sexta-feira, 27 de março de 2009

ENERGIA DAS MARÉS

O projeto terá a capacidade aumentada e contará com uma unidade para dessalinização da água do marO pioneirismo do Ceará em estudos e pesquisas sobre fontes alternativas de energia não é de hoje. Afinal, foi com o programa Pró-Eólico, ainda nos anos 90, para incentivar a produção de energia elétrica em escala comercial a partir da força dos ventos, que a energia eólica ganhou espaço no País. Agora, o Estado retoma, em abril próximo, um projeto piloto que pretende agregar mais uma alternativa para diversificação da matriz energética brasileira. Trata-se da energia gerada pelo movimento das ondas do mar.A novidade, no entanto, informa Renato Rolim, coordenador de Energia e Comunicação da Secretaria de Infra-estrutura do Estado (Seinfra) é que o protótipo da usina de ondas, a ser instalado no Porto do Pecém, terá sua capacidade de produção aumentada: 100 quilowatts (KW) de energia, antes era 50 KW, e contemplará também uma unidade de dessalinização da água do mar, com capacidade para processar cinco litros de água por segundo.A iniciativa é uma parceria da Coope/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), do governo do Ceará e da Tractebel Energia, que entra no projeto com a saída da Eletrobrás, parceira da idéia original, que vinha sendo gestada há pelo menos dois anos.´Coma saída da Eletrobrás, iniciamos uma nova negociação e estamos dando andamento a um novo protocolo, com outro cronograma de execução, que assim como o anterior, deverá levar 36 meses para que a usina fique pronta. Nesse sentido, as licenças ambientais já existem, pois vamos aproveitar as anteriores. Só falta começar o projeto´, adianta Rolim. A concepção original da usina contava com dois braços (unidades) para geração, com capacidade de 25KW cada, que agora passarão a produzir 50KW cada, totalizando 100 KW. Estima-se que o custo do projeto chegue a US$ 3 milhões.Geração heliotérmicaCom a saída da Eletrobrás do projeto da usina de ondas, Rolim Conta que, como contrapartida, o Estado ganhou um novo estudo para um projeto piloto de geração de energia elétrica por meio do aquecimento da água. ´É chamada fonte heliotérmica, que apesar de ser através do calor, difere da fonte fotovoltaica, que utiliza o sol´, explica. De acordo com ele, o Estado está aguardando apenas o envio do termo de conveniência para o projeto, pela Eletrobrás.Conforme disse, além dessas fontes alternativas de energia, o governo do Ceará aposta ainda na implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) nos açudes do Castanhão, Aracoiaba, Jaburu e no canal Pacoti-Riachão-Gavião. ´Os estudos de viabilidade já existem. Estamos nos articulando com a Agência Nacional de Águas e o Dnocs para utilização das barragens´, conta.
ANCHIETA DANTAS JR.Repórter

