sexta-feira, 3 de junho de 2011

Estudantes prestigiam Seminário sobre caatinga

A participação de estudantes de graduação e pós-graduação superou as expectativas na abertura do Seminário Recuperação de Áreas Degradadas e Incorporação de Carbono na Biomassa Vegetal Nativa e Solo do Semiárido do Rio Grande do Norte, promovido pela UFERSA e pela Petrobras, no Auditório do CTARN. O Seminário, que prossegue à tarde a partir das 14h, no Auditório Amâncio Ramalho, é uma ação do Projeto Caatinga de Combate à Desertificação e Recuperação de Áreas Degradadas. 

Na solenidade de abertura, na manhã desta quarta-feira, 01, o reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, professor Josivan Barbosa, ressaltou a importância da continuidade do Projeto iniciado há quase 10 anos. “Trata-se de um grande projeto envolvendo pesquisadores japoneses e envolvendo recursos na ordem de 1 milhão de dólares”, ressaltou o reitor.

Segundo Josivan Barbosa, a cada dia as ações da universidade passam a ser mais realistas com as ações de prevenção ambiental. “Temos o projeto para a criação do Parque da Caatinga, numa área de 13 km de extensão, nas dependências da UFERSA”, revelou.

A criação dos cursos de Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola e Ambiental e o curso de Ecologia também são avanços conquistados pela Universidade do Semi-Árido na área do meio ambiente. “Estamos enviando no próximo semestre a CAPES o projeto de implantação do primeiro mestrado da UFERSA na área de ecologia”, revelou o reitor.

Para o Dr.Eduardo Platter, pesquisador da Petrobras, que apresentou o Projeto de Fixação de Carbono no Solo e na Biomassa Vegetal, o estoque de tonelada de carbono por hectares na caatinga é de 22,9%, contra 92,5% na mata atlântica. O pesquisador ressaltou a importância de trabalhos integrados, como o que vem sendo feito nessa parceria com a UFERSA, para a recuperação das áreas degradadas.

De forma bastante didática, o professor da UFERSA Jéferson Dombroski, trouxe para aos participantes do Seminário exemplos de desertos que são locais de baixa precipitação e que tem como característica a pouca povoação, ou seja, a escassez de vida. Os fatores climáticos, como a seca, e atividades humanas, como o desmatamento e o excesso de uso, contribuem de forma incisiva para a ocorrência de áreas desérticas.

Ainda segundo o professor Dombroski, a desertificação na região do semiárido é decorrente principalmente pela extração da madeira para a lenha e carvão e pelas queimadas uma prática ainda muito utilizadas pelos moradores com o intuito de “limpar” a área. “Com as queimadas ocorre à perda de biomassa e da biodiversidade”, afirmou o professor alertando para importância da preservação.

“Precisamos criar reservas ambientais para mapeamento e estudos sobre a ecologia e a biologia das espécies nativas existentes no semiárido brasileiro”, concluiu. O Seminário terá continuidade agora à tarde, no Auditório Amâncio Ramalho, a partir das 14h, com a apresentação do Projeto Caatinga onde serão explanadas as linhas de pesquisas, objetivos, resultados e perspectivas.

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