sexta-feira, 3 de junho de 2011

EXPOFRUIT promove Fórum Internacional da Fruticultura


Para discutir a sustentabilidade, agregação de valor e diversificação de mercados na fruticultura, a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada - Expofruit 2011, realiza o III Fórum Internacional da Fruticultura. O Fórum, que traz o tema Fruticultura e Sustentabilidade, acontece dentro da programação científica da EXPOFRUIT 2011. A proposta é reunir os presidentes de associações e cooperativas de produtores, empresários, representantes do governo, compradores internacionais e traders.

O fórum será no dia 9 de junho, as 8h, no Hotel Villa Oeste. Na programação estão agendadas cinco palestras e, no final, um debate. Entre os temas estão o “Mercado Americano: Um Mundo a Ser Explorado”, ministrado por Nancy Tucker, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios Globais, e ainda o “Mercado Russo: Conhecendo um Novo Mercado”, sob a responsabilidade do gerente de importação da JFRESH, Dmitry Gerasimov.

As inscrições são gratuitas e limitadas. Os interessados em participar devem realizá-la pelo telefone 0800 570 0800. Mais informações no site do evento www.expofruit.com.br .

Estudantes prestigiam Seminário sobre caatinga

A participação de estudantes de graduação e pós-graduação superou as expectativas na abertura do Seminário Recuperação de Áreas Degradadas e Incorporação de Carbono na Biomassa Vegetal Nativa e Solo do Semiárido do Rio Grande do Norte, promovido pela UFERSA e pela Petrobras, no Auditório do CTARN. O Seminário, que prossegue à tarde a partir das 14h, no Auditório Amâncio Ramalho, é uma ação do Projeto Caatinga de Combate à Desertificação e Recuperação de Áreas Degradadas. 

Na solenidade de abertura, na manhã desta quarta-feira, 01, o reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, professor Josivan Barbosa, ressaltou a importância da continuidade do Projeto iniciado há quase 10 anos. “Trata-se de um grande projeto envolvendo pesquisadores japoneses e envolvendo recursos na ordem de 1 milhão de dólares”, ressaltou o reitor.

Segundo Josivan Barbosa, a cada dia as ações da universidade passam a ser mais realistas com as ações de prevenção ambiental. “Temos o projeto para a criação do Parque da Caatinga, numa área de 13 km de extensão, nas dependências da UFERSA”, revelou.

A criação dos cursos de Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola e Ambiental e o curso de Ecologia também são avanços conquistados pela Universidade do Semi-Árido na área do meio ambiente. “Estamos enviando no próximo semestre a CAPES o projeto de implantação do primeiro mestrado da UFERSA na área de ecologia”, revelou o reitor.

Para o Dr.Eduardo Platter, pesquisador da Petrobras, que apresentou o Projeto de Fixação de Carbono no Solo e na Biomassa Vegetal, o estoque de tonelada de carbono por hectares na caatinga é de 22,9%, contra 92,5% na mata atlântica. O pesquisador ressaltou a importância de trabalhos integrados, como o que vem sendo feito nessa parceria com a UFERSA, para a recuperação das áreas degradadas.

De forma bastante didática, o professor da UFERSA Jéferson Dombroski, trouxe para aos participantes do Seminário exemplos de desertos que são locais de baixa precipitação e que tem como característica a pouca povoação, ou seja, a escassez de vida. Os fatores climáticos, como a seca, e atividades humanas, como o desmatamento e o excesso de uso, contribuem de forma incisiva para a ocorrência de áreas desérticas.

Ainda segundo o professor Dombroski, a desertificação na região do semiárido é decorrente principalmente pela extração da madeira para a lenha e carvão e pelas queimadas uma prática ainda muito utilizadas pelos moradores com o intuito de “limpar” a área. “Com as queimadas ocorre à perda de biomassa e da biodiversidade”, afirmou o professor alertando para importância da preservação.

“Precisamos criar reservas ambientais para mapeamento e estudos sobre a ecologia e a biologia das espécies nativas existentes no semiárido brasileiro”, concluiu. O Seminário terá continuidade agora à tarde, no Auditório Amâncio Ramalho, a partir das 14h, com a apresentação do Projeto Caatinga onde serão explanadas as linhas de pesquisas, objetivos, resultados e perspectivas.

Convênios vão permitir a expansão da raça Soinga no Estado


Ao assinar convênios no âmbito da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), com a Associação dos Criadores de Ovinos Soinga do Brasil (Acosb), o secretário da pasta, Betinho Rosado, ressaltou a importância não apenas do ato atendo-se a parte técnica como primoridial para o crescimento da raça Soinga a nível de Rio Grande do Norte e, posteriormente, no Brasil.


Betinho Rosado fez questão de ressaltar que, a depender do Governo Rosalba Ciarlini, todo “apoio será dado como forma de fomentar o crescimento da raça por se tratar de uma raça que pode representar muito para a agropecuária do Estado”.

Por seu turno, Betinho ainda observou que será necessário sugerir a Universidade Federal do Semi-árido (Ufersa), no sentido de “ampliar os estudos a serem realizados pela Sape através dos seus técnicos eu serão colocados a disposição para o estudo técnico, ofertando aos integrantes dessa universidade a idéia de que poderão ser feitos trabalhos científico a partir de monografias e, até mesmo, a nível de pós-graduação como forma de contribuir para o esse melhoramento”.