CAMPUS DA UFC NO SEMI-ÁRIDO É ALVO DE EMBARGO

Quixadá. A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) acaba de embargar a obra de construção do campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Quixadá. A decisão foi tomada pelo técnico do órgão, Ivan Botão de Aquino, após constatar que a unidade de Ensino Superior estava sendo erguida em uma área de preservação ambiental. O espaço integra o conjunto paisagístico dos Monólitos de Quixadá, tombado como Patrimônio Histórico Nacional.Segundo o engenheiro da Semace e presidente da Comissão Gestora do Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá, a irregularidade realmente foi detectada. O entorno do Serrote da Nariguda e do Cedro integra uma das 13 unidades de conservação permanente. Não houve outra alternativa. O jeito foi determinar a imediata paralisação dos serviços e notificar os responsáveis. Um decreto estadual assegura o embargo do projeto.Aquino ainda esclareceu que o projeto estava sendo executado sem licença ambiental do Estado. Ele marcou audiência para a tarde de ontem na sede do órgão, em Fortaleza. Assegurou que somente após uma análise do impacto ambiental causado pela edificação será possível definir se a construção continua ou não. Disse que os cinco hectares onde a universidade está sendo erguida estão situados em uma das zona de amortecimento dos monólitos.A denúncia partiu do ambientalista e presidente do Instituto de Convivência com o Semi-árido, Osvaldo Andrade. Ele não acreditava que a UFC utilizaria os cinco hectares doados pela Prefeitura de Quixadá na construção da universidade. O terreno situado à margem da via de acesso ao Açude do Cedro é incluído pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na área de preservação permanente.Andrade não entende como um órgão federal resolveu utilizar o campo de perímetro irrigado, destinado historicamente à produção de alimentos, tombado pelo Iphan, na construção da complexa estrutura imobiliária com 1.200 m² de área, orçada em R$ 986 mil. O arquiteto e professor Neudson Braga foi o responsável pelo projeto que, em fevereiro de 2008, teve sua pedra fundamental lançada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, na sua segunda visita à Quixadá.Outra manifestaçãoQuem também se manifestou contra o projeto foi a representante da Agenda do Sertão, Valdênia do Nascimento. Ela assegura que a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), professora Olga Paiva, estava ciente da irregularidade. Não entende porque o Iphan não adotou nenhuma providência. A ambientalista desconfia de “manipulação politiqueira” no caso.O chefe de Gabinete da Prefeitura de Quixadá, Henrique Rabelo, afirmou que a tramitação para liberação do terreno foi realizada entre o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e UFC. Ele acredita que ocorreu dentro da legalidade. Considera absurdo o posicionamento do ambientalista. A única intenção do município é conquistar uma universidade pública para a região do Sertão Central.A reportagem do Diário do Nordeste procurou manter contato com os representantes do Iphan, UFC e Dnocs. Até o encerramento desta edição não foi possível. A gestora do Iphan, professora Olga Paiva, estava em reunião. Nos outros dois órgãos as ligações não foram atendidas. Mais informações:Semacewww.semace.ce.gov.br(85) 3101.5568Disque Natureza: 0800-852233

quinta-feira, 26 de março de 2009

NOVOS PROJETOS PARA O SEMI-ARIDO: MOSSORÓ

PROJETOS DO GOVERNO DO RN PARA MOSSORÓ E REGIÃO
· Saneamento: 20 milhões de reais
· Adutora Apodi – Mossoró: 170 milhões, incluindo 60 milhões para a distribuição de água na cidade
· Centro de Exposições de Mossoró: 5 milhões de reais
· Complexo Abolição: 60 milhões de reais
· Ramal Ferroviário de Porto do Mangue
· Parque Ilha de Santa Luzia
· Centro Vocacional Tecnológico da Fruticultura
· Centro de Tecnológico de Petróleo e Energia de Mossoró
· Instalação para o Aeroporto de Mossoró com retorno da administração para o Governo do RN e construção de muro de proteção.
Nota 1: Não ventilou-se qualquer projeto para minimizar os problemas de enchentes no município.
Nota 2: O projeto da Adutora Santa Cruz precisa ser bem analisado. O uso da água por inúmeros agricultores ao longo do leito do Rio, a adutora do Alto Oeste (26 municípios) e o projeto de irrigação da Chapada do Apodi (6000 hectares) pode inviabilizá-lo.

