sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NATUREZA - ZÉ RAMALHO

A NATUREZA - GRAVADO POR ZE RAMALHOTo: Zildo de Souza <zildo.hana@bol.com.br>Quando é grande o autor da naturezaVicente da ParaibaA natureza...O que prende demais minha atençãoÉ um touro raivoso numa arenaUma pulga do jeito que é pequenaDominar a bravura do leãoNa picada ele muda a posiçãoPra coçar-se depressa com certezaNão se serve da unha nem da presaSe levanta da cama e fica em péTudo isso provando quanto éPoderosa e suprema a natureza.A natureza...Admiro demais o beija-florQue com medo da cobra inimigaSó constrói o seu ninho na urtigaRecebendo lição do CriadorObservo a coragem do condorQue nos montes rochosos come presaUrubu empregado na limpezaComo é triste a vida do abutreQuando encontra um morto é que se nutreQuanto é grande e suprema a natureza.A natureza...A abelha por Deus foi amestradaSem haver um processo bioquímicoAté hoje não houve nenhum químicoPra fazer a ciência dizer nadaO buraco pequeno da entradaFacilita a passagem com franquezaUma é sentinela de defesaE as outras se espalham no vergelSem turbina e sem tacho fazem melComo é grande o poder da natureza.A natureza...Não há pedra igualmente ao diamanteNem metal tão querido quanto o ouroNão existe tristeza como o choroNem reflexo igual ao de um brilhanteNem comédia maior que a de DanteNem existe acusado sem defesaNem pecado maior que avarezaNem altura igual ao firmamentoNem veloz igualmente ao pensamentoNem há grande igualmente à natureza.A natureza...Tem um verso que fala da maconhaQue é uma erva que dá no meio do matoSe fumada provoca o tal baratoA maior emoção que a gente sonhaA viagem às vezes é medonhaDá suor dá vertigem dá fraquezaPorém quase sempre é uma belezaEu por mim experimento todo diaSe tivesse um agora eu bem queriaPois a coisa é da santa natureza.A natureza...QUANTO É GRANDE O PODER DA NATUREZABerlamino de França( Publicado em 1962 no livro Velho Arraial dePiranhas do Prof. Wilson SeixaIDeus eterno divino e poderosoFez o céu, as estrelas, terra e marFez o sol para tudo iluminarCom seu brilho perene e majestosoNo espaço infinito grandiosoAos corpos celestes deu clarezaFez o homem composto de fraquezasujeito a morte, a culpa e ao engano’Tanto é baixo o valor do ser humanoQuanto é grande o poder da natureza..IIJeová com sua própria mãoJuntou o limo da terra e amassouË depois sobre ele bafejouDeu-lhe vida, sentido e perfeiçãoE dizendo: levanta-te AdãoEste ali levantou-se com prestezaO qual vindo de Deus tanta grandezaFoi prostrasse aos seus pés humildementeEis um pouco de barro feito gentePela mão do amor da natureza.IIIOra, o homem trabalha e luta tanto,Para fazer uma causa diminutaPorém, nada fará só com a lutaSe não vir-lhe o precioso de alguémMas Deus Pai, com seu vasto poder santoComo fonte Infinita de grandezaPrá encher o Universo de belezaNão precisa de nenhum materialBasta ali o seu mistério divinalPrá provar quanto é grande a natureza..IVE se o homem fabricou o aviãoFez o barco com arte e aparatoO automóvel o rádio e o jatoOs raros X e a tal televisão,Mas, não faz um caroço de feijãoNatural com a mesma realezaQue plantado e chovendo com franquezaGermina, enraíza, enfolha e cresceFlora e novas sementes nos forneceQuanto é grande o poder da natureza!**********************************************************-- Jerdivan Nobrega de Araújo

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

GRITO DA PESCA - PAUTA

GRITO DA PESCA - CAIÇARA DO NORTE - 30 DE AGOSTO DE 2009

A comunidade brasileira produtora de pescados é responsável pelo que há de melhor em termos de produção de alimentos nobres, de alto valor protéico, portanto saudáveis e básicos a saúde humana.
Entretanto, o momento caracteriza-se como de grande apreensão quanto as perspectivas futuras, pela lentidão das políticas publicas para o setor e, certamente, também, pelos efeitos nefastos impostos pela crise econômica internacional.
Grandes formadores de postos de trabalho, portanto ocupadores de mão-de-obra, os segmentos pesqueiros e aquícola são, atualmente, mesmo enfrentando situações e circunstancias adversas, responsáveis pela ocupação de mais de 1 milhão de trabalhadores. Este conjunto de produtores, aguardam a implementação de políticas publicas que dêm seqüência ao processo de desenvolvimento e que apresentem eficácia e, consequentemente, resultados.


1. Reformulação dos comitês;
2. Estatística pesqueira;
3. Energia rural com isenção de ICMS;
4. Alternativa ao veto do contrato de parceria da industria, na Lei da Pesca;
5. Acessos às águas publicas;
6. Royaltes para pesca;
7. Extensão pesqueira;
8. Desburocratização do óleo diesel;
9. Revisão do licenciamento das embarcações pesqueiras;
10. Redução da pauta fiscal do pescado de captura e cultivo;
11. Código sindical;
12. Celeridade na concessão e renovação de licenças ambientais;
13. Respeito ao direito adquirido ou, no mínimo, à situações já consolidadas há muitos anos, sem necessidade de recuos de áreas de produção, em virtude destas terem se consolidado antes mesmo da vigência das legislações de regência;
14. Que seja sancionada a emenda de crédito-prêmio do IPI, aprovado pelo congresso.

domingo, 23 de agosto de 2009

SAL NO SEMIÁRIDO

Lula garante medida para proteger indústria no sal no RN
Promessa de manter suspensa a exploração da mina sal-gema no ES beneficia setor salineiro potiguar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou à governadora Wilma de Faria que irá renovar o prazo de suspensão da exploração da mina de sal-gema que a Petrobras tem no Espírito Santo. A garantia foi dada pelo presidente em conversa reservada minutos antes da solenidade de inauguração dos IFRNs em Ipanguaçu.
Governadora agradece o presidente Lula pela medida em favor do RN Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press
"Veja, o que o setor pode esperar do Governo Federal é que eu lembro quando há um tempo a governadora foi a Brasília, me fez um pedido para que a gente não permitisse que tivesse qualquer problema que prejudicasse os trabalhadores que trabalham aqui com o sal. Nós assumimos o compromisso e vamos manter esse compromisso porque isso aqui gera riqueza para o estado, gera exportação, gera trabalho, gera renda, e que, portanto, nós não vamos desativar um setor para ativar outro", afirmou.

A exploração deste minério substituiria o sal marinho produzido no Rio Grande do Norte em condições desfavoráveis de competitividade, o que pode, segundo a governadora, inviabilizar a produção de sal da indústria potiguar, fechar postos de trabalho e provocar impactos na economia do Estado.

"Há dois anos conseguimos junto ao governo federal a suspensão por dois anos da exploração do sal-gema do Espírito Santo. Agora esse prazo está se esgotando e nós pedimos, então, ao presidente Lula, que renove essa suspensão, porque a medida é indispensável para a indústria salineira do Rio Grande do Norte".

Wilma de Faria também reuniu os prefeitos do Vale do Açu para solicitar ao presidente que determine ao Ministério da Integração e ao DNOCS a adoção de medidas de infra-estrutura que evitem a ocorrência de enchentes na região, como o desassoreamento de rios, como o Pataxó, por exemplo, e comportas para a barragem Armando Ribeiro Gonçalves. As cheias têm acarretado danos à população, desabrigando-a, e à economia do Estado.

"Nos último três anos houve mudanças no nosso clima e as enchentes prejudicaram muito a infra-estrutura e a produção do Vale do Açu. É preciso que haja investimento do Governo Federal na realização de obras que possam evitar novas inundações", disse a Governadora. Segundo ela, o Presidente se comprometeu em determinar ao Ministério da Integração Nacional e ao DNOCS que encontrem soluções para o problema antes do novo período de chuva.

A governadora também solicitou ao Presidente Lula a implantação de um núcleo da Embrapa Pesca no Estado, para desenvolver a pesquisa no setor pesqueiro.

Lula veio ao Rio Grande do Norte para inaugurar sete unidades do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFRN). Em Mossoró, onde desembarcou, numa entrevista coletiva que concedeu a emissoras de rádio, Lula disse que estava inaugurando os sete institutos no Rio Grande do Norte "atendendo a um pedido da governadora Wilma de Faria". As unidades ficam nos municípios de Apodi, Ipanguaçu, João Câmara, Macau, Pau dos Ferros, Santa Cruz e Caicó.6

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E
DESENVOLVIMENTO RURAL
53ª Legislatura - 3ª Sessão Legislativa Ordinária

As contribuições da agricultura brasileira
para a redução do aquecimento global
DIA 27/08/2009
LOCAL: Anexo II, Plenário 6
HORÁRIO: 9h

O objetivo do seminário é levantar propostas para a
posição do Brasil na Conferência de Copenhague, em
dezembro de 2009, e para a bilateral preparatória entre
Brasil e EUA, em setembro de 2009.
PROGRAMAÇÃO:
Emissões por desmatamento, compensações financeiras para a
produção e comércio, “limpos", de produtos agropecuários e florestais
na Amazônia e possibilidades de tecnologias agrícolas ambientalmente
amigáveis com a manutenção da produtividade
Expositores:
-Dr. Eduardo Delgado Assad - Pesquisador da Embrapa;
-Dr. Francisco de Assis Costa - Professor do Núcleo de Altos Estudos da
Amazônia (NAEA/UFPa).
Debatedores:
-Dr. Alberto Ercílio Broch - Presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura - CONTAG;
-Dr. Rodrigo Justus de Brito - Assessor Técnico da Comissão Nacional

terça-feira, 18 de agosto de 2009

AGRICULTURA IRRIGADA NO SEMI-ÁRIDO - CEARÁ

O PORQUÊ DO AVANÇO DA AGRICULTURA IRRIGADA DO CEARÁ NOS ÚLTIMOS 05 ANOS
O Governo do Ceará criou uma Secretaria de Agricultura Irrigada e levou alguns técnicos que atuavam no RN, a maioria deles oriundos da antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró (hoje UFERSA)
O Governo do Ceará criou o Instituto Agropólos destinado especialmente para o desenvolvimento de ações voltadas para a Agricultura Irrigada
O Governo do Ceará direcionou as ações da ADECE (Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará) para os empreendedores da Agricultura Irrigada
O Governo do Estado do Ceará construiu importantes estradas na Chapada do Apodi (principal região produtora de frutas no Estado do Ceará). As principais estradas são: Baraúnas –Russas, Baraúnas – Quixeré-Limoeiro, Estrada do Cabeça Preta (liga Limoeiro do Norte ao DIJA – Distrito Irrigado Jaguaribe-Apodi e ao Distrito de Tomé – importante área produtora de frutos tropicais).
O Governo do Estado do Ceará monitora a manutenção das estradas não asfaltadas que são importantes para o transportes de frutas. Um bom exemplo é a manutenção da Estrada do Cajueiro no trecho compreendido entre as comunidades de Baixa Branca e o município de Tabuleiro do Norte. Ao percorrer o trecho do RN (32 km) um caminhão de frutas demora cerca de três horas, enquanto que o mesmo trecho do Ceará o percurso demora apenas uma hora.
O Governo do Estado do Ceará assumiu o compromisso com grandes empresas de fornecer infra-estrutura (canais de irrigação e estradas) fundamentais para que estas se instalassem no Estado. São exemplos: A Del Mont Fresh Produce, A Agrícola Famosa, A BANESA, entre outras.
O Governo do Estado do Ceará captou, com freqüência, recursos federais do Ministério da Integração Nacional para ampliar o número de perímetros irrigados e melhorar a infra-estrutura do perímetros irrigados existentes. Um bom exemplo, nesta ordem, são os perímetros irrigados DISTAR (Distrito Irrigado do Tabuleiro de Russas) e DIJA (Distrito Irrigado Jaguaribe-Apodi).
O Estado do Ceará construiu com recursos federais um grande reservatório (Complexo Castanhão) que sozinho responde por mais de 90% da água utilizada pelas empresas que exportam frutos tropicais.
O Estado do Ceará manteve sintonia entre a construção de reservatórios e a instalação de projetos de irrigação.
O Governo do Estado do Ceará priorizou os investimentos no Porto do Pecém tornando-o o principal porto de exportação de frutas tropicais do país.
O Governo do Estado do Ceará investiu recursos próprios e negociou com a EMBRAPA a alocação de pesquisadores para as áreas de agricultura irrigada.

