas funcionam durante 24 h, mas a comunidade local não recomenda o fluxo de veículos durante a noite devido a um trecho de 9 km, onde há apenas sinais de que um dia a estrada foi asfaltada. Nessa faixa, os veículos trafegam a velocidades abaixo de 20 km/h, o que facilita os assaltos. Tudo isto, representa um forte exemplo da falta de responsabilidade dos homens públicos com o Semi-árido.

O SEMI-ÁRIDO CONTINUA O MESMO III
No trecho de Mossoró até Ibó não há sinais de empreendimentos de agricultura irrigada em nenhuma micro-região. Mesmo no trecho beneficiado pela barragem de Santa Cruz (Felipe Guerra e Apodi) a água não está servindo para os propósitos do projeto. O trecho compreendido entre Mossoró e Ibó é, praticamente, paralelo ao Canal da Transposição do Rio São Francisco e às principais bacias hidrográficas a serem beneficiadas (Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró e Jaguaribe). Aqueles que, ao longo da discussão sobre a viabilidade da Transposição, se colocaram contra o projeto, precisam conhecer em mais detalhes as condições do Semi-árido de Mossoró até Ibó. Há inúmeros afluentes e rios que simplesmente estão secos, sem qualquer sinal de vida. Acreditamos que estas pessoas mudarão de opinião após transcorrem estes 510 km de Semi-árido.

O SEMI-ÁRIDO CONTINUA O MESMO IV
A partir de Ibó, seguimos pela BR 323 até Euclides da Cunha, numa distância de 230 km. Esse trecho da estrada é mais um forte exemplo do abandono do Semi-árido. O território do Semi-árido nesta faixa é deserto, como também é deserta a Rodovia. As poucas casas rurais que existem na região são instaladas em péssimas condições, sem qualquer sustentabilidade social e econômica para os habitantes que ainda resistem a estes distúrbios de cidadania. O rebanho de caprinos e ovinos aparenta ser pequeno e o rebanho de bovinos é ainda menor.

O SEMI-ÁRIDO CONTINUA O MESMO V
O que mais se vê de Mossoró até Euclides da Cunha nos quintais das residências rurais são cisternas construídas com recursos do Programa 1 Milhão de Cisternas, liderado pela ASA (Articulação do Semi-árido). Isto representa mais um exemplo da viabilidade da construção do Canal da Transposição. Seria a erradicação do caminhão pipa do Semi-árido nordestino.

REGIÃO DE FEIRA DE SANTANA
A partir de Euclides da Cunha inicia-se uma região de transição entre o Semi-árido e o Agreste baiano, com predominância do clima sub-úmido (848 mm anuais de precipitação média) na Região de Feira de Santana. É uma região caracterizada por grandes rebanhos bovinos, belíssimos exemplares da raça nelore e fazendas bem estruturadas. O município de Feira de Santana é próspero, organizado, limpo e há fortes sinais de que aquele município será, a médio prazo, o mais desenvolvido do interior do Nordeste. O acesso a Salvador é feito por uma excelente rodovia dupla, bem diferente da nossa BR 304 que já pode ser considerada como a estrada da morte. A Bahia possui quatro universidades estaduais, sendo que uma delas, a UEFS, está sediada em Feira de Santana.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