POÇO FEIO III

Meio ambiente sustentável urgente: Em defesa do Poço Feio

(*) José Romero Araújo Cardoso

Marcado por estrutura geológica que remonta à era cretácea, o território dix-septiense possui privilegiadas formações espeleológica de origem calcária, sobressaindo-se a do Poço Feio, localizado na comunidade rural do sítio Bonito, imemorialmente ponto de turismo predatório que vem impactando consideravelmente todo entorno da caverna.
Água farta brota das entranhas da terra, a qual, sulcando o interior, tem provável gênese no emaranhado e complexo subsolo da região, formando intricado sistema do qual o arenito assú e o calcário jandaíra participam plenamente marcando a proeminência das características edáficas da bacia potiguar.
O Poço Feio precisa com urgência ser mapeado, pois nem nos registros da sociedade brasileira de espeleologia a cavernas e encontra catalogada. Ainda são incógnitas as ligações que o Poço Feio possui com o lençol freático e com a confusa profusão de túneis que marcam terrenos geológicos como o que está assentada a área geográfica do município de Governador Dix-sept Rosado.
Impossível pensar a dicotomia geográfica nos dias de hoje, razão pela qual intercalar o físico com o humano é imprescindível para que tenhamos respostas significativas sobre hipóteses levantadas.
Para gerações dix-septienses o Poço Feio vem se constituindo em lugar, contrário do que se verifica com a maioria que procura a caverna calcária para fins de lazer. Preocupações efetivas com a preservação e sustentabilidade irrisória, ambiental em sua essência, majoritárias no âmbito do pleno sentimento telúrico coma natureza, vem sendo exibida pela população local, sobretudo da comunidade rural do sítio Bonito.
A gestão pública deve se manifestar para que medidas urgentes sejam tomadas no sentido de buscar a harmonia entre respeito à natureza com geração de emprego e renda, tendo em vista que a base econômica de diversas comunidades espalhadas ao longo do percurso do rio Apodi Mossoró, em Governador Dix-sept Rosado, há tempos passados perderam o principal sustento, através da desestruturação dos plantios de alho e cebola, graças ao advento do mal-de-sete-voltas, ainda na década de oitenta do século passado.
Transformar a área do Poço Feio em pólo turístico sustentável é uma forma de garantir melhoria da qualidade de vida da população com racional intervenção antrópica no meio ambiente natural, extremamente impactado devido à retirada de rochas caclárias e outras originadas pelo tempo geológico, o qual vem transformando carapaças de animais marinhos em marga, gipsita, calcário e outros produtos fartamente utilizados na construção civil.
Impossível não se apaixonar pelo Poço Feio, a poesia que emana das águas, as lendas acalentadas e o curioso fenômeno hídrico que brota das entranhas da terra, caracterizado pela água em tonalidade azulada. Empiricamente, Luiz do Souza, do departamento de química da UERN, companheiro de viagens de reconhecimento e estudos à caverna calcária localizada em Governador Dix-sept Rosado, acha grande a probabilidade da proeminência de cobalto, além de outros componentes químicos ainda não alisados. O cientista notificou ainda que uma dúvida provavelmente havia sido respondida, com relação ao projeto encampado pela PETROBRAS, sobre análise das condições ambientais apresentadas pelo rio Apodi-Mossoró. Conforme Luiz di Souza, há grande chance da diferença obtida em água analisada no perímetro urbano de Governador Dix-sept Rosado ser devido à influência do vagalhão hídrico que brota da caverna calcária inundada, despejadas no curso da bacia à altura da comunidade rural do sítio Bonito.
Sujeiras, infelizmente, vem se acumulando ininterruptamente, dentro e fora do Poço Feio, completadas com a prática local de criar porcos de forma ultra-extensiva. Atentando contra o meio ambiente e contra a saúde pública, patrocinam desgastes ambientais em razão que os animais esperam melhores oportunidades para praticarem verdadeiros redemoinhos de lixo. As pessoas que vem de fora costumam deixar materiais orgânicos e inorgânicos em sacolas, logo rasgadas, sobretudo pelos suínos.
Necessário destacar ainda que o turismo predatório é de alto risco, pois sem a mínima infra-estrutura para comportar o fluxo de pessoas que acorrem ao Poço Feio, principalmente em finais de semana, despreza-se a possibilidade de rompimento de estalictites existentes na parte externa do afloramento calcário.
Pensando de forma sustentável a área correspondente ao Poço Feio, buscando aproveitar o potencial turístico do lugar, necessita-se urgentemente que haja correção ambientalmente legal dos perigos proporcionados pelos espeleotemas existentes na caverna calcária do Poço Feio. As fissuras são vistas de imediato, não apenas na área compreendida pela proeminência das estalactites, externamente, mas ainda em vários locais, com muitas pedras calcárias soltas, as quais podem provocar graves acidentes.
A natureza impactada de forma extrema não pode e nem consegue mais esperar. A maioria das pessoas que habita o planeta não acordou ainda para a hipótese de que sucumbiremos em dejetos se nada for feito para reverter o quadro dramático nunca antes vivenciado pela espécie humana. Séria e racional gestão ambiental é a única saída a fim de permitir melhor aproveitamento do Poço Feio.
Desafio do milênio, o desenvolvimento sustentável deve ser encarado como a única saída viável para a continuidade de existência da vida no planeta terra e buscar soluções para problemas locais, primando sempre pela ênfase ao meio ambiente equilibrado, traduz a única forma de legarmos às gerações futuras belezas que a natureza nos disponibiliza e que precisam ser preservadas urgentemente, garantindo ainda a melhoria da qualidade de vida da população através de ações que venham beneficiá-la de forma legítima e duradora.
(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