FAPERN

FAPERN Convida
No mês do folclore, Fapern lança um olhar sobre a ciência do povo
No mês em que se comemora o folclore, a Fundação de Apoio à Pesquisa no Estado do RN – Fapern lança publicações que discutem o conhecimento popular como lastro do conhecimento científico. No próximo dia 20/08 haverá o lançamento das edições 12 e 13 da Revista Ciência Sempre, do livro Bom Dia Literatura Oral e de plaquetes sobre o Patrimônio Cultural Potiguar. O evento acontecerá às 18h no Café da Dalila, localizado no Mercado de Petrópolis.
A edição de número 12 da revista Ciência Sempre traz uma entrevista com o dramaturgo Ariano Suassuna e artigos de professores e pesquisadores de instituições como a UFRN e outras, resultante do seminário Ciência do Povo. Já a edição de número 13 tem como tema os Inventores Potiguares, centrando suas atenções nas figuras singulares de Abraham Palatnik e Augusto Severo.
O livro Bom Dia Literatura Oral trata da preocupação do Folclorista Luís da Câmara Cascudo acerca dos estudos ligados à cultura oral do estado. A publicação é resultado de seminário com o mesmo nome, realizado em 2006 pela Fundação José Augusto, sob a coordenação da então presidente Isaura Rosado Participaram do seminário intelectuais, historiadores, folcloristas e membros de segmentos religiosos professores. Seus textos compõem a publicação.
O Projeto Outros Patrimônios é uma continuação do Projeto Patrimônio Cultural Potiguar em Seis Tempos realizado em 2006. O projeto teve como meta inventariar áreas do patrimônio cultural do Rio Grande do Norte como as “festas populares”, “arte popular”, “ofícios do povo” e o “paladar potiguar”. O resultado desse inventário será disponibilizado para o público pela Fapern, com o lançamento das quatro plaquetes e do mapa de localização, além de um banco de dados.SERVIÇO
LANÇAMENTO DE PUBLICAÇÕES
DATA: 20/08/2009
LOCAL: MERCADO DE PETRÓPOLIS
HORA: 18h

ÁGUA NO SEMI-ARIDO

SEMINÁRIO
GESTÃO COMPARTILHADA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DA CHAPADA DO APODI, ENTRE OS ESTADOS DO RN E CE.
Data: 28 de agosto de 2009.
Local: Sede do SESI de Mossoró. Rua Benjamim Constant, 65. Bairro 12 anos. Mossoró-RN.
PROGRAMAÇÃO
Assunto Horário Atividade
Abertura do Seminário 8h30min
Iberê Paiva Ferreira de Souza
Vice-Governador e Secretário do Estado do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Rio
Grande do Norte
A ANA e a Gestão de Águas Subterrâneas 9h
Eng. Civil Ricardo Medeiros de Andrade
Superintendente de Implementação de
Programas e Projetos da Agência Nacional de
Águas – ANA
A SEMARH e o Gerenciamento das Águas
Subterrâneas na Região do Apodi, RN
9h30min
Geóloga Vera Lúcia Lopes de Castro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN
A COGERH e o Gerenciamento das Águas
Subterrâneas na Região do Apodi, CE
10h
Geóloga Zulene Almada Teixeira
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do
Ceará – COGERH/CE
10h30min Coffee Break
Estudos Técnicos Desenvolvidos na
Chapada de Apodi como Subsídio ao
Modelo de Gestão Compartilhada das
Águas Subterrâneas da Região
11h
Geólogo João Manoel Filho
Coordenador Técnico do Consórcio
PROJETEC–TECHNE
11h30min Debates
12h30min Almoço
Gestão e Proteção dos Recursos Hídricos
Subterrâneos: o Papel do Governo e dos
Usuários (palestra em espanhol)
14h Héctor Garduño
Banco Mundial
Outorga dos Direitos de Uso de Recursos
Hídricos no Estado do Rio Grande do
Norte
14h30min Eng. Civil Vera Ribeiro
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte –
SEMARH/RN
Outorga dos Direitos de Uso de Recursos
Hídricos no Estado do Ceará
15h Eng. Agrícola Paulo Miranda
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do
Ceará – COGERH/CE
15h30min Debates
16h Coffee Break
Proteção e Classificação de Águas
Subterrâneas
16h30 Geólogo Fernando Roberto de Oliveira
Gerente de Águas Subterrâneas da Agência
Nacional de Água – ANA
17h Debates
18h Encerramento do Seminário

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

INCLUSÃO DIGITAL NO SEMI-ÁRIDO

Projeto da UFRN instala 12 telecentros em comunidades rurais



Por UFRN
07 de agosto de 2009 05:56
O Programa de Extensão Universitária ‘Universidades Cidadãs’ está completando a instalação de 12 telecentros em doze comunidades rurais do Rio Grande do Norte. Tais telecentros possuem cinco computadores com impressoras e telefone voip, com acesso à internet banda larga, que é feito através de uma antena instalada pelo programa GESAC (Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão), mantido pelo Ministério das Comunicações. Essa iniciativa promove a inclusão digital dos moradores dos assentamentos, bem como facilita o acesso a políticas públicas que, muitas vezes, necessitam do uso da internet.
Entre as comunidades contempladas com esses centros digitais temos: assentamento Canudos (localizado em Ceará-Mirim), assentamento Aracati (Touros), Comunidade Bebida Velha (Pureza), assentamentos Modelo I e Modelo II (João Câmara), assentamento José Rodrigues Sobrinho (Nova Cruz), assentamento Mandacaru (Lagoa de Pedras), assentamento Recanto II (Lagoa Salgada), entre outras.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) participa desse projeto desde 2008 e conta com a parceria do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep). O professor Deusimar Freire Brasil, coordenador do curso de Aqüicultura, é o organizador do Projeto no Rio Grande do Norte e conta com a ajuda de alunos bolsistas.Universidades de mais cinco estados (Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Piauí) também tomam parte dessa iniciativa, cada uma atuando em comunidades de sua própria região.
O ‘Universidades Cidadãs’ está em atividade desde 2006 e tem por objetivo fazer com que as Universidades Públicas participem da implantação de variados projetos de desenvolvimento comunitário. Cada instituição de ensino superior avalia as comunidades com as quais trabalha, a fim de tomar conhecimento de suas necessidades e, assim, criar propostas de atuação. Dessa forma, são promovidas ações de cidadania e de melhoria na qualidade de vida das populações de baixa renda.

A CULTURA CIGANA NO SEMI-ÁRIDO

O CCDI é o primeiro do tipo em toda a América latina e vai desenvolver ações de saúde, educação, cultura e lazer para a comunidade cigana.Sousa(PB) – Foi inaugurado oficialmente as 09h00m da manhã desta quinta-feira(06Agosto2009), na cidade de Sousa, o CCDI - Centro Calon de Desenvolvimento Integral, evento que contou com a presença do Ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o deputado federal licenciado Édson Santos de Sousa(PT/RJ), do Governador do Estado da Paraíba José Targino Maranhão, dos deputados Marcondes Gadelha(Federal), Leonardo Gadelha, Lindolfo Pires e Rodrigo Soares(Estadual), do Prefeito Fábio Tyrone Braga de Oliveira, além de vereadores, lideranças políticas e comunitárias da região do alto sertão.O CCDI edificado na comunidade do Jardim Sorrilândia, na cidade de Sousa constitui-se como o primeiro equipamento de iniciativa pública de de referência cigana a entrar em funcionamento na América latina, construído numa parceria que envolveu a Eletrobrás, o Governo Federal, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Sousa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O BRASIL NASCEU NO SEMI-ÁRIDO

O Brasil nasceu - juridicamente - Em Touros, Rio Grande do Norte.O dia 7 de agosto foi instituído como sendo o aniversário do Estado, de acordo com a lei 7.831, de 30 de maio de 2000, de autoria do ex-deputado Valério Mesquita, que acatou sua sugestão de instituir o 7 de agosto como data de fundação do Rio Grande do Norte.A data tem como base o fato histórico mais importante ocorrido em território potiguar, que foi a colocação do Marco de Touros, considerado o registro de nascimento do Brasil por se tratar do primeiro marco de posse colonial fincado em terra brasileira por Portugal.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

VINGT-UN ROSADO I

Agrônomo, nascido em Mossoró, Rio Grande do Norte, por volta das 21 horas de 25 de setembro de 1920, por volta das 21 horas, em Mossoró, Rio Grande do Norte, era filho de Isaura e Jerônimo Rosado, farmacêutico e político que, a partir da sexta criança, passou a batizar a numerosa prole enumerando-os, primeiro em português, depois em francês.
Vingt-un Rosado é, como o nome diz, o 21º filho, o mais novo. Com os mais jovens, o pai nem variava mais o primeiro nome. A partir do 15.º, todos os homens foram chamados de Jerônimo seguido do número correspondente, até Vingt-un. Cinco mulheres, antes de seu ordinal, receberam o nome da mãe, Isaura. Um dos homens, o nono, também foi chamado Isauro. A família teve ainda um Tércio, uma Maria, uma Vicência, Laurentinos – três ao todo, só um deles numerado – e uma Laurentina.
Integrante de família quase toda de políticos, irmão do ex-governador do RN Dix-sept Rosado, do ex-deputado federal Vingt Rosado e do ex-prefeito de Mossoró Dix-huit Rosado, Vingt-un enveredou para o campo da ciência e da cultura erudita, com destaque para a educação.
Sua formação educacional começou em 1928, quando iniciou o primário estudando com Egídia Saldanha e Delourdes Leite, para depois concluí-lo no Colégio Diocesano Santa Luzia, em 1931. Na mesma escola cursou o ginasial entre os anos de 1932 e 1936. Após essa fase iniciou o curso de pré-engenharia no Ginásio Osvaldo Cruz, em Recife, nos anos de 1937 a 1938. Formou-se em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (atual Universidade Federal de Lavras), Minas Gerais, em 1944.
Vingt-un foi reservista do Tiro de Guerra 42, Mossoró, em 1936, e soldado padioleiro pela Cia Escola de Engenharia, de 1944 a 1945, em Lavras. Após a formatura, em 23 de janeiro de 1945, de volta à terra natal, iniciou o sonho de trazer o ensino superior para Mossoró num projeto que resultaria na instalação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), em 1967, hoje Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).
Na luta contra a seca, o maior flagelo do sertão nordestino, dirigiu seus esforços para a construção das adutoras que viriam a abastecer Mossoró e incentivou a descoberta do petróleo que ajudou no progresso da cidade.
No campo da educação e da cultura, Vingt-un foi professor e fundador de três faculdades, e - segundo o historiador Geraldo Maia - um dos idealizadores da extinta Universidade Regional do Rio Grande do Norte (URRN), hoje Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Pertenceu à Academia Cearense de Farmácia, dentre outras. Foi fundador, professor de Matemática I e II e, por duas vezes, diretor da ESAM, sendo um dos que mais apoiaram sua federalização.
Era professor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Colaborador de revistas na área de geologia, publicou artigos sobre a possibilidade de as terras potiguares possuírem petróleo, posteriormente encontrado. Vingt-un também foi sócio do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) e acadêmico na Academia Mossoroense de Letras (AMOL), da qual foi um dos fundadores.
Vingt-Un Rosado contava que se apaixonou por livros depois de ouvir uma palestra de Luis da Câmara Cascudo em Mossoró. “Ele envenenou todo mundo”, lembra. “Saímos todos apaixonados pela cultura”. Em 1940, aos 20 anos, escreveu sua primeiro obra, Mossoró, contando a história do município, numa edição paga pela mãe.
Em 1949, iniciou um outro marco de sua vida com uma progressiva prioridade: a Coleção Mossoroense. A Coleção tem um vasto acervo, com publicação de livros, teses, folhetos, cordéis, documentários, séries, etc., que falam dos mais variáveis temas, com destaque especial para os assuntos regionais. Dentre os mais de 4.000 títulos da Coleção, mais de mil são livros e mais de 700 dedicados à seca, o que faz dela a detentora da maior bibliografia do País sobre a grande praga do Nordeste. Um dos destaques é O Livro das Secas, que reúne estudos antigos e recentes sobre o tema.
O agrônomo que decidiu se dedicar às letras acabou se transformando no maior pesquisador de assuntos do semi-árido nordestino, do cangaço e também do mossoroísmo, como ele mesmo gostava de chamar os assuntos ligados à sua terra natal.
Em Lavras, no tempo de estudante de agronomia, conheceu a assistente social América Fernandes, com quem casou no ano de 1947, por procuração, após ter concluído o curso e retornado a Mossoró. O casal teve cinco filhos: Maria Lúcia, Dix-sept Rosado Sobrinho, Lúcia Helena, Leila Rosado e Vingt-un Júnior, que morreu em 1950, uma semana após o nascimento.
No ano de 1968, arriscou na política, candidatando-se a prefeito de Mossoró, porém foi derrotado. Mas, no ano de 1973, foi eleito vereador. Faleceu em 21 de dezembro de 2005, em Natal, capital do Rio Grande do Norte. Levado para Mossoró, foi velado no prédio central da UFERSA, antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM, fundada por ele. Fontes:http://www.gazetadooeste.com.br/esp_vingt_un2.htmhttp://www.colecaomossoroense.hpg.ig.com.br/vingt_un.htm www.defato.com/especiais/ving.htm Foto: www. omitonacaverna.blogspot.com/