AGRICULTURA IRRIGADA NA TERRA DA UFERSA

AGRICULTURA IRRIGADA NA TERRA DA UFERSA

Prof. Josivan Barbosa
ufersa@ufersa.edu.br

Muitos técnicos e muitas pessoas leigas no assunto nos perguntam quais as razões do sucesso da Agricultura Irrigada nos Agropólos Mossoró-Açu e circunvizinhos. Não conhecemos a história na íntegra, mas quando eu era aluno de Agronomia, no início dos anos 80, não havia, com exceção da MAISA, que cultivava caju, uma agroindústria de sucesso na fruticultura. No Vale do Rio Açu as experiências com a fruticultura estavam apenas iniciando, pois a região tinha sérias limitações com água, o que melhorou a partir da inauguração da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves no ano de 1982. No Vale do Jaguaribe e na Chapada do Apodi não havia experiências de êxito ligadas à atividade de produção de frutas irrigadas.
Não queremos atribuir o sucesso unicamente aos esforços da então Escola Superior de Agricultura de Mossoró, hoje Universidade do Semi-árido, mas obrigatoriamente, esta instituição teve importância ímpar no processo.
Em 1979 a Direção desta IFE conseguiu aprovar, juntamente com mais cinco universidades do Nordeste (UFC, UFPI, UFRPE e UFPB) um importante projeto de desenvolvimento tecnológico dentro do PDCT (Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Nordeste). A ESAM foi contemplada com recursos da ordem de 45 milhões de dólares por um período de cerca de seis anos. Os recursos eram provenientes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Governo Brasileiro, através do CNPq na proporção de 1:1. Foi o maior projeto da história dessa instituição de ensino superior. Os principais benefícios do projeto para o desenvolvimento da nossa IFE foram:
Contratação de 110 profissionais de nível médio e superior (laboratoristas, engenheiros agrônomos, trabalhadores de campo, motoristas, técnicos de informática e técnicos agrícolas)
Construção dos Laboratórios de Água e Solos e de Hidráulica
Construção da Biblioteca Central Orlando Teixeira
Aquisição de inúmeros equipamentos científicos de apoio à pesquisa
Ampliação do Laboratório de Sementes
Ampliação dos Laboratórios de Alimentos
Instalação de módulos demonstrativos de irrigação nos municípios de Touros, João Câmara, Mossoró, Baraúna, Gov. Dix-Sept Rosado, Pau dos Ferros, São Miguel, Zé da Penha e Rafael Fernandes. Os módulos eram instalados em áreas particulares, após rígido trabalho de seleção dos beneficiados feito pelos pesquisadores.

A instituição instalou experimentos de pesquisa em várias micro-regiões do Estado. Cada módulo demonstrativo era composto de uma área irrigada ( 2 a 4 hectares de fruteiras – banana, mamão, goiaba, graviola e maracujá), apicultura, sequeiro (capim buffel) e caprinos (10 matrizes e um reprodutor). Após três anos de instalação dos módulos, eram feitas avaliações. A área de sequeiro mostrou-se ineficiente. A única área de sequeiro que mostrou bom rendimento para o produtor foi o plantio de abacaxi na região de Touros. O abacaxi foi testado na área do Sr. José Joventino. Até hoje aquele produtor ainda cultiva o abacaxi com sucesso. Na região de Touros já havia uma experiência de um produtor oriundo da região de Sapé – PB. Na época a região plantava apenas 180 hectares de abacaxi, bem diferente de hoje, cuja área, incluindo os municípios de Ielmo Marinho, Pureza