quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CAA realiza intercâmbio de experiências no semiárido baiano


Entre os dias 23 e 25 de fevereiro, o Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) realiza o 1º Intercâmbio de Experiências dos Projetos Aguadas, Cisternas II e P1MC. Um grupo de 110 agricultores e agricultoras dos municípios de Brotas de Macaúbas, Canarana, Irecê e Ipupiara – localizados no semiárido baiano – vai vivenciar momentos de troca de conhecimentos e socialização de saberes.

A abertura será no auditório do Campus XVI da Uneb, em Irecê, às 10 horas. Nesse dia, haverá um debate com o tema: Captação e Gestão de Água: Suficiência Hídrica, Alimentar e Nutricional. Serão abordados eixos como recuperação de áreas degradadas com mudas de plantas nativas; panorama atual das chuvas e do bioma caatinga; produção agroecológica e comercialização.

No segundo dia, os agricultores e agricultoras viajam para conhecer experiências bem sucedidas com cisternas de produção, barragem subterrânea e barreiros familiar e comunitário. Participarão ainda de uma oficina de segurança alimentar e nutricional e preparação receitas com produtos cultivados dos canteiros agroecológicos. As experiências serão socializadas no encerramento das atividades.

O evento espera receber, entre outros, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), Ipêterras, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (MDS) e membros das comissões municipais da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA).

SERVIÇO

O quê: 1º Intercâmbio de Experiências dos Projetos Aguadas, Cisternas II e P1MC
Quando: 23, 24 e 25 de fevereiro de 2011
Onde: Campus XVI da Uneb/Irecê (BA)
           Endereço: Rua Marechal Deodoro, 389 – Centro
Debate: Captação e Gestão de Água: Suficiência Hídrica, Alimentar e Nutricional

Comunidades a serem visitadas:
Bela Sombra (Ipupiara)
Jatobá (Brotas de Macaúbas)
Angical (Irecê)
Lagoa do Zeca (Canarana)

CONTATO
Centro de Assessoria do Assuruá (CAA)
Tel: (74) 3641.1483
Assessoria de Comunicação
Flávia Azevedo / Kleidir Costa / Juliana Costa / Pascoal Ferreira

UFERSA e COEX iniciam preparativos para EXPOFRUIT 2011




Por Passos Jr

Faltando um pouco mais de três meses para a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada, a EXPOFRUIT 2011, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido, o Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte – COEX – e o Sebrae, realizadores da Feira, discutem os últimos preparativos da programação. Nesta terça-feira, 22, na sede do COEX, que fica no prédio do CTARN, aconteceu mais uma reunião entre os representantes das entidades envolvidas.

Esse ano, a EXPOFRUIT vai acontecer no período de 8 a 10 de junho, no Expocenter, Campus da UFERSA Mossoró. A Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada contará com mais de 300 estandes, além das tradicionais Rodadas Internacionais e Nacionais de negócios e o Balcão de Negócios. “Estamos mantendo contatos para trazer o ministro da Integração Regional”, adiantou o presidente do COEX, Segundo de Paula.

Outra novidade que vem sendo programada pelos organizadores da EXPOFRUIT é a realização de Tour da Fruticultura, passando por Pau Branco, Baraúna, Quixeré e o Distrito Irrigado de Jaguaribe/Apodi – DIJA. “Teremos também um programa científica com cerca de 5 cursos direcionados aos produtores e estudantes”, frisou o reitor da UFERSA, professor Josivan Barbosa.

Os organizadores também vão promover um lançamento para a imprensa no próximo dia 23 de março, com um almoço numa fazenda da região. “A nossa proposta é mostrar in loco o potencial da fruticultura irrigada na região oeste”, justifica o reitor. No lançamento também será distribuído o material publicitário da EXPOFRUIT 20011. O local ainda não foi definido pelos organizadores.



O ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, busca parceiros privados para cultivar frutas no Nordeste


IstoÉ Dinheiro - SP - ECONOMIA - 18/02/2011
Denize Bacoccina

O Ministério da Integração Nacional (MI) ganhou espaço no noticiário nos últimos tempos por conta das tragédias com as chuvas, como a de Angra dos Reis, no ano passado, e a da região serrana do Rio de Janeiro, este ano. É a pasta responsável pela liberação de verbas a Estados e municípios para prevenção de desastres, o que a deixou em maus lençóis diante da comoção nacional com as mortes provocadas pela tragédia fluminense. 

Para complicar, o antigo titular do MI, o baiano Geddel Vieira Lima, canalizou quase metade das verbas para a Bahia.  O novo ocupante, o pernambucano Fernando Bezerra Coelho, assumiu o posto com o desafio de mostrar uma gestão mais eficiente.   

"Vamos atrás de empresas que possam estruturar cadeias de negócios na região" Fernando Bezerra Coelho, ministro da Integração   Ele já contratou a Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, para estabelecer critérios de liberação de recursos. “Vamos ter parâmetros técnicos para diminuir o grau de subjetividade na partilha das verbas”, afirma.    Além dessa mudança, Bezerra pretende dar um perfil de mercado para o ministério, com obras que criem infraestrutura para atrair grandes empresas ao interior do País. O currículo joga a seu favor.   

