quarta-feira, 27 de abril de 2011

Aprovação da UFERSA Pau dos Ferros depende de força política



Os 33 prefeitos que compõem a região do Alto Oeste Potiguar devem se mobilizar para aprovação da UFERSA Pau dos Ferros. Apesar das obras de construção do novo campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido estarem em pleno andamento, falta ainda a aprovação do Ministério da Educação e Cultura a liberação das vagas para a realização de concurso público para professores e servidores técnico administrativos.

Na última sexta-feira, 15, o reitor da UFERSA professor Josivan Barbosa, esteve em Pau dos Ferros vistoriando o andamento das obras. Na ocasião, almoçou com os jornalistas da região do Alto Oeste para explicar a situação do novo campus. “Essa mobilização dos prefeitos deve ser feita com a proposta de unir a bancada federal no sentido de reivindicar em Brasília a aprovação dos concursos”, frisou o reitor.

O professor Josivan Barbosa explicou ainda que diferente da UFERSA Angicos e da UFERSA Caraúbas, que iniciaram as aulas sem possuir uma sede própria, a UFERSA Pau dos Ferros aconteceu o inverso. “Começamos construindo o campus, antes de termos os alunos e professores”, afirmou. O reitor salientou a importância do ato de autorização dos concursos pelo MEC para a UFERSA de Pau dos Ferros. “A sociedade da região deve reivindicar a adesão dos prefeitos para essa causa numa mobilização voltada para união dos parlamentares nessa questão de fundamental importância para o Alto Oeste Potiguar”, ratificou Josivan Barbosa.

A construção do campus da UFERSA Pau dos Ferros foi iniciada no dia 31 de janeiro com previsão de conclusão em 24 meses. Ao todo, estão trabalhando no canteiro de obras 80 operários. Ocupando uma área de 10 hectares, o campus tem a mesma estrutura da UFERSA Angicos. Segundo o reitor, inicialmente, quando entrar em funcionamento oferecerá 1.200 vagas no curso Bacharelado em Ciência e Tecnologia, beneficiando os jovens do alto sertão do Rio Grande do Norte, do Ceará e da Paraíba.

Aquicultores de Apodi inovam comercializando tilápia viva


Consumir o peixe fresco sem nenhuma dúvida sobre a sua procedência e estado de conservação. Essa é apenas uma das vantagens da comercialização da tilápia viva iniciada nesta quarta-feira, 20, no Mercado Público de Apodi. A iniciativa é da Associação dos Aquicultores do Apodi – AQUAPO, empresa incubada pela IAGRAM, a Incubadora do Agronegócio de Mossoró, mantida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

“Estamos dando apoio a AQUAPO no que se refere à gestão administrativa empresarial como forma de consolidar as ações da Associação com a expansão da sua produção e beneficiamento da tilápia”, afirma o gerente da IAGRAM, Giorgio Mendes. A Incubadora acredita no potencial da AQUAPO para consolidar a sua marca no mercado ao oferecer um produto mais barato e de qualidade.


A AQUAPO, que é formada por 11 piscicultores, está inovando com essa nova forma de comercializar a tilápia. No primeiro dia, em menos de 30 minutos, foram vendidos 200 kg do pescado. “Estamos divulgando o Kit Feira para Peixe Vivo que foi doado pelo Ministério da Pesca para a nossa Associação”, explicou Geraldo Neto, um dos sócios da AQUAPO. Quem conseguiu comprar a tilápia pagou o preço de R$ 6,00 o kg. Geraldo adiantou que a ideia é passar a vender o peixe vivo na feira de Apodi sem intermediário.