CRÔNICA DE ARIANO SUASSUNA

C R Ô N I C A D E A R I A N O S U A S S U N A - E X C E L E N T E A L E R T A A T O D O S, I N C L U S I V E G E S T O R E S P Ú B L I C O S
- TEM RAPARIGA AÍ? 'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgêneromusical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.Ariano Suassuna

quinta-feira, 9 de julho de 2009

UMA GRANDE ADUTORA PARA O SEMIÁRIDO DO RN

Em fevereiro passado, a governadora conseguiu incluir no PAC, em audiência com o Presidente Lula, a nova adutora de Mossoró. Com a ampliação do sistema, o abastecimento passa dos atuais 2.800 metros cúbicos/hora para 4.445 metros cúbicos/hora. A adutora terá 92 quilômetros de extensão e 600 milímetros de diâmetro, sendo implantada a partir da barragem de Santa Cruz e elevando em 60% a atual oferta de água.

Os custos com a sua execução estão orçados em R$ 130 milhões. Além de Mossoró, a obra beneficia os municípios de Apodi, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado e diversas comunidades rurais. Estima-se que a população atendida até o final do projeto será de 320 mil habitantes.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O RN é a síntese da pesca no Brasil

Antônio Alberto Cortez: “O RN é a síntese da pesca no Brasil”


Na última década, o Rio Grande do Norte conseguiu desenvolver rapidamente a atividade pesqueira. Depois que a pesca da lagosta se tornou um negócio menos lucrativo, os empresários descobriram peixes de alto valor comercial como o atum e transformaram o estado em um grande polo comercial de pescado. Com isso, o RN se desenvolveu não só no volume comercializado, mas também nas técnicas utilizadas. Hoje, o governo do estado recebe diversas empresas – entre elas as maiores do mundo – com propostas de instalação em Natal. Porém, a falta de uma infraestrutura adequada para receber novos empresários tem feito com que muitos deixem para depois os projetos na região que é considerada uma das melhores para sua atividade. O Terminal Pesqueiro é uma das ações que vai mudar a realidade e impulsionar o setor ainda mais. O subsecretário de Pesca e Aquicultura, Antônio-Alberto Cortez, é um especialista no assunto da atividade pesqueira potiguar. Nessa entrevista à TRIBUNA DO NORTE, ele traça um panorama do mercado no Rio Grande do Norte, fala das expectativas com relação ao terminal – cuja ordem de serviço foi dada na semana passada – e apresenta também as dificuldades vividas hoje pela pesca artesanal. Cortez fala também do setor de pesquisa pesqueira que vem se estruturando cada vez mais no estado.

Qual é a posição hoje do Rio Grande do Norte no cenário da pesca?
O Rio Grande do Norte hoje é o estado que representa a síntese da pesca brasileira. Nós temos uma proposta para a pesca. Um dos poucos estados do país onde existe um norte para ser perseguido na pesca, tanto artesanal quanto oceânica, e também na produção pesqueira. Por isso, hoje o RN é um estado que é visto pelo empresariado como uma das alternativas interessantes de investimento na produção pesqueira. Não são poucos os empresários que têm nos procurado ao longo desses últimos dois anos na tentativa de trazer novos investimentos, novas embarcações, montar aqui as suas empresas. E nós não temos ainda espaço para acostagem de novas embarcações. Daí a necessidade do Terminal Pesqueiro, cuja ordem de serviço foi dada nesta última semana. Falar que o RN é a síntese da pesca brasileira não é uma retórica. É porque realmente a pesca acontece aqui em sua plenitude, inclusive com técnicas muito avançadas do ponto de vista tecnológico. Não ficamos a dever muita coisa a ninguém no que tange o processo de evolução que aqui se estabeleceu, partindo inclusive de iniciativas empresariais somadas às políticas públicas do governo do estado a partir de 2003.



O senhor acredita que essa disponibilidade do poder público em atender as necessidades do setor foi positiva para esse desenvolvimento?
Sem dúvida. Uma coisa é você dirigir um estado e priorizar esse ou aquele segmento. Quando você prioriza um segmento a tendência é crescimento daquilo que foi priorizado. Então, a governadora Wilma de Faria, quando assumiu o primeiro mandato, conferiu prioridade à atividade pesqueira. No instante em que investidores lá fora sabem que, no Rio Grande do Norte, a governadora priorizou a produção pesqueira, eles se enchem de confiança. Mesmo que não se estabeleçam aqui, mas fazem tentativas de se estabelecer. Essa prioridade se materializa na implantação e na eficácia que as políticas públicas venham representar. No âmbito da política pública, o estado investiu por exemplo no Programa Nacional de Equalização Econômica do preço do óleo diesel para embarcações pesqueiras. Embora nacional, esse programa recepciona o governante que quiser porque implica em renúncia fiscal.



Essa renúncia é de quanto?
De 2003 até 2009, a isenção de ICMS chega a superar R$ 17 milhões. A isenção é uma política fantástica porque ela dota as empresas participantes do programa de competitividade frente a frotas pesqueiras internacionais que atuam no Atlântico e que já têm óleo diesel altamente subsidiado em seus países de origem. Aqui a governadora concedeu a isenção plena do ICMS.



Que outras políticas o governo tem para apoiar a pesca?
Em 2003, a governadora estabeleceu um convênio com o DNOCS e o governo recuperou e ampliou a estação de piscicultura localizada lá no açude Itans em Caicó. Com isso, a estação teve aumentada a sua capacidade de produção de alevinos de 3 milhões para 9 milhões por ano. Isso é importantíssimo porque o número de açudes que temos necessitando de peixamento é enorme. A gente precisa ajudar a natureza repovoando os açudes. E você melhora o estoque pesqueiro daquele corpo d’água e ajuda a sustentar a atividade pesqueira artesanal no interior que é muito grande. Para se ter uma ideia, das 65 colônias de pescadores que estão no estado, 35 são no interior.



Existe alguma diferença do mercado que o interior atende e o da pesca marítima?
Sim. O mercado da pesca artesanal continental é interiorano. O mercado da pesca oceânica é o mercado brasileiro. Hoje o que se captura no Atlântico, apenas 25% a 30% vai para o interior. Então ambas, colocam seus produtos no mercado interno. A grande maioria se sustenta no mercado brasileiro. Os nossos pescados estão sendo hoje colocados nas praças de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Brasília e outras cidades.



Mas o foco sempre foi esse, o mercado interno?
Não. O Rio Grande do Norte, na verdade, se projetou recentemente no cenário nacional quanto internacional. Porque houve, até meados dos anos 50 e 60, o boom da lagosta. Então nós exportamos muita lagosta. E essa produção lagosteira e sua respectiva exportação começou a declinar. O motivo foi principalmente a pesca predatória. Só que isso chegou em um ponto crítico em que praticamente a estupenda maioria das pessoas que trabalhavam com a exportação de lagosta, abandonou. E a partir do início da atual década o Rio Grande do Norte foi tomando fôlego na pesca oceânica, principalmente, na captura de atum. O RN passou a ser considerado um pólo atuneiro e começou a investir na exportação deste peixe em função do empreendedorismo do empresário. No entanto, a estabilização começou a se estabelecer no momento em que o governo resolveu chegar junto.



Quantas empresas a gente tem hoje? Temos uma demanda reprimida devido à falta de infraestrutura?
Temos hoje nove empresas. E temos uma demanda reprimida, sim. Se você chegar na Pedra do Rosário e der uma olhada para o Rio Potengi, onde estão instaladas as nossas empresas, você vai ver o caos. São cinco, seis barcos localizados um ao lado do outro. É uma logística terrível pela falta de espaço. O Terminal Pesqueiro, quando concluído, vai ter uma oferta a mais de 300 metros de cais o que garante o mínimo de conforto e eficiência no ato do acostamento de embarcação. Vez por outra a gente recebe visitas de empresários para vir a Natal, mas se desanimam quando veem que não têm onde acostar. O problema é até para as próprias empresas que existem porque a frota cresceu e não tem espaço. O Terminal Pesqueiro é uma alternativa de solução altamente viável. Já tivemos casos das maiores empresas do mundo quererem se instalar aqui. Não podiam porque não havia espaço. Mas ficou patente por seus representantes que elas estão no aguardo do funcionamento do terminal pesqueiro.

Existe uma expectativa de quanto o Terminal Pesqueiro vai aumentar a produção ou o número de empresas existentes hoje no estado?
Essa produção com certeza aumentará gradualmente. Hoje temos uma frota atuneira em torno de 38, 40 embarcações. Gradualmente, essa frota poderá chegar a 60, 70, 80, talvez até mais barcos. Já que os estoques pesqueiros estão equilibrados e essas embarcações estão na atividade, o esforço de pesca não será aumentado, até porque existem cotas de captura, isso não vai gerar um impacto ambiental. Mas gera impacto positivo no índice de ingresso de recursos aqui no estado. A gente acha que haverá não só aumento no que tange a moeda circulante, mas principalmente nas oportunidades de trabalho que surgirão na pesca em si. E também crescimento na cadeia produtiva. O barco consome combustível, água potável, gêneros alimentícios, e outros insumos como anzóis, nylon e outros.



E o RN tem indústrias dentro dessa cadeia ou ainda precisa atraí-las?
Precisa atraí-las e isso pode trazer uma agregação de valor. Nós temos para se instalar aqui em Natal uma empresa processadora de enlatados de atum e sardinha. Isso permite uma interação bastante positiva com a pesca artesanal. Por exemplo, nosso principal polo de produção de sardinha está em Diogo Lopes. Os pescadores vendem a sardinha para atravessadores a preços aviltados. Então você vai ter agora uma fonte consumidora, compradora do excedente da sardinha. É muito interessante esse processo como mais uma mola impulsionadora e redinamizadora de toda a cadeira produtiva.



Essa indústria que foi citada, confirmou a instalação?
Ela entrou com o pedido. A proposta é de uma parceria público privada para se instalar em um prédio do governo. O processo está participando em uma cessão pública onerosa. Ou seja, ela vai pagar, vai recuperar o prédio.



Como está a pesca artesanal hoje no RN? Eles precisam de melhorias técnicas ou outras melhorias?
Eles precisam de quase tudo. No setor artesanal, oficialmente existe, um contingente da ordem de 31 mil pescadores com cadastro. Existe uma informação extra oficial de que existem mais cerca de 8 mil a 9 mil pescadores que não se legalizam no estado. Lembrando que os pescadores não são trabalhadores informais, eles são autônomos. Entretanto, a forma organizacional dos pescadores artesanais precisa evoluir no sentido de convencer os pescadores deles se organizarem a partir de uma contabilidade mínima porque triste do setor que não sabe quanto produz. Triste do produtor que não tem sequer registro. E é isso que acontece com a maioria das pessoas da pesca artesanal. Porque se o ente associado é desorganizado, como ter uma entidade representativa organizada? Isso vem ao encontro de um trabalho que estamos fazendo na secretaria que chamamos de sistema de informação pesqueira, e o projeto piloto está sendo feito no açude Gargalheiras em Acari. A gente vai tentar organizar a produção: o pescador recebe uma cartilha onde tem a espécie de peixe daquele açude, os dias, que ele preenche e, ao final de cada mês, ele vai até sua colônia e apresenta sua produção.