Para que se tenha uma idéia de como começou o trabalho que culminou cm a criação dessa raça foi necessário que o produtor rural e médico veterinário, José Paz de Melo, iniciasse em sua fazenda no Vale do Pajeú pernambucano, o desenvolvimento de uma raça a raça que no seu desenvolvimento fosse possível observar algumas características necessária ao desenvolvimento numa região como a caatinga nordestina.

Essa raça que foi iniciada a partir de alguns cruzamentos que gerou a raça Ingazeira, assim denominada para homenagear a cidade de José Paz, em Pernambuco, “mas eu observei que ainda não era o ideal”.
Daí, o prosseguimento do estudo foi a junção de mais uma raça, a Somalis brasileria, que se chegou ao Soinga. “Mesmo desenvolvida em Pernambuco, foi no Rio Grande do Norte onde esse ovino encontrou um grupo de criadores que se interessou em buscar na raça ovina recém nascida, disposto a investir na criação desse animal e manter a sua genética.

No momento, a raça já tem um rebanho de cerca de 10 mil cabeças e começa a ser conhecida no Brasil a partir da participação desses criadores na Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Feinco) que é realizada anualmente em São Paulo e vem a ser a maior feira internacional indoor.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Ovino Soinga do Brasil (Acosb), Diel Figueiredo, sabe-se que numa raça ou tipo em que se busque qualidade de carne, são necessários alguns fatores fundamentais como fertilidade, rusticidade, prolificidade e cobertura uniforme de musculatura, principalmente na região dorso-lombar e de pernil.

Ele observa que a raça Soinga já apresenta bons resultados para os fatores descritos na produção de carne de qualidade, por essa razão, é que estamos iniciando um trabalho direcionado para introduzir cobertura muscular mais fortemente na região traseira do Soinga, uma vez identificado este ponto de não excelência na raça, ao se concretizar esse segmento,
teremos uma raça deslanada para produzir carne de qualidade, não somente para os parâmetros regionais, mas também nacionalmente e internacionalmente,
concorrendo com qualquer outra carne da espécie ovina.

E continua ressaltando que, no momento em caráter regional, o Soinga é a raça que produz a melhor carne. No entanto, precisamos estar atentos ao futuro, quando o assunto é alimento de qualidade, porque o mercado torna-se cada vez mais exigente, daí a necessidade de produzir carne de qualidade tanto no aspecto de saúde como do sabor.
Em seguida, Diel Figueredo diz que “não podemos permitir que a raça Soinga perca suas características no cruzamento, o que estamos procurando é introduzir no Soinga, um culote e um quarto traseiro mais volumoso. Os trabalhos de cruzamento se darão com o objetivo de conseguir que os animais Soinga do futuro apresentem o volume de traseiro que desejamos sem perder os outros fatores positivos já existentes na raça”.

José Paz de Melo diz que as raças ingressantes nos cruzamentos foram a Poll-Dorset que tem melhor conformação geral, melhor prolificidade, habilidade materna e qualidade da carne; a Texel onde se encontra Melhor conformidade geral e de posterior o que possibilita melhor convexidade de carcaça; a IIle de France que proporciona melhor ossatura além da Lacoune que tem habilidade materna o que possibilita uma melhor produção de leite.

Para dar continuidade a todo o trabalho desenvolvido até agora é preciso a participação de parceiros no projeto e é isso que está sendo feito a partir da assinatura de convênio de cooperação técnica com algumas entidades e órgãos públicos.

Para isso a Acosb está contando com a participação da UFRN, SAPE, FAZENDA RONDON E A EDITORA TROPICAL, com intuito de desenvolver um projeto inovador no Brasil e no mundo denominado, CCCI, Carneiro da Caatinga com Carcaça Internacional.

O convenio assinado entre ACOSB, Secretaria da Agricultura, da Pecuária e daPesca (Sape) e suas vinculadas vai possibilitar a implantação do Programa de Fomento da Raça Soinga no Estado do Rio Grande do Norte, alem de apoiar e viabilizar com suas vinculadas a continuidade do programa exigido pelo Ministério da Agricultura e da Associação Nacional dos Criadores de Ovino (Arco), que iniciado em 2010, a partir de visitas e assistência técnica mensal aos associados da ACOSB, que esta Identificando, catalogando e registrando o rebanho Soinga no Brasil.

Um outro item do convênio foi firmado entre ACOSB, SAPE e Universidade Federal do Semi-árido (Ufersa), para implantação do Programa de Melhoramento Genético, através de Escrituração Zootécnica que abrangerá todo rebanho ovino da raça Soinga no Brasil.

Um outro item diz respeito ao apoio e incentivos para implantação da Cooperativa dos Produtores de Ovinos Soinga, que será responsável pela compra garantida da produção e fará a comercialização da carne ovina oriunda dos sócios da ACOSB e cooperados.

Por Redação, com informações da Assecom/Acosb
http://www.nominuto.com/noticias/economia/convenios-vao-permitir-a-expansao-da-raca-soinga-no-estado/70848/