“Peixe muito bom, bem novinho e de excelente qualidade”, opinou o consumidor Marcio Luiz Cordeiro, ao elogiar a iniciativa da AQUAPO. Outro morador de Apodi, Eisenhower Noronha Correia também aprovou a iniciativa. “Acho viável. O momento é oportuno para esse tipo de iniciativa”. A opinião é de Eisenhower Noronha acrescentando que o consumo de peixe deve ser incentivado uma vez que a região de Apodi tem grande potencial para a produção da tilápia em cativeiro. “O peixe é um alimento rico em ômega três e a população deveria introduzir a tilápia no cardápio pelo menos uma vez por semana”, aconselhou. 


Atualmente, a maior parte da produção da AQUAPO é direcionada para a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, que adquiri os 2.500 kg de tilápia, produzidos pela Associação e distribui gratuitamente para cerca de 1.100 famílias do município. A produção mensal da AQUAPO chega a 3 mil kg. A Associação dos Aquicultores do Apodi conta com o apoio da Emparn e da Secretaria de Agricultura e Pesca – SAP.

A AQUAPO faz parte do Projeto de Produção de Tilápia em Gaiola, mantida pela Emparn, possibilitando a capacitação dos associados com treinamento técnico e gerencial. “A meta é a viabilização da piscicultura de forma contínua, a expansão da atividade e o fortalecimento da economia local”, informou o bolsista, Rafson Sousa. O Projeto, que tem financiamento do CNPq, é coordenado pela engenheira de pesca, Ana Célia Araújo Barbosa, da Emparn.


Além da capacitação técnica, os aquicultores recebem todo o apoio logístico para a produção da tilápia em tanque de rede. O Projeto abrange toda a Região do Sertão do Apodi que inclui 17 municípios. Ao todo, são 70 gaiolas de um convênio com a Emparn/SAP e outras 110 estão sendo viabilizadas num projeto firmando em parceria com o DNOCS. Ainda dentro da parceria com a Emparn, a AQUAPO dispõe de uma unidade de beneficiamento, uma plataforma de despesca e um caminhão frigorífico.

Além do Ministério da Pesca e Aquicultura, a AQUAPO conta com um conjunto das ações desenvolvidas pela Emparn, Prefeitura do Apodi, Sebrae, Conab, IAGRAM, IF-Apodi e a Cooperativa de Pescadores e Aquicultores da Região do Sertão do Apodi.




Manual orienta sobre recuperação da Caatinga

A Embrapa Agrobiologia lançou o “Manual para recuperação de áreas degradadas por extração de piçarra na Caatinga”. A publicação apresenta os principais resultados práticos do projeto pioneiro, realizado nos últimos quatro anos, em parceria com a Petrobras UO-RNCE (Unidade Operacional - Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semiárido para revegetação destas áreas no Rio Grande do Norte. O projeto utilizou como base a tecnologia de recuperação de solos degradados, já desenvolvida pela Embrapa e aplicada com sucesso em outras regiões do país.

Dividido em quatro capítulos, o manual, inédito, pretende ser um balizador para a recuperação de áreas degradadas na Caatinga. O primeiro capítulo faz uma abordagem sobre os principais aspectos geofisiográficos deste bioma e sua degradação. O segundo aborda, em detalhes, todo o processo de produção de mudas de espécies florestais com potencial de uso na revegetação dessas áreas. Na sequência, são abordados aspectos práticos para a recuperação de jazidas de extração de piçarra, incluindo o ordenamento e a preparação da área, a aplicação de solo superficial e o plantio de mudas.

No quarto e último capitulo, são relatados os principais resultados de um estudo piloto que avaliou, em seis jazidas de piçarra com características distintas, a adaptação e o desenvolvimento de diferentes espécies arbóreas, assim como a adequação da aplicação de solo superficial como possível acelerador do processo de recuperação ambiental dessas áreas.

A equipe responsável pelo projeto acredita que serão necessários estudos adicionais para aperfeiçoamento da tecnologia, como, por exemplo, a seleção de novas espécies vegetais. Mas por outro lado, há um consenso de que, com o nível de conhecimento atual, já é possível recuperar essas áreas de extração de piçarra na Caatinga com espécies predominantemente nativas da flora desse bioma.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga apresenta uma das maiores áreas sujeitas a desertificação no Brasil. Esse bioma tem perdido suas características devido ao uso irracional das atividades socioeconômicas, que vão desde a exploração de madeira para combustível até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas inapropriadas.