Como o Rio Grande do Norte está hoje na área de pesquisa no setor de pesca?
A evolução da produção pesqueira no Rio Grande do Norte promoveu isso também. Em 2007, foi inaugurado o Centro Tecnológico de Aquicultura e o nosso laboratório de pesquisa funciona no Departamento de Oceanografia da UFRN. O primeiro é a unidade de campo, base de pesquisa para orientação de alunos. Os laboratórios funcionam na Via Costeira. Agora teremos também o laboratório de Bromatologia que é uma demanda do setor empresarial que externou uma preocupação junto ao gabinete da governo. O laboratório analisa a histamina nos peixes que é a substância que indica a deterioração dos peixes. Embora não tenhamos notícias de que nossos peixes tenham voltado por deterioração. A logística hoje para essa análise é muito sofrida porque a amostra tem que ir para Belo Horizonte e demora pelo menos três dias. Quem trabalha para resfriar o produto para ele segurar por 20 dias, três dias já é muito. Então agora vai demorar cerca de duas horas.

Tribuna do Norte
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quinta-feira, 2 de julho de 2009

TERMINAL PESQUEIRO DO RN

A partir de hoje, a empresa Constremac Construtora Ltda, com sede em São Paulo, tem um prazo de 18 meses para construir o Terminal Pesqueiro de Natal às margens do rio Potengi. A ordem de serviço foi assinada na manhã desta terça-feira, pela governadora Wilma de Faria, numa solenidade prestigiada por autoridades e empresários do setor pesqueiro no Rio Grande do Norte. A obra, orçada em R$ 29,5 milhões, conta com recursos conveniados entre o Governo Federal e o Governo Estadual. O terminal pesqueiro será construído numa área cedida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com extensão de 340 metros de cais, se constituindo num pólo pesqueiro para toda a América Latina e colocando o Estado num "estágio superior da pesca". "Será o maior terminal do Nordeste", reforça o subsecretário estadual da Pesca, Antonio-Alberto Cortez. De acordo com ele, a área terá condições - em suas devidas proporções - de absorver até 20 embarcações de pequeno, médio e grande porte, abrindo espaço para uma melhor organização do setor no Estado, hoje considerado o maior produtor de atum do país. "Essa estrutura será a base que vai impulsionar o processo de concretização da atividade pesqueira potiguar, dando dinamismo para a o desembarque e embarque da produção", reforçando que o terminal será equipado com câmeras frigoríficas, salas para negociações (compra e venda), auditório e espaço administrativo.Para a governadora Wilma de Faria, a obra de construção do Terminal Pesqueiro é mais uma prova da consolidação da parceria existente entre o Governo do Estado e o Governo do presidente Lula, além de garantir o crescimento do setor pesqueiro potiguar, gerando aproximadamente, desde sua construção, seis mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Os recursos alocados para construção do terminal fazem parte das 10 obras prioritárias apresentadas pelo Governo do Estado ao Orçamento Geral da União para 2009.Para o presidente da Associação dos Armadores de Pesca do RN, Gabriel Calzavara, a construção do terminal "é a sinalização de que a atividade pesqueira que vem se intensificando no Estado, vem ganhando a respeitabilidade política necessária". Calzavara destaca que a frota pesqueira do RN hoje não opera apenas no Estado. Ele destaca que os barcos operam também na altura da Venezuela, desembarcando no Estado e exportando a produção para Nova York, Miami, França e Espanha. Na opinião de Calzavara, o terminal "já nasce pequeno", levando em consideração o potencial de crescimento do setor. "Acredito que num curto espaço de tempo vamos ampliar seu tamanho, pois ele nasce pela necessidade de um setor fortalecido", ressalta.Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, o principal desafio é estruturar agora o funcionamento do terminal para que ele não se torne um elefante branco, destacando que em funcionamento, o terminal pesqueiro vai otimizar as operações do setor no Estado.

domingo, 28 de junho de 2009

PESCA ARTESANAL

Pesca artesanal: caminho da reestruturação (2)
Antonio-Alberto Cortez, economista, Prof. da UFRN e sub-secretário de Pesca e Aqüicultura da SAPE-RN (aacorteze@yahoo.com.br)


Em artigo anterior (21/05), tratamos da necessidade de organização do segmento pesqueiro artesanal a partir de informações que resultem conhecimento da produção. O ator, no caso o pescador, revestir-se-á da responsabilidade de informar, mediante uma simples escrituração contábil, os frutos do seu trabalho, ou seja, o resultado da pescaria. Hoje, trataremos da necessidade de investimentos na política de extensão que, implantada e levada adiante contribuirá de forma substancial para o aprimoramento do processo de organização da pesca artesanal, de fundamental importância como produtora de alimentos.Dados oficiais da então Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República - SEAP-PR, indicam que, até o mês de abril ano em curso, estão cadastrados 31.936 pescadores no Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de um número expressivo de trabalhadores que, diariamente abastecem o mercado e nossas mesas com o que há mais saudável em termos de alimento nobre - o peixe. Estes pescadores há anos aguardam a contrapartida, isto é, pacientemente esperam por políticas públicas que os reconheçam ou, pelo menos, os ajudem na luta pela conquista da cidadania "plena", e não mais serem tratados como "cidadãos de segunda categoria", ou conhecidos mediante rótulos abomináveis com os quais a sociedade urbana os tem, de forma preconceituosa, designado.Dentre os caminhos para a reestruturação deste setor produtivo, citaríamos iniciativas governamentais necessárias como o estabelecimento de Políticas de Estado voltadas, por exemplo, à extensão pesqueira. E, nesta proposta, interessante se faz lembrar que, as pescas, por suas diversidades metodológicas, desenvolvem-se dentro de um panorama aparentemente simples que abrange desde a placidez dos açudes e lagoas, à impetuosidade dos rios e os mistérios do mar, e ocupam cenários geográficos diversos. Além disto, as comunidades pesqueiras são compostas por estratos sociais caracterizados por variadas expressões culturais, merecedoras, portanto, de reconhecimento e respeito. A consecução destas políticas demanda recursos humanos verdadeiramente aptos não só no aspecto do conhecimento teórico e da capacidade prática, somente, mas revestidos do mais alto nível de sensibilidade e de compreensão das nuanças da faina, dos costumes, dos hábitos, dos valores, enfim, das células familiares formadoras das comunidades pesqueiras. Lembremos que pescadores são pessoas que (re)pousam na terra, mas vivem das águas e nestas passam, muitas vezes, mais da metade de suas vidas. Daí a necessidade do extensionista conhecer, com muita propriedade, o mundo dos pescadores, das catadoras de búzios de Macau às marisqueiras de Canguaretama, dos lagosteiros de Ponta do Mel aos albacoreiros de Baía Formosa. Desvendar os gargalos, propor alternativas viáveis à solução dos problemas não será possível apenas mediante as românticas construções da poesia, da rima ou de belos versos, mas sim através do exercício da compreensão de que, a pesca contém aspectos altamente perigosos, pesados, insalubres os quais requerem força bruta e certas técnicas nem sempre encontradas nos compêndios acadêmicos.Da mesma forma que nos anos cinqüenta do século passado a ANCAR, hoje EMATER, iniciou a aproximação do governo com o produtor rural, urge que, embora quase sessenta anos depois, a instituição volte o olhar para os pescadores, numa ação integrada e participativa, e ajude a transformar os que trabalham nas águas em operárias e operários cidadãos, sintonizados e credores dos avanços e dos confortos do mundo moderno.O Brasil vive, neste 26 de junho, um grande momento com a sanção pelo Presidente Lula, da Lei que transforma a SEAP-PR em Ministério da Pesca e Aqüicultura. Simbolismos à parte, este é o momento propício para, juntos, concretizarmos os sonhos e termos na pesca os benefícios da assistência técnica e da extensão, como integrantes de um projeto maior que, definitivamente conceda aos que fazem o setor pesqueiro artesanal as condições requeridas ao bom desempenho de suas funções e os coloque, enquanto cidadãos, no mesmo patamar dos que exercem outras atividades laborais melhores posicionadas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

AÇUDE CASTANHÃO

MAIOR AÇUDE DE USO MISTO DO SEMI-ÁRIDO FECHA AS COMPORTAS

Jaguaribara. Perto de completar dois meses da abertura e depois de reduzir seu acúmulo de água para 88%, o Açude Castanhão, o maior do Ceará, teve suas comportas fechadas no último fim de semana. A medida representa, para o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e para a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), um sinal de que o ciclo chuvoso está terminando e é hora de garantir a reserva de água. Dias quentes e ensolarados são registrados nos municípios da região jaguaribana. O Rio Salgado não está mais levando água para o Castanhão, que só deve abrir suas comportas novamente em 2010.O Açude Castanhão rugiu por suas comportas no dia 24 de abril deste ano, quando atingia a cota de 103,72 metros acima do nível do mar (85% da capacidade). Quatro das fendas foram abertas na tarde de terça-feira, para satisfação dos curiosos e visitantes.Chovia em todas as regiões do Ceará e os municípios de Jaguaruana e Itaiçaba já estavam debaixo d’água. O volume acumulado pelo reservatório era um pouco menor do que o alcançado em 19 de maio de 2008, quando chegava à cota 104,5 e 87% de acúmulo. Mas os meses mais chuvosos de 2009 também foram de sucessivas quebras de marcas.Nunca, desde a inauguração, em 2004, o açude havia acumulado tanta água. Em maio de 2009, chegou a atingir 97,8% da capacidade, na cota 105,65 metros acima do nível do mar, mesmo com quatro das 12 comportas abertas. As vazões totais, por segundo, variaram de 400 a 1 mil metros cúbicos jogados na calha do Rio Jaguaribe. O Rio Salgado mandava, diariamente, milhões de litros de água para o reservatório. Cogerh e Dnocs controlavam a água armazenada.Moradores das áreas mais baixas, notadamente Jaguaruana e Itaiçaba, temiam que a contínua vazão do açude piorasse ainda mais os alagamentos, já que a região sofria com as chuvas e as cheias dos rios que cortam as cidades.FechamentoDe acordo com o engenheiro do Dnocs, Ulisses de Sousa, coordenador do Complexo Castanhão, a decisão pelo fechamento das comportas, já anunciada pelo Diário do Nordeste, aconteceria quando o nível de reserva alcançasse a cota de 104 metros acima do nível do mar, o que aconteceu na noite de sexta-feira passada. O Castanhão registrava, ontem, 88% de reserva de água ou 5,8 bilhões de metros cúbicos (a capacidade máxima do reservatório é de 6,7 bilhões).A Cogerh monitora 131 reservatórios em todo o Estado. Ao todo, eles estão com 16,6 bilhões de metros cúbicos de água (de uma capacidade total de 17,8 bilhões). A cifra representa 93,2% da capacidade do Estado. Este ano também foi o de maior acúmulo de água já registrado, 95% da capacidade. “Agora as comportas do Castanhão só devem ser abertas novamente no ano que vem”, garantiu Ulisses de Sousa.