e Touros, já se aproxima de 3000 hectares. Nas áreas de sequeiro com capim buffel e algaroba não houve registro de nenhum caso de sucesso. A apicultura foi regular e o destaque ficou por conta das áreas irrigadas, nas quais o produtor conseguia excelentes rendimentos. Um destes exemplos de sucesso foi o plantio de bananeira em consórcio com tomate. Uma das culturas que, também, mostrou excelente rendimento foi mamão formosa. A cultura que se mostrou mais rentável para o produtor foi a banana, seguida de goiaba, graviola, mamão e maracujá. O sistema de irrigação utilizado era o xique-xique (mangueira de polietileno com furos e vazão de 45 – 50 litros/hora).
O sucesso obtido nos experimentos da nossa universidade com a cultura do mamão, é, em parte, responsável pelo incremento no cultivo desta fruta nos últimos anos no Estado do RN e regiões circunvizinhas. Somente na região da Chapada do Apodi (Baraúna, Quixeré e Limoeiro do Norte), local onde havia um experimento montado pela universidade, já são cultivados, cerca de 1600 hectares de mamão formosa. Um dos principais produtores do mamão nesta região é o engenheiro agrônomo formado pela nossa universidade e que na época era o técnico executor das pesquisas nos módulos instalados Wilson Galdino de Andrade. Além disso, na região Agreste já se instalalaram, nos últimos cinco anos, três conceituadas empresas produtoras de mamão papaia (Caliman, Gaia e Batia) cuja produção de mamão é predominantemente exportada pelo Porto de Natal para a Europa e Estados Unidos. A agroindústria Caliman já está instalada, também, na região de Baraúna, com infra-estrutura para exportar mamão formosa para a Europa com boas perspectivas de atingir o mercado americano em curto prazo. O mamão formosa produzido na região de Baraúna possui qualidade superior.
No caso da banana, os Agropólos Mossoró-Açu e Chapada do Apodi (Baraúna, Quixeré e Limoeiro do Norte) possuem uma área instalada acima de 5000 hectares, sendo que no Baixo-Açu predomina o cultivo de banana para o mercado externo (Mercosul e Europa) e na Chapada do Apodi o cultivo da banana é direcionado para o mercado interno. Somente numa agroindústria (Frutacor) instalada naquela micro-região são produzidos 1200 hectares e mais 600 hectares são oriundos de pequenos produtores agregados.
As outras fruteiras (goiaba e maracujá), como demonstrado nas pesquisas feitas pela universidade, ainda não possuem significado econômico nos Agropólos Mossoró-Açu e circunvizinhos. Apenas uma agroindústria (Fazenda Frota) instalada em Quixeré cultiva uma pequena área com Goiaba. Este fruto é muito tradicional na região de Petrolina, mas os pomares instalados naquela região têm sido dizimados por nematóides.
O maracujazeiro amarelo foi plantado em grande escala, no final da década de 80 pela MAISA, mas devido ã alta incidência de pragas, principalmente fusariose, a empresa foi obrigada a erradicar a cultura. No Estado do Rio Grande do Norte o maracujá está sendo cultivado em pequena escala na região de Ceará Mirim e em algumas micro-regiões serranas. O maracujá consumido no Estado é oriundo do Espírito Santo e do Ceará (Serra de Tianguá).
A graviola ainda é pouco cultivada na região. Há poucos plantios na micro-região de Baraúna e Quixeré. O cultivo é direcionado para a produção de polpa para atender o mercado regional.