Por Ana Lucia Ferreira
Fonte: Embrapa Agrobiologia

ENTREVISTA: Professor Josivan Barbosa, Reitor da UFERSA


No próximo dia 13 de maio é comemorado o Dia do Zootecnista. Aproveitando a data, o reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido falo sobre o curso de Zootecnia da UFERSA.


1 - Como você avalia o curso de Zootecnia hoje na UFERSA?

O curso de Zootecnia da UFERSA é um dos melhores do Norte e Nordeste. Possui um quadro de docentes altamente qualificado junto à CAPES e ao CNPq e também junto à FINEP. Prova disto é que os seus docentes implantaram nos últimos anos dois cursos de mestrado e um de doutorado. Além disso, os docentes de zootecnia têm aprovado importantes projetos de pesquisa, cujos recursos estão servindo para a construção de complexos de laboratórios para aproveitamento pelos discentes em programas de iniciação à pesquisa. Um bom exemplo é o que apresentamos abaixo:
§        Construção do Centro de Laboratórios Integrados em Ciência Animal e Recursos Hídricos do Semiárido (CI – UFERSA);
·        A construção do edifício foi iniciada na primeira semana de julho -2008.
·        O CI – UFERSA será integrado pelos seguintes laboratórios:
1.     Laboratório de Biometeorologia e Bem Estar Animal
2.     Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal
3.     Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal
4.     Laboratório de Limnologia e Qualidade de Água
5.     Laboratório de Biometria e Triagem
6.     Laboratório de Sanidade Aquática
·        O CI – UFERSA contará também com um miniauditório;
·        A obra foi concluída em dezembro de 2009.

2 - No ano de 2003 foi implantado o Curso de Zootecnia aqui na UFERSA, quais foram os desafios (se existiu) e os objetivos concretizados para sua aprovação?

O curso de Zootecnia foi um dos dois cursos que colocamos para funcionar no início de 2004. Naquela oportunidade já havíamos ultrapassado as dificuldades da divisão dos departamentos, quando tomamos a decisão de criar o departamento de Ciência Animal a partir da fusão dos antigos departamentos de zootecnia e departamento de Medicina Veterinária. Esta fusão trouxe muitos benefícios. Os docentes passaram a trabalhar mais integrados com a problemática regional e como fruto direto da fusão tivemos a implantação das pós-graduação em Ciência Animal e em Produção Animal.

3 - Para você, como Reitor, qual o significado da Zootecnia na UFERSA para Mossoró e região?

O curso de Zootecnia responde pelas principais demandas do setor produtivo regional. Aos poucos o curso assume importância em todo o Semiárido com a formação de zootecnistas capazes de desenvolver tecnologia sustentável para as principais micro-regiões de atuação da UFERSA tais como: bovinocultura de leite no  sertão central do Ceará e no Seridó do Rio Grande do Norte, caprinovinocultura no Sertão Central do RN e na Chapada do Apodi, bovino de leite e de corte na região do Agreste do RN e apicultura em praticamente todo o Semiárido, além de outras cadeias produtivas que estão despontando na região de atuação da UFERSA.

4 - Considerações finais, mandar uma mensagem para os alunos presentes na disciplina e os alunos de Zootecnia, pelo seu dia, 13 de maio?

DESEJO A TODOS OS QUE FAZEM A ZOOTECNIA DA UFERSA UM FELIZ DIA DO ZOOTECNISTA. CONTEM SEMPRE COM O APOIO DA REITORIA PARA O DESENVOLVIMENTO E A CONSOLIDAÇÃO DAS AÇÕES DE PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO QUE FARÃO DA ZOOTECNIA UM IMPORTANTE CAMPO DE TRABALHO NO SEMIÁRIDO.