quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UFERSA estuda dosagens de minerais no cultivo da melancia


A aplicação de fósforo e nitrogênio na fertirrigação para o cultivo da melancia está em estudo na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O objetivo da pesquisa é aperfeiçoar o uso dos insumos sem reduzir a produtividade e melhorar a qualidade das frutas. O experimento, coordenador pelo professor José Francismar Medeiros, está sendo desenvolvido no distrito de Juremal, no município de Baraúna-RN.

Segundo o professor Francismar, a cultura da melancia tem na nutrição mineral um dos fatores que contribuem diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos. “O nitrogênio e o potássio são os elementos mais determinantes e devem ser aplicados de acordo com as exigências de cada cultivar”, pontua o professor.  As doses dessa adubação fosfatada e nitrogenada, bem como os resultados dessas aplicações, estão em análise pelos pesquisadores da UFERSA.  

O experimento ocupa uma área de meio hectare de melancia nas cultivares Leopard, sem semente e, Olímpia, com semente, plantadas em linhas alternadas. O professor explica que a melancia sem semente é triploide, com três fileiras de cromossomos. Portanto, não há possibilidade de fecundação das flores. Daí, a necessidade da cultivar Olímpia, que possui duas fileiras de cromossomos.

A pesquisa é parte integrante do Projeto Modificações Tecnológicas na Cadeira Produtiva do Melão e da Melancia no Rio Grande do Norte, financiado pelo CNPq e coordenado pelo pesquisador Francismar. O experimento iniciado há dois meses se encontra na fase de colheita. Além da coordenação do professor Francismar Medeiros, e de outros pesquisadores da UFERSA, a pesquisa envolve estudantes de graduação (iniciação cientifica), de mestrado e de doutorado. O próximo passo será a análise em laboratório com um estudo detalhado do solo, da planta e do fruto.

ANÁLISE – No que se refere ao solo, o professor adiante que será observada a quantidade de nutrientes residuais após o ciclo da cultura. “Fizemos o monitoramento do solo antes, durante e depois do cultivo, para saber a quantidade de minerais absorvidos pela planta”, explicou. O resultado irá otimizar o uso dos fertilizantes na cultura da melancia. 

Quanto à planta, o estudo possibilitará a análise mais detalhada sobre o acúmulo de matéria seca resultante da fotossíntese na planta e a concentração dos minerais nos tecidos das folhas, caule e frutos. Outro dado a ser obtido diz respeito à quantidade de sais minerais que a planta acumulou durante o ciclo. “Depois de coletados e tabulados, vamos obter o percentual de nutrientes absorvidos pela planta o que vai possibilitar um estudo mais aprofundado sobre as perdas de nutrientes durante o ciclo da melancia nas cultivares Leopard e Olimpia”, revela o pesquisador.

Com relação ao fruto, o professor Francismar Medeiros afirma que vão ser observados os teores de sólidos solúveis (brix), a firmeza da polpa, a espessura da casca, a acidez e o tamanho das melancias. Um outro ponto da pesquisa é saber o período de armazenamento da fruta em condições ambientais e em condições controladas de temperatura (refrigerado).   



Reitor Josivan Barbosa anuncia desafios para UFERSA Caraúbas


O apoio da bancada federal do Estado, do prefeito e dos vereadores, da sociedade caraubense e dos alunos e professores da UFERSA Caraúbas é de fundamental importância para a consolidação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido na Região do Médio Oeste. Essa opinião foi expressa pelo reitor da UFERSA, professor Josivan Barbosa, durante encontro realizado na Câmara Municipal para explicar à comunidade as novidades pactuadas com o Ministério da Educação para a consolidação do campus da universidade no município.

“Caraúbas e toda a região do médio oeste estão em festa ao receber tão esperadas notícias que consolidam a construção do campus da UFERSA, beneficiando com a educação superior os jovens do nosso município e toda a região”, afirmou o prefeito Ademar Ferreira.

O encontro reuniu no plenário da Câmara os mais diversos segmentos representativos da cidade que ouviram com atenção as novidades apresentadas pelo reitor da Universidade do Semi-Árido. “Os alunos são os mais fortes nesse processo, daí, a importância que eles entendam a necessidade dessa conquista que é trazer a universidade para perto deles”, explicou o reitor.