POÇO FEIO III

Meio ambiente sustentável urgente: Em defesa do Poço Feio

(*) José Romero Araújo Cardoso

Marcado por estrutura geológica que remonta à era cretácea, o território dix-septiense possui privilegiadas formações espeleológica de origem calcária, sobressaindo-se a do Poço Feio, localizado na comunidade rural do sítio Bonito, imemorialmente ponto de turismo predatório que vem impactando consideravelmente todo entorno da caverna.
Água farta brota das entranhas da terra, a qual, sulcando o interior, tem provável gênese no emaranhado e complexo subsolo da região, formando intricado sistema do qual o arenito assú e o calcário jandaíra participam plenamente marcando a proeminência das características edáficas da bacia potiguar.
O Poço Feio precisa com urgência ser mapeado, pois nem nos registros da sociedade brasileira de espeleologia a cavernas e encontra catalogada. Ainda são incógnitas as ligações que o Poço Feio possui com o lençol freático e com a confusa profusão de túneis que marcam terrenos geológicos como o que está assentada a área geográfica do município de Governador Dix-sept Rosado.
Impossível pensar a dicotomia geográfica nos dias de hoje, razão pela qual intercalar o físico com o humano é imprescindível para que tenhamos respostas significativas sobre hipóteses levantadas.
Para gerações dix-septienses o Poço Feio vem se constituindo em lugar, contrário do que se verifica com a maioria que procura a caverna calcária para fins de lazer. Preocupações efetivas com a preservação e sustentabilidade irrisória, ambiental em sua essência, majoritárias no âmbito do pleno sentimento telúrico coma natureza, vem sendo exibida pela população local, sobretudo da comunidade rural do sítio Bonito.
A gestão pública deve se manifestar para que medidas urgentes sejam tomadas no sentido de buscar a harmonia entre respeito à natureza com geração de emprego e renda, tendo em vista que a base econômica de diversas comunidades espalhadas ao longo do percurso do rio Apodi Mossoró, em Governador Dix-sept Rosado, há tempos passados perderam o principal sustento, através da desestruturação dos plantios de alho e cebola, graças ao advento do mal-de-sete-voltas, ainda na década de oitenta do século passado.
Transformar a área do Poço Feio em pólo turístico sustentável é uma forma de garantir melhoria da qualidade de vida da população com racional intervenção antrópica no meio ambiente natural, extremamente impactado devido à retirada de rochas caclárias e outras originadas pelo tempo geológico, o qual vem transformando carapaças de animais marinhos em marga, gipsita, calcário e outros produtos fartamente utilizados na construção civil.
Impossível não se apaixonar pelo Poço Feio, a poesia que emana das águas, as lendas acalentadas e o curioso fenômeno hídrico que brota das entranhas da terra, caracterizado pela água em tonalidade azulada. Empiricamente, Luiz do Souza, do departamento de química da UERN, companheiro de viagens de reconhecimento e estudos à caverna calcária localizada em Governador Dix-sept Rosado, acha grande a probabilidade da proeminência de cobalto, além de outros componentes químicos ainda não alisados. O cientista notificou ainda que uma dúvida provavelmente havia sido respondida, com relação ao projeto encampado pela PETROBRAS, sobre análise das condições ambientais apresentadas pelo rio Apodi-Mossoró. Conforme Luiz di Souza, há grande chance da diferença obtida em água analisada no perímetro urbano de Governador Dix-sept Rosado ser devido à influência do vagalhão hídrico que brota da caverna calcária inundada, despejadas no curso da bacia à altura da comunidade rural do sítio Bonito.
Sujeiras, infelizmente, vem se acumulando ininterruptamente, dentro e fora do Poço Feio, completadas com a prática local de criar porcos de forma ultra-extensiva. Atentando contra o meio ambiente e contra a saúde pública, patrocinam desgastes ambientais em razão que os animais esperam melhores oportunidades para praticarem verdadeiros redemoinhos de lixo. As pessoas que vem de fora costumam deixar materiais orgânicos e inorgânicos em sacolas, logo rasgadas, sobretudo pelos suínos.
Necessário destacar ainda que o turismo predatório é de alto risco, pois sem a mínima infra-estrutura para comportar o fluxo de pessoas que acorrem ao Poço Feio, principalmente em finais de semana, despreza-se a possibilidade de rompimento de estalictites existentes na parte externa do afloramento calcário.
Pensando de forma sustentável a área correspondente ao Poço Feio, buscando aproveitar o potencial turístico do lugar, necessita-se urgentemente que haja correção ambientalmente legal dos perigos proporcionados pelos espeleotemas existentes na caverna calcária do Poço Feio. As fissuras são vistas de imediato, não apenas na área compreendida pela proeminência das estalactites, externamente, mas ainda em vários locais, com muitas pedras calcárias soltas, as quais podem provocar graves acidentes.
A natureza impactada de forma extrema não pode e nem consegue mais esperar. A maioria das pessoas que habita o planeta não acordou ainda para a hipótese de que sucumbiremos em dejetos se nada for feito para reverter o quadro dramático nunca antes vivenciado pela espécie humana. Séria e racional gestão ambiental é a única saída a fim de permitir melhor aproveitamento do Poço Feio.
Desafio do milênio, o desenvolvimento sustentável deve ser encarado como a única saída viável para a continuidade de existência da vida no planeta terra e buscar soluções para problemas locais, primando sempre pela ênfase ao meio ambiente equilibrado, traduz a única forma de legarmos às gerações futuras belezas que a natureza nos disponibiliza e que precisam ser preservadas urgentemente, garantindo ainda a melhoria da qualidade de vida da população através de ações que venham beneficiá-la de forma legítima e duradora.
(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