ELEIÇÕES NO IBRAF

O IBRAF PODERÁ SER REPRESENTADO POR UM PRODUTOR DO SEMI-ÁRIDO

É hoje, em São Paulo, a eleição para a renovação da diretoria do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). O atual presidente, Moacyr Fernandes, que planta abacaxi em Tocantins, tenta reeleger-se. Até há 15 dias ele pensou que isso seria fácil. A oposição, insatisfeita com sua gestão, mais voltada para a comercialização de espaços em feiras internacionais do que em defender os interesses da fruticultura, reuniu-se e organizou uma chapa, com a qual disputará o pleito. Para presidente, os oposicionistas indicaram Luiz Roberto Barcelos, da nordestina Agrícola Famosa; seu vice é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Limão, o paulista Waldyr Promícia. As entidades nordestinas de fruticultores apoiam a oposição, incluindo a Câmara Setorial da Fruticultura do Ceará, presidida por Tom Prado.

domingo, 21 de junho de 2009

ALHO E CEBOLA NO SEMI-ÁRIDO

NOVO ARTIGO: “A importância da estruturação do museu do alho e da cebola em Governador Dix-sept Rosado/RN”
Foto: Liberdade 96 FM
O alho e a cebola representaram importantes fatores para a geração de emprego e renda em épocas pretéritas no município potiguar de Governador Dix-sept Rosado, bem como elementos na aglutinação cultural do lugar.Em razão de proposta para fomento a pólo turístico sustentável na antiga capital do alho, tendo como carro-chefe a caverna calcária do Poço Feio, há necessidade, com a implantação do projeto, pensar-se nas fragilidades apresentadas, como as cheias periódicas do rio Apodi-Mossoró, tendo em vista ainda a perenização do curso dágua devido a construção da barragem de Santa Cruz, o que inviabiliza por certo tempo o usufruto do lugar pelos praticantes do turismo racional.No período que o rio estiver transbordando as atividades turísticas tem que ser direcionadas para a parte histórica do município, pois o potencial é significativo, contando com estruturas importantes que permitem aos turistas vislumbrar o processo de construção coletiva do lugar.Necessidade urgente diz respeito à preservação do patrimônio histórico dix-septiense, pois se verifica o contrário principalmente quando magnífica rugosidade do tempo da pedreira ruiu recentemente com as chuvas. Refiro-me à casa do inglês, na qual Ingersoll residiu quando de sua permanência na terra das jazidas calcárias.Além disso, outros testemunhos abandonados no tempo e no espaço devem ser recuperados, como a capela da pedreira, construída a pedido de Isaura Rosado Maia em pagamento de promessa pela recuperação do filho Jerônimo Dix-sept Rosado Maia que havia sofrido acidente quando galopava a cavalo pelas terras ricas em gipsita.Devido à importância assumida pelo alho e pela cebola em tempos passados, faz-se necessário que haja fomento à construção de museu que possa abrigar lembranças de um passado esquecido, primando ainda pela ênfase à identidade através de imagens e objetos que favoreçam o reconhecimento por parte das gerações que não conheceram os plantios de alho e cebola em Governador Dix-sept Rosado.Um museu que sirva de repositório a isso tudo é condição sine qua non para a efetivação de pólo turístico sustentável que busque racionalizar geração de emprego e renda com respeito à natureza, sobretudo em razão das fragilidades apontadas.Existem inúmeras fotografias guardadas pelas famílias dix-septienses que comprovam a importância do alho e da cebola para a economia local, bem como para a formação cultural local.Conseguir recolher fotografias e apetrechos de trabalho, usados nas atividades agrícolas pretéritas deve constar na pragmatização da proposta referente à necessidade da estruturação de um museu que acomode os testemunhos da riqueza do lugar com relação ao alho e a cebola.Empenho e determinação a fim de disponibilizar condições para a melhoria da qualidade de vida do povo dix-septiense devem constar nas preocupações das políticas públicas destinadas ao município.Com a estruturação de museu voltado para a preservação da importância do alho e da cebola em épocas pretéritas, em Governador Dix-sept Rosado, representa importante fomento à perspectiva de viabilizar melhores dias a um povo sofrido que necessita de atenção para que a vida se torne mais bela.José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN.CONTATO: romero.cardoso@gmail.com
FONTE: http://www.liberdade96fm.com.br/sintonizado/index.php

LABORATÓRIO DE PESCA NO RN

Maior exportador de pescados do Brasil, o Rio Grande do Norte está prestes a receber uma ferramenta que vai melhorar a comercialização do produto no exterior. Dentro de três meses, através de uma parceria entre Petrobras, UFRN e governo do estado, os empresários do setor terão um Laboratório de Bromatologia para determinação de histaminas em peixes. Hoje, este tipo de teste é feito em Belo Horizonte e leva três dias para chegar atrasando a remessa do produto.Os níveis dessa substância indicam o estado de deterioração do pescado e, por isso, servem para determinar a qualidade do pescado. Por isso, o exame é uma das exigências para a venda do produto no exterior. O subsecretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Antonio-Alberto Cortez, explica que, com a presença de um laboratório desse tipo no estado, as empresas poderão ter o resultado dos exames com precisão no mesmo dia.Ele conta que a idéia de instalação do Laboratório de Bromatologia surgiu da necessidade de atender estas exigências do mercado internacional. Atualmente, o RN tem nos países da União Européia e EUA seus principais compradores. Entre os produtos, estão peixes nobres como o atum e o espadarte . “Havia uma demanda dos empresários no sentido do laboratório e a governadora se interessou imediatamente por atender o pleito”.Cortez estima que em cerca de quatro meses o laboratório esteja pronto e funcionando, à disposição dos exportadores de todo o estado. O espaço vai oferecer uma logística mais confortável às empresas que hoje têm que enviar as amostras de avião. O tempo de espera do produto, altamente sensível, prejudica a comercialização.Para adequação do espaço onde funcionará o Laboratório de Bromatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estão sendo investidos R$ 642 mil, por parte da Petrobras, além de R$ 64.205 do governo do estado. “Os recursos já foram repassados, está havendo apenas uma adequação de prazos”. Os equipamentos serão operados por professores do Departamento de Química e bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).AvançoAntonio-Alberto Cortez declara que o laboratório é mais um avanço para a produção pesqueira do estado que vem crescendo nos últimos anos. “As pessoas não refletem muitas vezes as alterações positivas que ocorreram no estado no setor de pesca. Há sete ou oito anos, o Rio Grande do Norte era uma lanterna na produção de pescados. Gradualmente, foi se transformando em um grande produtor de pescados”. O subsecretário aponta algumas mudanças importantes para que o estado alcançasse o posto mais alto exportador do setor. O primeiro foi a iniciativa do governo do estado em apoiar a produção. “A governadora colocou a atividade pesqueira no rol de prioridades do governo. Quando um governante demonstra esse tipo de atitude, passa confiança para que outros investimentos sejam realizados”. Ele cita como exemplos, além da instalação de grandes empresas, a criação do curso de Aquicultura da UFRN e outras instituições como o Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFRN), a UFERSA, com a criação do Curso Superior em Engenharia de Pesca, que investem em cursos na área.Sobre os investimentos privados, Cortez destaca que hoje o RN tem uma frota pesqueira moderna tão boa quanto outros países do mundo. Além disso, o estado detém a primazia no Programa de Rastreabilidade de Pescados. Através dele, o comprador pode saber toda a procedência do peixe que consome porque o produto é registrado com detalhes minuciosos como dia, horário, local da pesca, e temperatura da água. “Isso confere confiança, qualidade e credibilidade ao nosso produto”. O Brasil foi o primeiro a implantar esse sistema e o RN é o primeiro do país a atuar com ele. Tribuna do Nortehttp://www.tribunadonorte.com.br

terça-feira, 16 de junho de 2009

FENACAM 2009

FENACAM 2009
Dia 15 06 2009 Segunda - Feira




19:00h
Solenidade de Abertura - Centro de Convenções de Natal (RN)



20:00h
Coquetel de Boas Vindas - VI Festival Gastronômico de Frutos do Mar





Dia 16 06 2009 Terça - Feira



Tema 1 - Organização, Oportunidades e Desafios da Carcinicultura
09:00 - 09:50h
Organizacão do Setor Salmonicultor e sua Relação com o Governo
Carlos Odebret
Salmon Chile
Chile
09:50 - 10:40h
Revolução da Carcinicultura Mundial: Impactos da Domesticação, Melhoramento Genético e Disseminação do Uso de SPF L. vannamei
Lourenzo M. Juarez
SIS/CPP
Indonésia
11:00 - 11:50h
Carcinicultura Equatoriana: Realidade e Perspectivas
Diego Buenaventura
Purocongo
Equador
11:50 - 12:40h
Avanços Tecnológicos na Reprodução e Larvicultura de Peixes Marinhos
Mario Hoffmann
Inve / Matrice Production Marine
França


Dia 17 06 2009 Quarta - Feira



Tema 2 - Aspectos Tecnológicos e de Manejo da Carcinicultura
09:00 - 09:50h
Uso de Probióticos na Produção Aquícola
Marcos Santos
INVE
Brasil
09:50 - 10:40h
Nutrição e Manejo em Larvicultura de Camarão Marinho
Neil Gervais
Zeigler / Prilabsa
EUA
11:00 - 11:50h
Desenvolvimento Tecnológico, Manejo e Aspectos Nutricionais da Produção de Camarão na Ásia
Stéphane Ralit
EVIALIS
França
11:50 - 12:40h
Produção Intensiva de Camarão via Utilização de Flocos Microbianos
Wilson Wasielesky
FURG / RS
Brasil



Dia 18 06 2009 Quinta - Feira



Tema 3 - Marketing, Industrialização e Oportunidades da Carcinicultura
09:00 - 09:50h
O Papel do Marketing no Agronegócio e as Demandas do Consumidor do Futuro
Eduardo Eugenio Spers
ESALQ/USP
Brasil
09:50 - 10:40h
Boas Práticas de Manejo e Biossegurança na Produção de Camarão Cultivado
Marcelo Lima
Consultor / ABCC
Brasil
11:00 - 11:50h
Análise Técnica e Econômica do Policultivo de Camarão e Tilápia
Enox Maia
AQUARIUM AQUICULTURA
Brasil
11:50 - 12:40h
Processos Tecnológicos no Beneficiamento e Agregação de Valor ao Camarão Cultivado
Charles Mendonça
POTIPORÃ
Brasil

Horário
III Simpósio Internacional de Aquicultura
Palestrante
Instituíção
País


Dia 16 06 2009 Terça - Feira



Tema 1- Organização, Oportunidades e Desafios da Aquicultura
09:00 - 09:50h
Apresentação do Censo Aquícola Brasileiro
Luis Henrique Lima
SEAP/PR
Brasil
09:50 - 10:40h
O Programa de Recursos Pesqueiros e de Aquicultura da CODEVASF
Thompson França R. Neto
CODEVASF
Brasil
11:00 - 11:50h
Projeto Pirarucu da Amazônia
Martin Halverson
SEBRAE
Brasil
11:50 - 12:40h
Normativas para a Organização do Setor Salmonicultor: Principais Desafios
Carlos Odebret
SALMON CHILE
Chile


Dia 17 06 2009 Quarta - Feira



Tema 2 - Aspectos Tecnológicos e de Manejo da Aquicultura
09:00 - 09:50h
Produção Comercial de Peixes Marinhos na Europa: Realidade e Tendências
Mario Hoffmann
Matrice Production Marine
França
09:50 - 10:40h
Probiose Específica em Aquicultura: Sinônimo de Eficiência e Tecnologia
Fernando Garcia
EPICORE
Equador
11:00 - 11:50h
Tilapicultura no Brasil: Realidade e Desafios
Fernando Kubitza
ACQUAIMAGEM
Brasil
11:50 - 12:40h
Potencial Técnico das Principais Espécies Brasileiras com Viabilidade para a Maricultura
Ronaldo Cavalli
UFRPE
Brasil


Dia 18 06 2009 Quinta - Feira



Tema 3 - Marketing, Industrialização e Tendências da Aquicultura
09:00 - 09:50h
Desenvolvimento de Novos Produtos de Pescados: Desafios e Oportunidades
Alex Gonçalves
UFERSA
Brasil
09:50 - 10:40h
Surubim: Sistemas Produtivos e suas Peculiaridades
Mario Gonda
PROJETO PACU
Brasil
11:00 - 11:50h
Carne Mecanicamente Separada de Pescacado-CMSP: Tecnologia de Agregação de Valor, como Fator Determinante para o Aumento do seu Consumo
Diogo Lustosa
Consultor
Brasil
11:50 - 12:40h
Inovação na Industrialização e Comercialização de Peixes Tropicais
Pedro Furlan
Native Pescados
Brasil

Atividades paralelas e complementares 16, 17 e 18 de Junho
Mesas Redondas Temáticas
12:40 - 15:00hVI Festival Gastronômico de Frutos do Mar
14:30 - 18:30hSessões Técnicas - Apresentação de Trabalhos Científicos
IV ENCONTRO DE NEGÓCIOS - Dias 16, 17 e 18 de Junho - 14h - 19h
Dia 16/06/2009 - Terça-Feira 18h - 20h Mesa Redonda I : Biossegurança e Boas Práticas de Manejo
Dia 17/06/2009 - Quarta-Feira16h - 18h Mesa Redonda II : Enchentes: Efeitos Diretos e Alternativas para Superação18h - 20h Mesa Redonda III : Linhas de Financiamento para Aquicultura
Dia 18/06/2009 - Quinta-Feira16h - 18h Mesa Redonda IV : Mercado Interno: Oportunidades e Tendências
VI Festival Gastronômico de Frutos do MarDias 16, 17 e 18 de Junho 12h - 15h e 19h - 22h
Obs: A programação poderá sofrer alterações de temas, palestrantes e horários em virtude de possíveis contratempos com a agenda dos participantes.