DISCURSO DE INAUGURAÇÃO DA UFERSA

DISCURSO DE INAUGURAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO

· INICIALMENTE CUMPRIMENTAMOS E AO MESMO TEMPO PARABENIZAMOS PELO EXCELENTE TRABALHO DESENVOLVIDO EM PROL DA EDUCAÇÃO DO PAÍS:
ü O SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA, O MINISTRO DA EDUCAÇÃO FERNANDO HADDAD E O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RONALDO MOTA
ü CUMPRIMENTAMOS A GOVERNADORA WILMA MARIA DE FARIA
ü O PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL SENADOR GARIBALDI ALVES FILHO
ü OS PARLAMENTARES DO ESTADO DO RN
ü OS MAGNÍFICOS REITORES E DEMAIS DIRIGENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
ü O PRESIDENTE DA PETROBRÁS SR. SÉRGIO GABRIELLI E SUA EQUIPE
ü A PREFEITA DE MOSSORÓ – REPRESENTADA PELO SECRETÁRIO NÍLSON BRASIL LEITE
ü OS PROFESSORES, SERVIDORES E DISCENTES DA UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO
ü CUMPRIMENTAMOS TAMBÉM TODOS OS REPRESENTANTES DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS AQUI PRESENTES

· EM NOME DA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO AGRADECEMOS
ü A DEUS QUE ILUMINOU O PRESIDENTE LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA QUE HÁ TRÊS ANOS SANCIONOU A LEI QUE CRIAVA A UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO AMPLIANDO AS OPORTUNIDADES DE VAGAS E CURSOS PARA OS JOVENS DO SEMI-ÁRIDO. ESTE FOI, SR. PRESIDENTE, SEM DÚVIDAS, O MAIOR BENEFÍCIO PARA O ESTADO DO RN EM TODO O PERÍODO DO SEU GOVERNO
ü AO MINISTRO FERNANDO HADDAD PELO APOIO NA ALOCAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA RECUPERARMOS A ANTIGA INSTITUIÇÃO E CONSTRUIRMOS A NOVA. TODOS OS RECURSOS ACORDADOS E PROGRAMADOS COM O MEC FORAM LIBERADOS, INCLUSIVE COM ANTECIPAÇÃO DAS PARCELAS, TANTO NO PROGRAMA DE EXPANSÃO NÚMERO 1 QUANTO NO ATUAL, O QUE MOSTRA O COMPROMISSO DO GOVERNO LULA EM MUDAR AS HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO PAÍS.
ü AOS 11 PARLAMENTARES DO RN QUE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS DECIDIRAM PELA ALOCAÇÃO DE RECURSOS DE EMENDA DE BANCADA PARA A UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO, CHEGANDO NESTE ANO A EXPRESSIVA QUANTIA DE R$ 7 MILHÕES PARA CONSTRUIRMOS A UFERSA – ANGICOS. ANGICOS, SR. PRESIDENTE, É O CORAÇÃO DO SERTÃO CENTRAL DO RN É TAMBÉM A TERRA DO NOSSO PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL, MAS, É, TAMBÉM, O MUNICÍPIO DO SEMI-ÁRIDO QUE APRESENTA UMA DAS MENORES PROPORÇÕES DE JOVENS NO ENSINO SUPERIOR. APENAS 2 JOVENS PARA CADA 100. MUITO ABAIXO DOS ÍNDICES DA CAPITAL, 35 JOVENS PARA CADA 100 E DO ABC PAULISTA, 45 JOVENS PARA CADA 100.
ü AGRADECEMOS AO MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, SÉRGIO RESENDE, PELA AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA AS UNIVERSIDADES E CENTROS DE PESQUISA QUE ATUAM DIRETAMENTE NO SEMI-ÁRIDO
ü AGRADECEMOS A GOVERNADORA WILMA DE FARIA PELA INTERLOCUÇÃO COM O GOVERNO DO PRESIDENTE LULA NOS PROJETOS DE INTERESSE DA UNIVERSIDADE E PELA PARCERIA COM A UFERSA EM IMPORTANTES PROJETOS COMO O CENTRO TECNOLÓGICO DA APICULTURA, CENTRO TECNOLÓGICO DO NEGÓCIO RURAL DO RN E NA CONSTRUÇÃO DESTE CENTRO DE CONVENÇÕES
ü A COMPREENSÃO DA MINHA FAMÍLIA, ESPECIALMENTE A MINHA ESPOSA, ARIZETE FEITOZA
ü AOS MEMBROS DOS COSELHOS DA UNIVERSIDADE QUE NOS APOIARAM NAS DECISÕES DE CRIAÇÃO DOS NOVOS CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
ü A MINHA EQUIPE DE ASSESSORES E AOS EX-DIRIGENTES DA NOSSA INSTITUIÇÃO: PROF. VANDER SAID, PROF. JORGE COELHO DE ANDRADE, PROF. ARI PINHEIRO DE AMORIM, PROF. PEDRO ALMEIDA DUARTE, PROF. PEDRO FERNANDES PEREIRA, PROF. VINGT-UN ROSADO, PROF. BENEDITO VASCONCELOS MENDES, PROF. JOAQUIM AMARO FILHO, PROF. JOÃO WEINE NOBRE CHAVES E PROF. MARCELO PEDROSA