POÇO FEIO II

Vantagens da estruturação de pólo turístico sustentável na área do Poço Feio

(*) José Romero Araújo Cardoso

Estruturar pólo turístico sustentável na área correspondente à caverna calcária do Poço Feio representa alento importante à economia e à consciência dix-septiense, em vista que se apresentam carentes de perspectivas mais otimistas com relação à melhoria da qualidade de vida da população e à preservação ambiental.
Pólo turístico sustentável é garantia de geração de emprego e renda e respeito à natureza, contrapondo-se ao irracional uso presente da área do Poço Feio, marcado pelo desgaste acentuado do meio ambiente natural graças, principalmente à forma como o turismo predatório tem, continuamente, se efetivado.
Infra-estutura e dedicação são exigências essenciais para a consolidação de empreendimento desse porte, sendo indispensável a participação da gestão pública para a concretização de sonhada sustentabilidade, articulando-se com setores privados que realmente possuam embasamento ideário calcado na defesa intransigente da natureza, não apenas busque maximização de lucros e minimização de custos.
A riqueza natural representada pela área do poço feio ainda não foi dimensionada, principalmente em razão que as perdas devido a não existência de racional indústria do turismo vem inibindo geração d renda, desperdiçada cotidianamente por não existir empreendimentos turísticos que primem pela sustentabilidade.
População bastante necessitada de estruturas que viabilizem a geração de emprego e renda, o povo dix-septiense viu e sentiu, dia após dia, era após era, importantes atividades econômicas serem fragmentadas, como o cultivo de alho e cebola e a extração de gesso. Elevar a economia, proporcionando o desenvolvimento regional, também se constitui em bases do desenvolvimento sustentável.
Postura absolutamente irracional é desprezar potenciais econômicos magníficos, sobretudo localizados no semi-árido nordestino onde os indicadores sócio-econômicos revelam-se extremamente incipientes e contrastantes. Aproveitar benesses naturais de forma sustentável para melhorar as condições de vida da população deve constar nas bases filosóficas de qualquer ação humana, principalmente em se tratando de áreas frágeis que revelam estupendas intervenções antrópicas, como a do Poço Feio, localizado na comunidade rural do sítio Bonito, município de Governador Dix-sept Rosado/RN.
Para que um pólo turístico sustentável obtenha sucesso e longeva existência, garantindo às gerações futuras seu usufruto, torna-se necessária vigília permanente, independente de qualquer posição político-partidária ou ideológica. O desenvolvimento sustentável deve ser independente de qualquer querela administrativa, pois é à natureza e à humanidade que estes possuem vínculos funcionais intrínsecos.
Transformar a área do Poço feio em pólo turístico sustentável seguramente é garantia de melhor relação do homem com a natureza, tendo em vista que os impactos ambientais tornam-se cada dia mais preocupantes, em razão do advento da pós-modernidade e suas máquinas fantásticas, frutos da incrível dinâmica do consórcio que a ciência vem efetivando com a técnica.