Como secretário de Desenvolvimento Econômico do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), entre 2007 e 2010, ajudou a atrair 300 empresas e a criar 157 mil empregos no Estado, com projetos como a refinaria da Petrobras e o complexo de Suape.   A menina-dos-olhos de Bezerra é um plano de irrigação que pretende implantar em parceria com o setor privado e visa aumentar em 200 mil hectares a área irrigada no Brasil, criando novos polos de produção agrícola no semiárido nordestino.   

Atualmente,  há quatro milhões de hectares irrigados em áreas privadas e 400 mil hectares em áreas públicas no País. “Queremos promover a irrigação como instrumento de eficiência na produção agrícola e como instrumento de geração de emprego e renda”, disse Bezerra à DINHEIRO.   

Foi com esse discurso que ele conseguiu o aval da presidente Dilma para a reestruturação no ministério, com a criação da Secretaria Nacional de Irrigação . A nova estrutura será anunciada pela presidente na segunda-feira 21, em Aracaju (SE), durante o Fórum de Governadores do Nordeste.    A presidente ficou entusiasmada com o projeto do semiárido e gostou da solução apresentada – as parcerias público-privadas (PPPs).

A primeira PPP do gênero já está em implantação em Petrolina, no Vale do Rio São Francisco, terra natal de Bezerra, da qual foi prefeito três vezes.    Trata-se do Projeto Pontal, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que prevê a formação de uma área irrigável de 7,7 mil hectares para a produção de frutas.   

A área junto ao Velho Chico seria ancorada por uma grande empresa, que compraria a produção de pequenos produtores. É esse o modelo que o ministro quer ver nos outros projetos. O primeiro deve ser licitado até o fim do ano e os demais a cada seis meses. “O ministério vai parecer mais uma agência de desenvolvimento do que uma secretaria de obras.”   

Na segunda-feira 14, ele esteve em Araraquara, interior paulista, para apresentar o projeto à Fundecitrus, entidade que reúne produtores de suco de laranja do País, estimulando-os a levar a produção da fruta para regiões do semiárido nordestino, em áreas irrigadas às margens do rio São Francisco.   

Em seguida, Bezerra se deslocou para a sede da Cutrale, maior fabricante mundial de suco de laranja, e explicou as vantagens da proposta ao presidente da empresa, José Luis Cutrale.    Além da laranja, o ministro vai procurar fabricantes como Coca-Cola e Pepsico, para oferecer-lhes projetos de produção de água de coco. “Vamos atrás de empresas que possam estruturar uma cadeia de negócios”, diz. 

A ideia foi bem recebida. “O governo tem o papel importante de criar oportunidades”, afirma o presidente da Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco. O diretor corporativo da Cutrale, Carlos Viacava, também aprovou a iniciativa: “Trata-se de uma região em que o PAC está criando condições ideais de implementação de culturas irrigadas em larga escala.”

MCT abre seleção para o cargo de diretor do INSA

 O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) iniciou o processo de seleção de um/a Diretor/a para o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), com sede em Campina Grande-PB. Um comitê de especialistas nomeado pelo MCT buscará identificar, dentre os membros das comunidades científica, tecnológica e empresarial que se inscreveram para concorrer ao cargo, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para esta instituição. A seleção dará origem a uma lista tríplice a ser encaminhada ao Ministro da pasta, Aloizio Mercadante.

Esse sistema de escolha do/a dirigente segue o modelo de Comitê de Busca que vem sendo praticado pelo MCT para os cargos de Direção de todas as suas Unidades de Pesquisa, com amplo sucesso.

O Comitê para o INSA, presidido por Aldo Malavasi, da Biofábrica Moscamed Brasil, Distrito Industrial de S. Francisco, BA/PE, tem ainda, como membros: Ana Rita Pereira Alves, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Maria Norma Ribeiro, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Avílio Antônio Franco, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Everaldo Rocha Porto, do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido (EMBRAPA Semiárido- Petrolina-PE) e Manoel Barral Neto, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O pesquisador Salomão de Sousa Medeiros também foi nomeado pelo Ministro, em portaria do Diário Oficial da União, na quinta-feira passada (17), como representante dos servidores do INSA para integrar o Comitê de Busca.

Poderão se candidatar para o cargo quaisquer pesquisadores ou tecnologistas brasileiros ou naturalizados que atendam aos seguintes requisitos básicos: competência profissional reconhecida; visibilidade junto à comunidade científica e tecnológica; experiência administrativa e capacidade de promover a agregação entre pesquisadores, bolsistas e o pessoal técnico-administrativo que compõem ou irão compor os quadros do INSA; visão de futuro para a instituição, empenho no desenvolvimento integrado científico, tecnológico e de inovação voltados para os desafios institucionais inerentes à implantação e consolidação do INSA, entre outros.