ENERGIA EÓLICA

FÓRUM NACIONAL EÓLICO - Contexto
Setorial

A energia eólica é uma das formas mais
limpas de geração de energia da atualidade.
Os projetos eólicos implantados no Brasil
confirmam os prognósticos de viabilidade
e atestam o grande potencial eólico
existente.
Os benefícios da inserção de parques
eólicos no sistema elétrico brasileiro
são diversos: gera empregos, beneficia
regiões energeticamente esgotadas, reduz
incertezas de mercado, e contribui para a
diversificação de nossa matriz energética.
O atual contexto e os cenários futuros quanto
à oferta de energia no Brasil apontam a
necessidade do aumento do despacho
térmico de forma a garantir a segurança do
abastecimento, considerando o equilíbrio
muito próximo entre a demanda e oferta
prevista para os próximos anos. Nesse
contexto, a energia eólica reúne qualidades
apropriadas para se tornar uma importante
fonte complementar à oferta convencional
de eletricidade. É uma energia renovável,
abundante, bem localizada, não emissora
de gases de efeito estufa e uma alternativa
viável e competitiva à geração térmica a
óleo e a carvão.
A CARTA DOS VENTOS é um documento de
consenso do Ministério de Minas e Energia,
do Ministério de Meio Ambiente e do
Fórum Nacional de Secretários de Estado
para Assuntos de Energia, pelo qual esses
signatários firmam diretrizes voltados para
incentivar a exploração do potencial eólico
brasileiro como fonte energética.
A cerimônia de assinatura da CARTA DOS
VENTOS acontecerá, em Natal, no dia
18 de junho de 2009, e representará o
início de uma nova era para o setor eólico
nacional. No Fórum Nacional Eólico, que
será aberto com a assinatura da Carta dos
Ventos, serão debatidos os entraves, as
demandas e os planos do Governo Federal
e dos estados brasileiros quanto à geração
eólica, assim como os desafios regulatórios
nacionais e as experiências internacionais
bem sucedidas.
Imediatamente após a assinatura da CARTA
DOS VENTOS, o Fórum Nacional Eólico, em
articulação com entidades governamentais
e privadas envolvidas com o setor eólico,
dará início ao processo de formulação de
ações e projetos para que os compromissos
estabelecidos na CARTA DOS VENTOS se
transformem em realidade.
O Fórum Nacional Eólico é uma iniciativa do
Fórum Nacional de Secretários de Estado
para Assuntos de Energia, e será realizado
em Natal, nos dias 18 e 19 de junho de 2009,
com o apoio oficial do Governo do Estado
do Rio Grande do Norte (Estado-Anfitrião) e
de todas as demais Secretarias de Estado
relacionadas com o setor, e o patrocínio
dos principais grupos de investimento,
operadores e fornecedores desta indústria
atuantes no Brasil.A energia eólica é

segunda-feira, 15 de junho de 2009

PROJETO DE LEI DA PESCA

HISTÓRICO DE TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI DA PESCA E AQÜICULTURA
ASSUNTO: PL nº 687/1995 – número na Câmara/ PLC Nº 29/2003 – número no Senado, que “Dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aqüicultura e da Pesca, regula as atividades pesqueiras e dá outras providências.”.
SITUAÇÃO ATUAL: Matéria vai a sanção presidencial.
RELATÓRIO DE TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI DA PESCA
Trata-se de projeto que pretende aperfeiçoar e modernizar a legislação vigente relacionada ao assunto. Assim, estabelece conceitos gerais pertinentes à pesca e à aqüicultura, tratando inclusive do conceito de pescador artesanal, define modalidades de pesca e os variados agentes envolvidos, fixa regras relativas ao processamento do produto da pesca, trata dos atos administrativos a serem adotados pela autoridade competente, estabelece as condições em que a atividade pesqueira deve ser proibida, traz as classificações da aqüicultura em “comercial”, “científica ou demonstrativa”, de “recomposição ambiental”, de “aqüicultura familiar”, e “ornamental”, dentre outros regramentos.
A proposição foi apresentada na Câmara dos Deputados pelo Deputado Federal Koyu Iha em 29/06/1995, quando recebeu o nº 687/1995. Com regime de tramitação ordinária, e sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões (Art. 24, II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD) (art. 132, III, do RICD) (art. 58, Par. 2º, I, CF)), foi distribuída inicialmente às seguintes Comissões: CDCMAM, CAPR e CCJR.
Na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias o projeto de lei foi aprovado em 10/12/1997, por unanimidade, na forma do parecer favorável apresentado pelo Deputado Jacques Wagner, com substitutivo e projetos de lei apensados. Na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, foi aprovado em 12/12/2001, na forma do Parecer apresentado pelo Xico Graziano, com substitutivo, e projetos de lei apensados, e com ampla discussão entre todos os parlamentares, como o Deputado Adão Pretto, a Deputada Luci Choinacki, e outros.
Por sua vez, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania foi aprovado em 27/11/2002, na forma do Parecer apresentado pelo Deputado Inaldo Leitão, ou seja, através de substitutivo e subemenda substitutiva que fora apresentada aos projetos de lei nº 687/1995 (PLC nº 29/2003) (de autoria do Deputado Kyou Iha), nº 825/1995 (de autoria do Deputado Murilo Pinheiro), nº 1273/1995 (de autoria do Deputado Fausto Martello), nº 2965/1997 (de autoria do Deputado Aloysio Nunes Ferreira), nº 3016/1997 (de autoria do Deputado Silas Brasileiro), e de nº 3331/1997 (de autoria do Deputado Milton Mendes de Oliveira), e aos Substitutivos adotados na CDCMAM e na CAPADR.
A Redação Final do Projeto de Lei sob exame na Câmara dos Deputados foi aprovada em 29/04/2003, nos moldes do Parecer apresentado pelo Deputado Luís Eduardo Greenhalgh.
De conformidade com o que estabelece o art. 65 da CF, a proposição foi encaminhada ao Senado Federal em 19/05/2003, tendo sido distribuída inicialmente às Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais.
Na Comissão e Constituição, Justiça e Cidadania, tendo como Relator o Senador Jefferson Peres, o projeto de lei foi aprovado em 12/11/2003. Na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional foi aprovado em 01/04/2004, na forma do Parecer apresentado pelo Senador Eduardo Azeredo.
Neste contexto, oportuno destacar a participação do Poder Executivo e da sociedade civil por meio da instituição de Grupo Técnico de Trabalho (GTT), através de Decreto Presidencial com data de 13/06/2003, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 16/06/2003, sob coordenação da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR), e composto pelos Ministérios do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Trabalho e Emprego, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Fazenda, da Previdência Social, da Advocacia Geral da União, do Comando da Marinha do Ministério da Defesa, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) do Ministério do Meio Ambiente, bem como de representantes da sociedade civil.
Referido GTT, que teve seu prazo estendido até 31/12/2004, por meio de Decreto Presidencial datado de 15/03/2004, publicado no DOU de 16/03/2004, tinha, em resumo, a atribuição de apresentar propostas para atualização e aperfeiçoamento da legislação pesqueira e aqüícola e, neste prisma, um de seus focos foi o PLC nº 29/2003.
No que tange ao PLC nº 29/2003, e após ampla análise e discussão, que contou com a participação de diversos órgãos e entidades como já mencionado, como com a participação de diversas instituições representativas do Setor Aqüícola e Pesqueiro Brasileiro, os resultados foram entregues pela SEAP/PR e demais participantes ao Senador Garibaldi Alves Filho, relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.
Na Comissão de Assuntos Econômicos, o projeto de lei foi aprovado em 15/12/2004, através do Substitutivo (Emenda nº 1-CAE) apresentado pelo Relator, Senador Garibaldi Alves Filho, substitutivo este que, diga-se por relevante, contemplou boa parte do projeto que havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, mas também muitos dos apontamentos feitos pelo GTT, aspectos estes que serviram de subsídio para a elaboração do referido substitutivo.
Em 16/03/2005, o projeto de lei foi redistribuído no Senado Federal para as Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, de Assuntos Econômicos, que já haviam sido ouvidas, e ainda para as Comissões de Assuntos Sociais (que já havia sido designada no Despacho inicial) e, por força da Resolução do Senado nº 1, de 2005, à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
Com relação a Comissão de Assuntos Sociais, foi designado como Relator o Senador Valdir Raupp, que apresentou parecer pela aprovação do projeto de lei na forma do substitutivo aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos com Emendas aos arts. 2º, 3º, 4º, 6º, 8º, 9º, 11, 12, 20 e 24, tendo sido aprovado no dia 10/11/2005.
Na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, o Senador Leomar Quintanilha, Presidente da referida Comissão, no uso da atribuição que lhe confere o art. 89, III, do RISF, designou a Senadora Fátima Cleide como relatora para a matéria.
Assim, na forma do disposto no art. 58, Par. 2º, I, da Constituição Federal (CF) c/c arts. 90, 91, inciso IV, e 97, ambos do Regimento Interno do Senado Federal (RISF), e demais disposições legais, foi submetido ao exame da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, e Fiscalização e Controle do Senado Federal (CMA) (art. 72, V, RISF), o Projeto de Lei da Câmara nº 29 de 2003 (PLC nº 29/2003), que “Dispõe sobre a política pesqueira nacional, regula a atividade pesqueira e dá outras providências”, para, nos termos do art. 102-A, inciso II, “a”, “c”, do RISF, emissão de parecer sobre os aspectos relativos à pesca, à conservação e defesa do meio ambiente, fauna, flora, recursos hídricos, biodiversidade, e, enfim, todos os assuntos correlatos que estiverem contidos na proposição, tendo sido emitido parecer pela aprovação da proposição na forma do substitutivo aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos, com as Emendas adotadas pela Comissão de Assuntos Sociais, alteradas a 5ª e a 12ª nos termos de Emendas de redação apresentadas, porém, em vista de entendimento para que houvesse reexame da matéria, a proposição retornou à Relatora para a mencionada reapreciação. Após reapreciação feita, a Senadora Fátima Cleide apresentou novo parecer, pela aprovação na forma de substitutivo, substitutivo este que foi aprovado pela Comissão em 15/05/07.
Após a referida tramitação e tendo em vista a aprovação, em 02/07/2008 do Requerimento nº 158/2008, apresentado pelo Senador Flexa Ribeiro no sentido de que a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária também fosse ouvida, foi dado despacho pela Mesa de que a referida Comissão também fosse ouvida.
Quanto a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, foi designado Relator o Senador Flexa Ribeiro, que apresentou parecer pela aprovação do Projeto na forma de Substitutivo. Assim, em 26/11/2008 foi aprovado o referido parecer, com acolhimento de cerca de 13 emendas. Referido Parecer recebeu o número 1217/2008.
Após, em 18/12/2008 foi aprovado pelo Plenário do Senado o Requerimento de Urgência nº 1688/2008, passando-se de imediato à apreciação da matéria. Nesta linha, também em 18/12/2009 (entre 18/12/2008 e 19/12/2008) foi aprovado o projeto na forma do Substitutivo aprovado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Em turno suplementar foram aprovadas 23 emendas e 15 destaques, todos de autoria do Senador Romero Jucá. Com tudo isso, o projeto de lei restou aprovado pelo Senado Federal na forma do Substitutivo da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, com as referidas 23 emendas e 15 destaques.
Em 24/03/2009, o Plenário do Senado Federal procedeu a apreciação de uma emenda corretiva a 2 questões aprovadas em 18/12/2008 que haviam gerado dúvidas e inexatidões e, por fim, procedeu a apreciação e aprovação da redação final da matéria, na forma de parecer da Comissão Diretora apresentado pela Senadora Serys Slhessarenko.
Com isso, o Senado enviou a matéria de volta à Câmara dos Deputados por meio do Ofício nº 199/2009, tendo a matéria sido recebida na Câmara dos Deputados em 01/04/2009.
Na Câmara dos Deputados a matéria foi distribuída às seguintes Comissões: CMADS, CAPADR, CCJC. E, ainda, ao Plenário.
Na CMADS foi designado relator o Deputado Wandenkolk Gonçalves.
Em 29/04/09 foi apresentado o Requerimento 4674/09 de autoria do Deputado Candido Vaccarezza, e também assinado por diversos outros líderes partidários, e que requereu urgência para o PL 687/95.
Em 04/06/2009 foi aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados o Requerimento 4674/09, que atribuiu URGÊNCIA à matéria, que com isso a matéria foi colocada na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados.
Também com isso, a matéria retornou ao relator Dep. Wandenkolk Gonçalves para reformulação do parecer. Referido Relator apresentou Parecer em 08/06/2009 pela aprovação integral do Substitutivo do Senado Federal.
Em 09/06/2009 a matéria consubstanciada no Substitutivo do Senado Federal foi incluída na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados e submetida a votação em turno único. Foram designados relatores pela CMADS o Deputado Wandenkolk Gonçalves, pela CAPADR o Deputado José Airton Cirilo, e pela CCJC, inclusive para redação final, o Deputado Flávio Bezerra. Discutiram a matéria os Deputados Cléber Verde, José Carlos Aleluia, e Eduardo Valverde. Todos os partidos e liderança do Governo encaminharam voto sim à matéria. Matéria foi aprovada na forma do Substitutivo do Senado. Matéria vai a sanção.
São as informações.

