quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ENTREVISTA DIÁRIO DE NATAL

DaVinci - Qual o papel da Pesquisa
na UFERSA, atualmente, especialmente
a ligada à Ciência e Tecnologia?
Josivan Barbosa - A UFERSA desempenha
importante papel na inovação
de áreas potenciais dos principais
segmentos produtivos da região: Petróleo,
Gás Natural e Energia Renovável,
Negócio Rural com ênfase na
Agricultura Irrigada e na Agricultura
Familiar. Na Agricultura Irrigada, a
instituição tem se revelado como a
principal geradora de inovações tecnológicas
para o setor, especialmente
para as culturas de manga, melão,
mamão, abacaxi, acerola, melancia,
goiaba e banana. A instituição também
tem gerado bons trabalhos de
pesquisa em culturas tradicionais
como milho, feijão, mandioca e algodão.
Da mesma forma, apresenta
excelentes trabalhos no uso eficiente
da água e do solo no Semi-árido.
Qual a importância dos eventos realizados
pela Universidade, tanto
para a instituição, quanto para o
Estado, de maneira geral?
Desde 1994 que, anualmente, a
instituição apresenta eventos voltados
para o setor produtivo e que
têm como finalidade mostrar para
a sociedade os principais avanços
na geração de inovações que interessam
ao segmento do setor privado.
A UFERSA realiza, todos os
anos, em parceria com o Coex [Comitê
Executivo de Fitossanidade
do RN] e com o Sebrae, a Expofruit
[Feira Internacional da Fruticultura
Tropical], cuja programação
técnica é composta de minicursos,
clínicas tecnológicas, seminários,
caravanas de produtores, entre
outros. A UFERSA também está
realizando a Ficro [Feira Industrial
e Comercial da Região Oeste] em
parceria com a ACIM [Associação
Comercial e Industrial de Mossoró]
e agora abre as suas portas
para a realização da Feira do Empreendedor.
Que outros mecanismos são fomentadores
de C&T na UFERSA?
Nós enviamos, anualmente, mais de
300 trabalhos científicos para congressos
nas diferentes áreas dentro
e fora do país. A maioria dos trabalhos
é na área de Negócio Rural,
mas, a cada ano, está aumentando
a participação da UFERSA nas áreas
de Exatas, Engenharias e Sociais
aplicadas.
Como figura a Pós-Graduação da
Universidade, nesse sentido?
A Pós-graduação da UFERSA está
voltada para cursos que são de interesse
do setor produtivo regional.
A instituição possui, hoje, seis
cursos de mestrado e um curso de
doutorado. A nossa expectativa é
que cada departamento acadêmico
possa ter uma graduação e uma
pós-graduação (mestrado e doutorado)
forte e relacionada com as
demandas regionais.
Que fatores podem caracterizar a
eficiência da instituição?
A eficiência da UFERSA passa, necessariamente,
por uma alocação
diferenciada de professores pelo
Ministério da Educação. Esta é uma
luta que todas as universidades da
região precisam defender.
Saiba mais sobre a UFERSA acessando o
site www.ufersa.edu.br.
De Escola Superior de
Agricultura de Mossoró
(ESAM), para Universidade
Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), vem crescendo
a passos largos e já é uma
referência nacional no ensino,
na pesquisa e na extensão.
Criada em 1º de agosto de
2005, a Ufersa, que já oferecia
educação de qualidade na
condição de Esam, tem vem
crescendo a passos largos e
já é uma referência nacional
no ensino, na pesquisa e na
extensão como preocupação
constante o setor produtivo da
região do semi-árido potiguar.
Para abordar um pouco
da pesquisa na instituição,
conversamos com Josivan
Barbosa Menezes Feitosa, que
já desempenhava a função
de diretor da Esam desde
2004. Ele conduziu o seu
processo de transformação
em Universidade Federal,
quando assumiu a posição de
primeiro reitor da instituição,
embora a nomeação formal
tenha se dado em julho
deste ano, pelo presidente
Luís Inácio Lula da Silva e
pelo ministro da Educação,
Fernando Haddad. Além
de reitor, Josivan também
coordena, na Ufersa, o Centro
Tecnológico do Negócio Rural
do RN (CTARN).
UFERSA
para o Semi-Árido potiguar

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CULTURA DA UVA

CULTURA DA UVA VOLTA AO VALE DO ASSU
Após mais de 20 anos da primeira tentativa de instalação da cultura da uva no Vale do Assu, um grupo de empresários, em associação, tentam novamente implantar a cultura. A cultura da Uva foi testada pela primeira vez no Vale do Assu através das empresas Agro Know e Frunorte Ltda, nesta ordem. A Agro Know foi a primeira empresa a testar a cultura da uva, sendo seguida pela Frunorte em meados da década de 80. A área testada pela Agro Know foi na primeira fazenda adquirida pelo Engenheiro Agrônomo e proprietário da empresa Davi Americano, como era conhecido. A fazenda localizava-se na entrada da cidade de Açu paralela ao Rio Assu.
A Frunorte Ltda testou a cultura na Fazenda Baviera, localizada do lado esquerdo da RN Açu-Carnaubais, o mesmo local onde está sendo testada agora. Naquela oportunidade, a Frunorte Ltda trouxe um engenheiro agrônomo que conhecia a cultura na região de Juazeiro Petrolina. Agora, o grupo de empresários está trazendo um engenheiro agrônomo do Chile, tradicional país produtor e exportador de uva.
O principal motivo que levou a Frunorte Ltda e a Agro Know a erradicarem as áreas com a cultura, foi a forte demanda dos mercados nacional e internacional por frutos de melão e manga, bem mais adaptados à região do Vale do Assu e menos exigentes em tratos culturais. Além disso, as empresas esperavam retirar até 2,5 safras por ano, o que não foi possível.