Rica em reservas calcárias, a área do Poço feio precisa urgentemente ser preservada, pois precisamos evitar incalculável desastre ambiental e cultural, pois, marca indelével da identidade dix-septiense, o Poço Feio deve ser visto como um dos mais belos patrimônios naturais do Estado do Rio Grande do Norte, do Nordeste, do Brasil e do mundo.
Posicionar-se favorável à vida e ao meio ambiente, tanto natural como artificial, é a única maneira de buscarmos construir um mundo melhor, com paz e harmonia do homem com as belezas que a natureza, criação Divina, nos presenteou e que precisamos conservá-las para nossos filhos, netos, bisnetos, trinetos, etc.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

POÇO FEIO I

A lenda do Poço Feio

(*) José Romero Araújo Cardoso

Existe no Poço Feio, na parte externa, curiosa formação calcária conhecida como "baú da moça", verdadeiro capricho geológico em terreno cretáceo. A natureza talhou primorosamente a estrutura dolomítica a ponto de despertar o imaginário popular, o qual criou lendas acalentadas imemorialmente, elemento importante na aglutinação cultural do lugar.
Reza a tradição passada de geração a geração que em noites de lua cheia uma bela mulher se banha nas águas do Poço Feio. O canto da moça encantada atrai homens que logo se apaixonam e seguem a mulher para o interior da caverna calcária, afogando-se nos túneis ali existentes. A lenda prega que a linda mulher estaria enclausurada no baú calcário, sendo que este se abre quando a lua cheia desponta no horizonte, fazendo-a reviver.
A memória local registra a lenda, a maioria a respeita, não se atrevendo a ir ao Poço Feio em noites de lua cheia, com medo de ser enfeitiçado pela evocação sonora da moça encantada que se banha à luz do luar. Não foram poucas pessoas que me contaram ter ouvido o canto da moça, partido das bandas do Poço Feio.
A riqueza cultural da área correspondente à caverna calcária dix-septiense impressiona pela exponencialidade, pois as formas assumidas pelas lendas imitam congêneres espalhadas Brasil a fora, como a da Iara, também incorporada às tradições indígenas. A lenda do Poço Feio, conforme idôneas personalidades do sítio Bonito, vem antes da colonização lusitana, pois esta seria herança ainda da cultura dos monxorós. No caso, talvez a moça encantada fosse uma índia, não obstante sabermos que diversas estórias fantásticas dos antigos habitantes das Américas incluíssem seres humanos da raça branca, como as existentes nas crenças maia e asteca.
Poucos dix-septienses se aventuram em procurar o Poço Feio quando a lua cheia lança seus raios prateados nas águas de tonalidade azulada do Poço Feio, tem medo da "moça encantada", não se arriscam em desafiar as tradições decantadas em prosa e versos pelos mais velhos.
Em Mossoró, o vanguardismo e a expressão intelecto-cultural de pessoas como o teatrólogo Nonato Santos, diretor do grupo Escarcéu de teatro, assistido pela competente e inteligente companheira Lenilda Sousa, além de outros, incorporaram a lenda do Poço Feio, encenando-a de forma magistral e bem articulada com a cultura local, razão pela qual o grupo Escarcéu é A lenda do Poço Feio