ESTE É UM MOMENTO SR. PRESIDENTE, DE MUITA EMOÇÃO PARA O POVO DE MOSSORÓ E PARA A POPULAÇÃO DOS 1133 MUNICÍPIOS DO SEMI-ÁRIDO. A ÚLTIMA VEZ QUE A NOSSA INSTITUIÇÃO RECEBEU UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA FOI EM 1967, QUANDO O ATUAL EDIFÍCIO DOM GENTIL DINIZ BARRETO, O SANTO DE MOSSORÓ, FOI INAUGURADO PELO PRESIDENTE ARTUR DA COSTA E SILVA, 172 DIAS DEPOIS DO INÍCIO DA SUA CONSTRUÇÃO. NAQUELE 22 DE DEZEMBRO DE 1967, VINGT-UN DISSE, NO SEU DISCURSO QUE AQUELE PRESIDENTE EM TODA A HISTÓRIA DO BRASIL, FOI O QUE MAIORES SERVIÇOS PRESTOU A MOSSORÓ. AGORA EU DIGO: LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA QUE A EXEMPLO DOS MEUS 10 IRMÃOS E DE MILHARES DE JOVENS DO SEMI-ÁRIDO QUE NÃO TIVERAM ACESSO A UMA UNIVERSIDADE É O PRESIDENTE NA HISTÓRIA DO BRASIL QUE MAIS PRESTOU SERVIÇOS A EDUCAÇÃO DO PAÍS, DO SEMI-ÁRIDO, DO RN E DE MOSSORÓ.
SR. PRESIDENTE, COMO TEMOS MAIS QUATRO ANOS A FRENTE DA NOSSA UFERSA, PEÇO DESCULPAS ANTECIPADAS AO SR. E AO MINISTRO FERNANDO HADDAD PELAS INÚMERAS VEZES QUE SEREI OBRIGADO A RETORNAR A BRASÍLIA PARA LUTAR PELA ABERTURA DE MAIS VAGAS PARA OS JOVENS DO SEMI-ÁRIDO, NA SEDE E ATRAVÉS DA ABERTURA DE NOVOS CAMPI. POIS, O SEMI-ÁRIDO AINDA É MUITO ÁRIDO NO ACESSO DE JOVENS AO ENSINO SUPERIOR DE QUALIDADE.
O POVO DO SEMI-ÁRIDO SEMPRE TEM MUITO QUE PEDIR AO SENHOR, MAS ACREDITO QUE NENHUM DELES É MAIS IMPORTANTE DO QUE SOLICITAR-LHE UMA DISTRIBUIÇÃO DIFERENCIAL DE VAGAS DE DOCENTES PARA AS UNIVERSIDADES VERDADEIRAMENTE INSTALADAS NO SEMI-ÁRIDO COMO A UNIVASF E A UFERSA. ESTA É A FORMA MAIS RÁPIDA DE AMPLIARMOS AS OPORTUNIDADES DE ACESSO DOS JOVENS AO ENSINO SUPERIOR.
FINALIZANDO GOSTARIA DE SIMBOLIZAR ESTE MOMENTO ENTREGANDO A PROFESSORA AMÉRICA FERNANDES ROSADO MAIA UMA PLACA CONTENDO A SEGUINTE MENSAGEM:

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O AGRONEGÓCIO DE FRUTAS

O AGRONEGÓCIO DE FRUTAS FRESCAS CONCENTRA-SE NO SEMI-ÁRIDO
Prof. Josivan Barbosa Menezes Feitoza*
O Brasil apresenta superávit na balança comercial da fruticultura desde 1999. No ano passado o País obteve US$ 430 milhões, com aumento de 45% em relação a 2006. O volume de frutas frescas exportado em 2007, conforme dados oficiais foi de 918,7 mil toneladas, o equivalente a US$ 642,7 milhões. Apesar de ser o terceiro maior produtor de frutas frescas do mundo, o País tem apenas 1,6% de participação no comércio internacional.
O principal destino da nossa fruta é o mercado da União Européia, com cerca de 70% do volume exportado, sendo a Holanda o principal comprador e distribuidor para o resto da Europa.
Os 10 principais produtos exportados em 2007, na ordem, foram: uva, melão, manga, maçã, banana, limão, mamão, laranja, abacaxi e melancia.
Dos dez produtos listados acima, o Semi-árido Nordestino destacou-se em 80%, sendo que o RN e o CE contribuíram com seis ( melão, banana, mamão, abacaxi, melancia e manga).
A uva concentra-se na região do Vale do São Francisco, sendo que a cada ano aumenta o volume produzido de uvas sem sementes substituindo as variedades tradicionais, mais clássicas, com sementes. O país exportou, cerca de 79 mil toneladas de uvas frescas com faturamento de quase US$ 170 milhões.
O melão continua sendo o grande destaque da exportação de frutas frescas do país. A Chapada do Apodi (Baraúna, Quixeré e Limoeiro do Norte), localizada na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte e a micro-região de Pau Branco (Mossoró) concentram as principais empresas produtoras e exportadoras. Além destas micro-regiões, outros municípios como Aracati, Jaguaruana, Itaiçaba, Tibau, Icapuí, Apodi, Upanema, Parazinho, Russas, Morada Nova, Grossos e Jandaíra apresentam pequenos e médios produtores de melão. Todos os municípios produtores de melão estão no Semi-árido. Estima-se em 14 mil hectares plantados por safra com a cultura do melão. A região exportou 204 mil toneladas com um faturamento de US$ 128 milhões. Os principais tipos de melão exportados foram: amarelo (várias cultivares), Orange Flesh, Piele de Sapo, Galia, Cantaloupe e Charantais.
O mercado mundial de manga a cada dia torna-se mais complexo. Os principais concorrentes do Brasil são México, Peru e África do Sul.
Estima-se que o Brasil exportou em 2007 cerca de 116 mil toneladas de manga fresca, o equivalente a quase US$ 90 milhões. Desse total, 93% do volume foi produzido no Semi-árido (Vale do São Francisco). A região do Vale do São Francisco já apresenta mais de 20 mil ha implantados de manga, respondendo por 320 mil toneladas de frutos frescos, dos quais mais de 30% são destinados aos mercados da União Européia, Estados Unidos e mais recentemente Japão. A variedade Tommy Atkins domina o mercado, sendo que aos poucos, outras variedades começam a ser produzidas como a Kent e a Keitt. A variedade Tommy Atkins tem boa aceitação no mercado americano, sendo que a Kent e a Keitt têm mostrado boa aceitação nos mercados da União Européia e Asiático (Japão).
A exportação de abacaxi in natura aumentou significativamente em 2007 e pode avançar ainda mais neste ano. O Ceará foi o principal exportador, com cerca de 30 mil toneladas, representando um faturamento de cerca de US$ 16 milhões de dólares. A produção de abacaxi no Ceará está concentrada no DIJA (Distrito Irrigado Jaguaribe Apodi) utilizando água do Complexo Castanhão através de canais de irrigação alimentados pelo Rio Jaguaribe no município de Limoeiro do Norte. O Estado produz a cultivar MD2 desenvolvida na Costa Rica e importada por multinacional a partir do ano 2001. Os principais países importadores do abacaxi produzido no Ceará são Itália, Alemanha e Holanda.
Em relação a banana, o Rio Grande do Norte destacou-se como o principal Estado no faturamento com exportação. O Estado exportou, cerca de 77 mil toneladas e faturou mais de US$ 28 milhões. O segundo estado em faturamento foi Santa Catarina, seguido por Ceará e São Paulo. As principais micro-regiões produtoras de abacaxi no Semi-árido são Bom Jesus da Lapa e Urandi (Bahia), Petrolina e Juazeiro (Pernambuco e Bahia), Baixo Acaraú, Quixeré e Limoeiro do Norte (Ceará) e Vale do Açu (Rio Grande do Norte). No caso específico do Rio Grande do Norte, as expectativas de exportação do produto em 2008 não são animadoras. Somente uma empresa teve uma perda de 1000 hectares de banana para exportação em decorrência das enchentes na Bacia do Rio Piranhas-Assu.
Em relação ao limão (lima ácida ou limão tahiti), o país exportou em 2007, cerca de 58 mil toneladas o que resultou em faturamento de quase US$ 42 milhões, mas isto representa apenas 5% do que é produzido. Apesar de São Paulo ser o principal produtor de lima ácida, a cada ano registra-se aumento de áreas com o cultivo desta fruta em regiões semi-áridas de Minas Gerais e Bahia.
Em se tratando do mamão, os estados que mais o produzem são Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte. Segundo levantamento do CEPEA (Centro de Estudos em Economia Aplicada) as áreas plantadas, em hectare, são, respectivamente, 8.540, 14.937 e 1900. As vendas externas de mão do Espírito Santo corresponderam, em 2007, a 49,5% do total brasileiro. O Rio Grande do Norte foi o segundo maior exportador, com 24,5%, seguido da Bahia, com 19,57%. A expectativa para 2008 é de incremento no volume exportado de mamão pelo Rio Grande do Norte. A qualidade do fruto (isento de pragas e a boa aparência) tem sido o principal fator responsável pelo aumento das exportações de mamão no Estado. As variedades de mamão mais produzidas no Brasil são do grupo Havaí (Golden e Sunrise) e Formosa. De acordo com o produtor Eng. Agro. Wilson Galdino de Andrade, pesquisador da Universidade do Semi-árido, há novas variedades surgindo no mercado, resultantes de cruzamento entre os dois grupos (Havaí e Formosa). Uma dessas variedades é a calimosa que tem se mostrado de excelente qualidade na micro-região de Baraúna no Rio Grande do Norte. Os frutos são maiores do que os do grupo Havaí e mais saborosos do que os do grupo Formosa.