Fonte: Prof. Antônio Alberto Cortez (UFRN - SAPE-RN)

terça-feira, 9 de junho de 2009

AQUICULTURA NA BARRAGEM DE AÇU

Dnocs conclui estudos do Parque Aquícola na barragem de Açu, no Rio Grande do Norte01/06/2009 11:02.
O setor de Aquicultura da Coordenadoria Estadual do Dnocs/ RN, concluiu os estudos do Parque Aquicola - Capacidade de Suporte do Ecossistema Aquático, que é a criação de peixes em confinamento (tanques rede e/ou gaiolas flutuantes) a ser implantado na barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada no município deAssu, cujo reservatório possui características técnicas viáveis para o desenvolvimento da piscicultura superintensiva, haja vista sua capacidade de armazenamento 2,4 bilhões m³ (verdadeiro mar interior), com área de espaço físico do espelho d’água de 19.200 hectares e capacidade de suporte do ecossistema aquático de 120 hectares. Os Estudos obedeceram às determinações da Lei 4.895, que regulamenta a pesca e o CONAMA, onde recomenda utilizar até 1% da área do espaço físico do espelhod’água, o equivalente a 192 hectares. Ou seja, dos 19.200 hectares de área do espaço físico do espelho d’água da barragem de Açu, será utilizado apenas 0,6%que corresponde a 120 hectares, conforme estabelece os estudos para capacidadede suporte da referida Barragem. Ainda por resolução da Lei – para cada hectare só podem ser utilizados 8% dessa área; dos 120 hectares pré-estabelecidos nos Estudos, só poderão ser utilizados 8 %, ou seja, 9,6 hectares serão cobertos por tanques-rede e/ou gaiolas flutuantes, que serão distribuídos em 06 (seis) Módulos de 05 (cinco) hectares cada, e cada hectare ocupa até 200 (duzentos) tanques-rede e/ou gaiolas flutuantes padronizados com 4 m² do espaço físico de espelho d’água e 4 m³ de áreaútil, com capacidade total de 24 mil tanques-rede e/ou gaiolas flutuantes.O Parque Aquícola na barragem Armando Ribeiro Gonçalves propiciará a inclusão social obedecendo às políticas públicas do Governo Federal, que disponibiliza 50% da capacidade de suporte, ou seja, 12 mil tanques-rede e/ou gaiolas flutuantes, as quais são submetidas a processos Licitatórios não oneroso e os outros 50% oneroso, ao público em geral (pessoas física e jurídica). A implantação da cadeia produtiva, que se compõe da produção de alevinos, beneficiamento do pescado, fabricação de ração e equipamentos, comercialização e exportação irão proporcionar geração de emprego (diretos e indiretos) na ordem de 13.440 beneficiados e produção de 35 mil toneladas de pescado, por ano, o equivalente a R$ 140 milhões. A previsão da execução dos trabalhos de implantação do referido Parque é de cinco anos, estabelecendo o seguinte cronograma da capacidade de suporte: 10% no primeiro ano; 10% no segundo; 10% no terceiro; 20% no quarto e 50% a partir do quinto ano; que terá início tão logo a ANA e SEAP/PR, em Brasília / DF, concluam as análises para outorga e licenciamento ambientais.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Foco da vida

Antonio-Alberto Cortez, economista, professor da UFRN e sub-secretário de Pesca e Aqüicultura da SAPE-RN (aacorteze@yahoo.com.br)
O ser humano, desde tempos remotos, interage com o meio ambiente. E não poderia, como criatura da natureza, diferente ser. Servindo-se de suas dádivas, inicialmente alimentares, aprendeu, no processo evolutivo, a tirar proveito dos bens materiais "gratuitos", tanto os renováveis quanto os não renováveis. Aliás, os renováveis se não têm limites quantitativos, por exemplo, a abundância de água, os tem quando se trata da qualidade.É fato que as demandas pelos recursos naturais - há quem afirme que "nenhum recurso é verdadeiramente renovável" - crescem em uma proporção, digamos geométrica, parafraseando Malthus, mas, a necessária reposição dos possivelmente renováveis sequer existe, mesmo numa proporção aritmética. É, portanto, razoável o reconhecimento de que, aproveitando-se dos prodígios da natureza, a conquista e o uso dos recursos naturais pelos humanos resvalaram para o descaso, no passado longínquo, e para a irresponsabilidade, mais recentemente.Não precisa ser especialista para compreender a grande capacidade de recuperação demonstrada pela natureza, e sua "força" ao suportar certos danos. O que mais irrita, portanto preocupa, é o descomprometimento dos humanos com a saúde de sua casa - a aldeia local/global - ao negar-lhe simples analgésicos que, ao serem aplicados ao meio ambiente potencializam e trazem a cura, amplia-se o quadro negativo da sanidade planetária, e uma agressão ambiental menor poderá agigantar-se e tornar-se irreversível, ou de controle extremamente demorado e dispendioso. Mesmo ratificando importantes tratados internacionais e detendo um código ambiental moderno, o Brasil requer ações ambientais consistentes, porém menos ideologizadas e que dispensem interferências nefastas de aventureiros, quer sejam pseudo-capitalistas ou radicais do meio ecológico, ambos useiros do ânimo extremado. Portanto, considerando que o fiel da balança está no meio, os extremos ideológicos precisam, como se estivessem nos pólos, convergirem à linha equatorial, de modo a colaborarem mediante mitigações e compensações com os propósitos do desenvolvimento sustentável e do bem estar social.Posições radicais imprimem assimetrias sociais que, rápida e violentamente, distanciam os estratos menos favorecidos de um mundo descente, confortável e cidadão. Os problemas ambientais, independentemente de suas magnitudes e dos quadrantes onde se estabeleçam, não podem e, salvo engano, manterem-se em esfera individual qualquer, uma vez que constituem desafios sociais, portanto coletivos. Finalizando, creio que políticas ambientais devem ser exercitadas a partir de caminhos que levem a soluções verdadeiras as quais não deveriam esquecer, nos seus meandros, o foco da vida... da vida humana, inclusive.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO BRASI

Desafios da ciência e da tecnologia no Brasil, artigo de Marco Antonio Raupp



Por Marco Antonio Raupp - O Estado de São Paulo, 26.5
27 de maio de 2009 15:30
“Importante desafio a ser enfrentado reside na necessidade de aproximação entre o sistema universitário e as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas”
Nos últimos 50-60 anos, a atividade organizada de produção de conhecimento científico estabeleceu-se no País. No centro desse processo estiveram a reforma universitária, institucionalizando a pós-graduação, e a estruturação de um sistema de apoio e financiamento à pesquisa e aos pesquisadores nas universidades e nos centros de pesquisa governamentais.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e as fundações de amparo à pesquisa (FAPs) foram e são agentes executores dinâmicos do processo.
Como indicador sinalizando efetivos resultados desse sistema, temos hoje que o Brasil participa com 2% da produção científica mundial - resultado bastante significativo, pois mostra que o nosso sistema básico de produção de ciência está do "tamanho econômico do País", já que esse índice é basicamente o mesmo da participação do produto interno bruto (PIB) brasileiro no (PIB) mundial.
Estabelecida uma plataforma básica importante para ciência e tecnologia (C&T), a responsabilidade de ampliação com qualidade e atenção às demandas e necessidades da sociedade e do desenvolvimento do País, pelo seu bom e pleno funcionamento, é grande. Implica o enfrentamento de desafios que merecerão dedicação e esforços iguais ou maiores do que os já empregados na construção do sistema básico.
Apresento aqui cinco desses desafios, cuja superação é crucial para a saúde e o bom funcionamento do próprio sistema de C&T, para o reconhecimento de sua utilidade pela sociedade e para que as atividades dos cientistas contribuam também para o equilíbrio social e regional no País.
O primeiro deles é a deficiente educação básica e média. A superação desse desafio requer o engajamento da comunidade científica. Não nos podemos furtar à participação, especialmente na questão do ensino das Ciências e das Matemáticas. As nossas melhores universidades devem dar prioridade à formação de bons professores, e em boa quantidade. Isso não vem ocorrendo. Ao contrário, a formação de professores está cada vez mais sendo relegada às mais destituídas de condições e qualidades. Educação de qualidade é o mais importante requisito para a inclusão social.
A ampliação de vagas nas universidades públicas, sem perder a qualidade, é outro grande desafio. A vaga em instituição pública é a que, de fato, está aberta para os filhos da nova classe média - e o atendimento da demanda por profissionais de ensino superior e técnico é condição sine qua non para o desenvolvimento do País. Os 10 mil doutores que o nosso sistema de pós-graduação forma anualmente certamente nos darão condições de garantir essa expansão, especialmente na esfera das universidades tecnológicas e escolas técnicas, tão necessárias.
A ciência brasileira está cerca de 70% localizada na Região Sudeste. Por razões estratégicas e de justiça federativa, é uma situação que não pode perdurar, constituindo um desafio para o planejamento estratégico e para as políticas de C&T. Temos de redirecionar investimentos federais e estimular as FAPs locais, como já vem ocorrendo em alguns Estados.
Em regiões como a Amazônia, o semiárido e a plataforma continental marinha, o conhecimento científico é absolutamente necessário para uma intervenção econômica sustentável. É imperativa a atuação do sistema de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) nessas áreas. Da mesma forma, a expansão desse sistema, contemplando sua atuação nessas regiões, é vital, até para justificar os investimentos da sociedade nas nossas atividades. O aspecto estratégico impõe o desafio de melhor distribuirmos as atividades de C,T&I no País, contribuindo para a superação das desigualdades regionais.
Outro importante desafio a ser enfrentado reside na necessidade de aproximação entre o sistema universitário e as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas. O Brasil já aprendeu a transformar recursos financeiros em conhecimento; agora, precisamos aprender a transformar conhecimento em riqueza. Além do estímulo à participação de pesquisadores em projetos de interesse da empresa, mecanismos como incubadoras de empresas nascentes nas universidades, parques tecnológicos congregando universidades, centros de pesquisas e empresas com interesse em tecnologia e inovação podem ser estimulados por políticas públicas para criar pontes de cooperação, em benefício da economia do País.
Finalmente, menciono o desafio de superar um gargalo que decorre do fato de a C&T ser atividade recente em nosso país, e que é transversal a todas as outras, sua superação sendo importante para a boa fluência de todas as outras superações. Tal é a questão no marco legal para o exercício dessas atividades. Legislações desenvolvidas em outras épocas e situações, voltadas para outros propósitos, são confrontadas e/ou questionadas sistematicamente pelas atividades demandadas pelo desenvolvimento científico e tecnológico do País. São exemplos a coleta de material biológico de nossa biodiversidade, o uso de animais em experimentos científicos, a coleta e o uso de células-tronco embrionárias, as impropriedades legais na cooperação entre entidades científicas públicas e empresas privadas, o regime "ultrarrápido" nas importações de insumos científicos e muitos outros.
Alguns avanços estão ocorrendo, como a nova lei que regulamenta o uso de animais em pesquisa, a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre células-tronco, a Lei de Inovação e a Lei do Bem. Mas entendemos que uma revisão geral para identificação de gargalos - incluindo aí um estudo sobre o status institucional das organizações de pesquisa e o regime de contratação de pessoal, entre outros - torna-se necessária.
Marco Antonio Raupp, matemático, é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O Estado de SP, 26/5