(*) José Romero Araújo Cardoso

Existe no Poço Feio, na parte externa, curiosa formação calcária conhecida como "baú da moça", verdadeiro capricho geológico em terreno cretáceo. A natureza talhou primorosamente a estrutura dolomítica a ponto de despertar o imaginário popular, o qual criou lendas acalentadas imemorialmente, elemento importante na aglutinação cultural do lugar.
Reza a tradição passada de geração a geração que em noites de lua cheia uma bela mulher se banha nas águas do Poço Feio. O canto da moça encantada atrai homens que logo se apaixonam e seguem a mulher para o interior da caverna calcária, afogando-se nos túneis ali existentes. A lenda prega que a linda mulher estaria enclausurada no baú calcário, sendo que este se abre quando a lua cheia desponta no horizonte, fazendo-a reviver.
A memória local registra a lenda, a maioria a respeita, não se atrevendo a ir ao Poço Feio em noites de lua cheia, com medo de ser enfeitiçado pela evocação sonora da moça encantada que se banha à luz do luar. Não foram poucas pessoas que me contaram ter ouvido o canto da moça, partido das bandas do Poço Feio.
A riqueza cultural da área correspondente à caverna calcária dix-septiense impressiona pela exponencialidade, pois as formas assumidas pelas lendas imitam congêneres espalhadas Brasil a fora, como a da Iara, também incorporada às tradições indígenas. A lenda do Poço Feio, conforme idôneas personalidades do sítio Bonito, vem antes da colonização lusitana, pois esta seria herança ainda da cultura dos monxorós. No caso, talvez a moça encantada fosse uma índia, não obstante sabermos que diversas estórias fantásticas dos antigos habitantes das Américas incluíssem seres humanos da raça branca, como as existentes nas crenças maia e asteca.
Poucos dix-septienses se aventuram em procurar o Poço Feio quando a lua cheia lança seus raios prateados nas águas de tonalidade azulada do Poço Feio, tem medo da "moça encantada", não se arriscam em desafiar as tradições decantadas em prosa e versos pelos mais velhos.
Em Mossoró, o vanguardismo e a expressão intelecto-cultural de pessoas como o teatrólogo Nonato Santos, diretor do grupo Escarcéu de teatro, assistido pela competente e inteligente companheira Lenilda Sousa, além de outros, incorporaram a lenda do Poço Feio, encenando-a de forma magistral e bem articulada com a cultura local, razão pela qual o grupo Escarcéu é considerado um marco na valorização do folclore riquíssimo da região oeste potiguar.
Na vida real, a verdadeira "moça encantada" pode atender pelo nome de bebida alcoólica, pois não são poucos os registros de fatalidades envolvendo a aventura de adentrar o Poço Feio bêbado, tendo em vista que a caverna é um convite perigoso a desafiar o desconhecido e as incógnitas que marcam a estrutura cretácea dix-septiense.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
um marco na valorização do folclore riquíssimo da região oeste potiguar.
Na vida real, a verdadeira "moça encantada" pode atender pelo nome de bebida alcoólica, pois não são poucos os registros de fatalidades envolvendo a aventura de adentrar o Poço Feio bêbado, tendo em vista que a caverna é um convite perigoso a desafiar o desconhecido e as incógnitas que marcam a estrutura cretácea dix-septiense.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