sábado, 30 de maio de 2009

MIRANDAS - CARAÚBAS - RN

NOVO ARTIGO: "Reflexões críticas sobre a comunidade rural de Mirandas"
Foto: Liberdade 96 FM
A definição de topofilia, ou seja, afeição ao lugar, conforme enfatizado pelo geógrafo chinês Yi-Fu-Tuan, enquadra-se perfeitamente à atração descomunal que a comunidade rural de Mirandas exerce sobre minha subjetividade.A comunidade rural de Mirandas é um caso insolúvel de inserção territorial que considero indevida em razão que há relação indissociável com o município potiguar de Caraúbas, em vista que o imaginário popular, além de processo histórico-administrativo, vinculam o lugar à cidade do médio oeste colonizada por pernambucanos que formaram o tronco genealógico caboclo, espalhado principalmente pelas comunidades rurais de Cachoeira, Livramento e Mirandas.A população em sua imensa maioria volta-se, em todos os aspectos, para Caraúbas, tomando-a como referência em todos os aspectos da vida social, pois de abastecimento a negócios, do contato cotidiano às afirmações de amizade na mais pura tradição sertaneja, realizam-se majoritariamente no município potiguar que reclama, com razão, a posse territorial da importante comunidade rural, de cujos vínculos históricos com a terra das caraubeiras são indissociáveis. A produção de castanha destaca-se na comunidade rural de Mirandas, pois herança de pretéritas batalhas empreendidas pelos antigos donos da terra, o plantio do annacardium ocidentale, o cajueiro nativo do nordeste, vem obtendo importância cada vez maior graças à demanda pelo produto extraordinariamente valorizado, tanto no mercado externo como no interno, principalmente em áreas desenvolvidas do Brasil, como a região sudeste.A forma gentil e sincera como os moradores da comunidade rural recebem visitantes é uma das mais fantásticas manifestações das tradições sertanejas, cultivadas com orgulho pelo povo ali residente. Visitar a comunidade rural de Mirandas é uma experiência fantástica para quem respeita e sabe o valor da cultura forjado sob o calor das intempéries causticantes do semi-árido nordestino.A cultura popular é valorizada de forma exponencial, com violeiros, repentistas e poetas populares desfiando belezas inigualáveis ainda preservadas nas quebradas do sertão que teima em querer se modernizar, para desespero de quem vive a nostalgia de antigas manifestações culturais ímpares que aqui se desenvolveram magistralmente.Impossível concordar em conceber a comunidade rural de Mirandas fora do território compreendido pelo município de Caraúbas, pois tudo invoca relação indissociável com a terra colonizada pelo General Souza Falcão, tudo lembra Caraúbas, das conversas do povo à infra-estrutura organizada por diversas gestões públicas caraubenses.Conhecer a comunidade rural de Mirandas significa trilhar por Caraúbas fora da mesma, em vista que oficialmente esta não pertence ao importante municíupio localizado no médio oeste potiguar. José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. CONTATO: romero.cardoso@gmail.com

EXPOFRUIT 2009

Data: 02 e 03 de Junho 2009
Duração: 16 horas
Horário: 08h às 12h e 14h ás 18h
Local: Prédio Central
Valor da inscrição R$ 15,00 estudante e R$ 30,00 produtores

1. A BIOTECNOLOGIA APLICADA A PRODUÇÃO DE MUDAS DE FRUTÍFERAS E ORNAMENTAIS:

· Propagação In Vitro de Abacaxi, Mangaba, Banana e Ornamentais
Dr. Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa - UFRN



Data: 02 e 03 de Junho 2009
Duração: 16 horas
Horário: 08h ás 12h e 14h ás 18h
Local: Prédio Central - UFERSA
Valor da inscrição R$ 15,00 estudantes e R$ 30,00 produtores

2. MANEJO INTEGRADO DE INSETOS-PRAGA EM FRUTEIRAS TROPICAIS

· Manejo Integrado de Pragas nas Culturas do Melão, Manga, Goiaba, Banana
Dr.Marcos Moreira – Embrapa Tabuleiros Costeiros / EMPARN
Dr. César José Fanton - INCAPER









Data: 02 e 03 de Junho 2009
Duração: 16 horas
Horário: 08h ás 12h e 14h ás 18h
Local: Prédio Central
Valor da inscrição R$ 15,00 estudantes e R$ 30,00 produtores

· Manejo Integrado de Pragas e Fitoviroses Associados à Cultura do Mamão
Dr. César José Fanton – INCAPER
Dr. Rui Sales Junior – UFERSA


Data: 02 e 03 de Junho 2009
Duração: 16 horas
Horário: 08h ás 12h e 14h ás 18h
Local: Prédio Central
Valor da inscrição R$ 15,00 Estudantes e R$ 30,00 Produtores

5. PROCESSAMENTO MINIMO DE FRUTAS E HORTALIÇAS E PÓS-COLHETA

· Pós-colheita do Melão, Melancia, Manga, Mamão e Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças

Dra. Jeane Martins - EMPARN; FAPERN; UPV
Dra. Edna Aroucha – UFERSA
Dr. Vilson Góis – UFERSA
Dr. Edvaldo Galdino -EMEPA – PB


Cursos


Data: 02 a 04 de Junho 2009
Duração: 24 horas
Horário: 08h ás 12h e 14h ás 18h
Local: Mini auditório Prédio Centro de Convivência
Vagas Limitadas

6. Certificação Fitossanitária de Origem. (CFO)
Engº Agroº Magnos Luiz Bezerra de Lacerda – IDIARN / DISAV


Workshops

Workshop da Indicação Geográfica do Melão de Mossoró
Dia 03 de junho – Auditório do SEBRAE/RN
8h Credenciamento

8h e 30 min Abertura oficial - SEBRAE/RN e entidades parceiras.

9h Palestra “Panorama das Indicações Geográficas no Brasil".
Hulda Giesbresht – UAIT – SEBRAE/Nacional

9h e 45 min Palestra “A IG das Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco".
José Gualberto de Freitas Almeida - Presidente da UNIVALE- Petrolina, PE.

10:30h Pausa para café.

10h e 45 min "Abordagem do projeto de IG para o Melão de Mossoró“.
Roberto Castelo Branco- Consultor SEBRAE/RN

12h Mesa-Redonda "Delimitação do Território e Definição da Entidade Proponente da IG“.

13h Encerramento

Workshops

Ø Apresentação das Feiras Fruitlogistica Ásia 2009 e Fruitlogistica 2010 – Berlin.

§ Produtores de frutas e instituições interessadas;
§ Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha (AHK);
Dia: 03 de junho;
Horário: 19h às 20h;
Local: Estande do SEBRAE/RN – Campus da UFERSA.
Vagas: 20 (Inscrições gratuitas e limitadas).

Ø Palestra sobre “Seguro de Crédito à Exportação”.

§ Produtores de frutas e instituições interessadas;
§ Realização: Banco do Brasil e SEBRAE/RN;
Dia: 03 de junho;
Horário: 20h às 21h;
Local: Estande do SEBRAE/RN – Campus da UFERSA;
Vagas: 20 (Inscrições gratuitas e limitadas).

Dia 04 de junho

Ø Oportunidades e Negócios com o Mercado Árabe:
§ Encontro com empresário para apresentação do mercado Árabe;
§ Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB);
Dia: 04 de junho;
Horário: 15h às 17h;
Local: Auditório do SEBRAE/RN – Escritório de Mossoró.

Ø Apresentação sobre o Programa PSI.
NBSO Recife / Agência Comercial Holandesa (PSOM).

Produtores de frutas e instituições interessadas;
NBSO Recife / Agência Comercial Holandesa;
Dia: 04 de junho;
Horário: 19h às 20h;
Local: Estande do SEBRAE/RN – Campus da UFERSA.
Vagas: 20 (Inscrições gratuitas e limitadas).

III Encontro de Agricultura Familiar

Data: 05 de junho de 2009
Horário: 08h ás 13h
Local: Auditório Amâncio Ramalho - UFERSA


08h: Credenciamento e entrega de material

08h e 30min: Abertura oficial – EMATER, INCRA, MDA, COEX, SEBRAE, UFERSA

09h e 40min: “AGRICULTURA FAMILIAR NO MERCADO DE FRUTAS”
Sr. Gabriel Vicente B. de Almeida, Eng. Agrônomo M.Sc. Centro de Qualidade em Horticultura – CEAGESP/SEBRAE/RN.

10h e 20min: “PROGRAMA CLUBE DOS PRODUTORES – WAL-MART”

11h: Intervalo

11h e 15 min: “PROGRAMA PRONAF MAIS ALIMENTOS”.
Sr. Francisco Hercílio da Costa Matos, MDA

11h e 40min às 12 h: Assinatura de Contratos do Programa PRONAF MAIS ALIMENTOS.
Banco do Nordeste e Banco do Brasil.

12h às 12h e 45min: CASOS DE SUCESSOS:
INCRA (15min)
EMATER (15min)
SEBRAE (15min)

12h e 45min: Considerações finais e debates

13h: Encerramento

Realização: SEBRAE, COEX, UFERSA, GOV ESTADO, EMATER, MDA, INCRA, CONAB

CLINÍCAS TECNOLOGICAS

Data: 04 e 05/06/2009
Horário: 14:00h ás 18:00h
Local: EXPOCENTER – Campus da UFERSA

· Pragas em Fruteiras Tropicais – Dr. Marcos Moreira / Embrapa - Tabuleiros Costeiros/EMPARN
· Manejo de fruteiras tropicais - Dr. Amilton Gurgel - EMPARN
· Cultivo Orgânico de Fruteiras e de Hortaliças – Dr. Antônio Roberto Brígido
· Gestão Ambiental - Dr. Gildson Bezerra
· Irrigação e Drenagem em Fruteira Tropical – Dr. Júlio Justino de Araújo - CEFET
· Tecnologia de Aplicação (Regulagem de Pulverizador) – Dr.Mário Sérgio Ferreira Melo

I FORUM INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA

Data: 04 de Junho de 2009
Horário: 08:00h ás 13:00h
Local: Garbos Trade Hotel
Inscrições: www.expofruit.com.br ou pelo 0800-570 0800
Inscrições Gratuitas e Limitadas

8 h Credenciamento

8 h e 30 min Abertura oficial com representantes da APEX Brasil, SEBRAE/RN, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas

9h Palestra “Fruticultura Chilena: case de sucesso na exportação de frutas e o atual posicionamento diante da crise”
Ricardo Moyano Monreal - ProChile (Escritório Comercial do Chile no Brasil)



9h e 45 min Palestra “Fruticultura Européia: Desafios e estratégias de comercialização perante a situação mundial”
Juan Berges - Consultor de Mercado da Anecoop (Cooperativa espanhola de produtores de frutas)

10 h e 30 min Intervalo

11 h Palestra “Fruticultura Brasileira e suas principais potencialidades”
Moacyr Saraiva Fernandes – IBRAF/ APEX Brasil

11 h e 45 min Debates
13 h Encerramento

RODADA DE NEGOCIO

Data: 03 04 e 05 de Junho de 2009
Horário: 18:00h ás 22:00h
Local: estande do SEBRAE/RN, EXPOCENTER – Campus UFERSA
Informações: SEBRAE/RN – 3317-8800 ou www.rodada.com.br

Com showroom dos produtos ofertados.
Coordenação SEBRAE, IBRAF, APEX Brasil e COEX.

Dia 03/06: Encontro de Negócios – aberto para as instituições bancárias, fornecedores de máquinas, implementos, insumos, certificadoras, etc;
Dia 04/06: Rodada Internacional (12 empresas âncoras (Inglaterra, Itália, Espanha, Canadá, Rússia, Polônia);
Dia 05/06: Rodada Nacional (12 empresas âncoras (CEAGESP; CEASA de Campinas, Belo Horizonte, Brasília).

Informações: www.rodada.com.br

EXPOFRUIT – FEIRA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA TROPICAL IRRIGADA

Data: 03,04 e 05 de Junho de 2009
Horário: 18:00 h as 23:00 h
Local: Expocenter – Campus da UFERSA
Mossoró – RN




COMISSÃO TECNICA CIENTIFICA
Dr. Marcos Antonio Barbosa Moreira – EMBRAPA Tabuleiros Costeiros/ EMPARN
Presidente

Coordenadores Adjuntos:
Dr. Amilton Gurgel Guerra - EMPARN
Dr. Franco Marinho Ramos – SEBRAE / RN
Dr. Amilton Gurgel Guerra – EMPARN (Fruticultura)
Dr. José Araújo Dantas – EMPARN (Nutrição /Fertilidade)
Dr. Rui Sales Junior – UFERSA (Fitossanidade)
Dra. Edna Aroucha – UFERSA (Pós-Colheita)
Dr. Vander Mendonça – UFERSA (Fruticultura)
Dr. Adriano Henrique do Nascimento Rangel - UFERSA (Produção Animal)
Dra. Jeane Martins - EMPARN/FAPERN/UPV
Dr. Jorge Torres - EMPARN
Revisão e Editoração: Sra. Maria de Fátima Pinto Barreto – EMPARN