quarta-feira, 25 de março de 2009

FORUM DE PRÓ-REITORES NO RN

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai sediar e coordenar o XXXIII Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas do Nordeste, que será realizado no período de 25 a 28 de março, no Hotel Praiamar, localizado na Via Costeira de Natal.
Durante os quatro dias de evento, o XXXIII FORPROEX contará com apresentações culturais, palestras e debates com os participantes. No dia 25, o FORPROEX abre suas atividades com um debate sobre "A Extensão Universitária e o Desenvolvimento Social no Nordeste do Brasil". No período da tarde haverá exposição de painéis. O primeiro será sobre a extensão universitária, a produção do conhecimento e a formação cidadã no contexto regional. Em seguida haverá o painel intitulado "A extensão e a reestruturação das universidades no contexto do Reuni". A extensão na perspectiva dos IFETs e a extensão universitária e a formação profissional serão os dois últimos painéis a serem apresentados no primeiro dia do evento.
A manhã do segundo dia também será marcada pelos painéis. São eles: a extensão no contexto das políticas públicas, tecnologias sociais, tecnologias apropriadas e inovação para o desenvolvimento sócio-ambiental. As ações de extensão no seio das políticas para o meio rural, as ações de extensão no contexto das políticas urbanas e as ações de extensão e as políticas de qualificação da educação básicas.
No período da tarde haverá mesa-redonda sobre cultura e comunicação como ação de extensão e palestra sobre o apoio às ações de extensão por parte das agências de fomento. Dia 27 o evento abre suas atividades com o intercâmbio de experiências e organização das áreas temáticas da extensão e discussão em torno das experiências das Universidades / Institutos Federais participantes. Ainda pela manhã haverá o painel "Institucionalização, financiamento e gestão da extensão nas universidades e Cefets: situação e desafio".
À tarde haverá plenária, onde serão realizadas proposições, encaminhamentos, carta de natal, discussão sobre o local do próximo encontro e eleição da coordenação regional. Para encerrar o XXXIII FORPROEX, o quarto e último dia do Fórum será marcado pela visita a projetos de extensão do IF, UFRN, UERN e UFERSA

DOUTORADO NO SEMI-ÁRIDO

DOUTORADO INTERINSTITUCIONAL (DINTER) TEVE AULA INAUGURAL NO DIA 23 MARÇO DE 2009 (SEXTA-FEIRA)
O Programa de Doutoramento Interinstitucional (DINTER), firmado entre a CAPES, o IFET Ceará – Campus de Iguatu, e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA); com a participação do IFET Ceará – Campus do Crato e do IFET/PB – Campus de Souza, teve a aula inaugural no dia 23 de março de 2009, com a participação dos Diretores-gerais das instituições participantes (Prof. Ivam Holanda de Souza – Iguatu-CE; Prof. Joaquim Rufino Neto – Crato-CE e Prof. Francisco Cicupira de Andrade Filho – Sousa-PB), do Reitor da UFERSA, Prof. Dr. Josivan Barbosa Menezes Feitoza, do Coordenador do programa de Pós-graduação em Fitotecnia, Prof. Francisco Cláudio, do Diretor de Desenvolvimento Educacional – DDE e Coordenador do DINTER, Prof. Dr. Djalma Honório Nogueira, e dos alunos selecionados para o programa de doutoramento.

DOUTORADO NO SEMI-ÁRIDO

DOUTORADO INTERISTITUCIONAL (DINTER) TERÁ AULA INAUGURAL DIA 13 DE MARÇO DE 2009 (SEXTA-FEIRA)
O Programa de Doutoramento Interinstitucional (DINTER), firmado entre a CAPES, o IFET Ceará – Campus de Iguatu, e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA); com a participação do IFET Ceará – Campus do Crato e do IFET/PB – Campus de Souza, terá a aula inaugural no dia 13 de março de 2009, com a participação dos Diretores-gerais das instituições participantes (Prof. Ivam Holanda de Souza – Iguatu-CE; Prof. Joaquim Rufino Neto – Crato-CE e Prof. Francisco Cicupira de Andrade Filho – Sousa-PB), do Reitor da UFERSA, Prof. Dr. Josivan Barbosa Menezes Feitoza, do Coordenador do programa de Pós-graduação em Fitotecnia, Prof. Francisco Cláudio, do Diretor de Desenvolvimento Educacional – DDE e Coordenador do DINTER, Prof. Dr. Djalma Honório Nogueira, e dos alunos selecionados para o programa de doutoramento.