Na semana passada, atendendo convite do Ministério da Educação, o professor Josivan Barbosa esteve em Brasília para pactuar os novos desafios para Caraúbas. “Fomos acordar, colocar no papel os compromissos do MEC para com a UFERSA Caraúbas”, explicou. Segundo o reitor, a reunião superou as expectativas da Universidade ao ficar acordado a contratação, via concurso público, de 103 professores e cerca de 90 servidores, o que representa a criação de mais 300 vagas anuais naquele campus. “Do total de vagas para professor, 20 já foram liberadas de imediato e o edital para o concurso será divulgado nos próximos dias”, garantiu.

Ainda segundo Josivan Barbosa, a pactuação para UFERSA Caraúbas representa um grande avanço uma vez que possibilitará ao campus da região do médio oeste estrutura para a implantação da pós-graduação com cursos de especialização, mestrado e doutorado na área tecnológica. “Além dos cursos Bacharelado em Ciência e Tecnologia e Ciência da Computação, a ideia é criarmos pelo menos cinco novos cursos de engenharias”, afirmou. A equipe pedagógica da Universidade já realiza estudo para definir quais os cursos serão mais viáveis.

O reitor da UFERSA também assegurou que as obras para a construção do campus universitário serão iniciadas no início do próximo ano. “Para começar temos no orçamento R$ 14 milhões”, afirmou. As obras já se encontram em processo de licitação. A exemplo da UFERSA Angicos, que se encontra em fase de conclusão, o campus de Caraúbas irá contar com estrutura própria e independente da sede.  

Quando estiver em pleno funcionamento a UFERSA Caraúbas disponibilizará de um orçamento anual em torno de R$ 24 milhões. O campus terá a mesma estrutura de Angicos com salas de aula, laboratórios, salas de professores, biblioteca, centro de convivência, entre outros equipamentos de infraestrutura. A estimativa é de gerar oportunidades com o ensino superior para os jovens de 32 municípios que compõem o médio oeste, além dos municípios vizinhos dos estados da Paraíba e do Ceará.  

O reitor Josivan Barbosa acredita que o processo de expansão das universidades federais é um projeto consolidado que não tem volta. “O governo Lula criou 14 universidades e 126 novos campus, enquanto o governo FHC criou apenas 2, o que comprova o compromisso com a expansão do ensino superior gratuito e de qualidade”, ressaltou.

O reitor disse também que trabalha com um projeto para a criação de uma Faculdade de Medicina para o Semiárido, com a construção de um hospital universitário dentro do campus da UFERSA Mossoró. “Quanto mais unidos maiores são as chances para viabilizar esse projeto”, acredita Josivan Barbosa.

Para os alunos que já conquistaram uma vaga na UFERSA Caraúbas o encontro com reitor foi satisfatório. “Acompanho o processo de expansão da UFERSA e hoje gostei muito de saber como será o campus de Caraúbas”, opinou a estudante de Ciência e Tecnologia, Isadora Araújo.

Para Dalila Praxedes, que mora em Apodi, e cursa também o BCT em Caraúbas, as novidades foram boas. “Achei interessante conhecer o andamento dos novos projetos da Universidade e saber que os recursos para a construção do campus estão garantidos”, afirmou.





IAGRAM prestigia implantação de nova incubadora em Mossoró


A partir de janeiro, o município de Mossoró contará com a atuação de mais uma incubadora de empresas. Desta vez, de Petróleo e Gás. Esta é a terceira a ser implantada na cidade e a primeira a ser gerenciada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRN, no Campus de Mossoró. O município já conta com a Incubadora do Agronegócio de Mossoró, a IAGRAM, gerenciada pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido e o Centro de Incubação Tecnológica do Semiárido, o CITECS, gerenciado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.

Para o gerente da IAGRAM, Giorgio Mendes, o surgimento de uma nova incubadora em Mossoró, ressalta a importância da cidade no contexto regional. “Com a implantação da nova incubadora damos um grande passo para a implantação do Parque Tecnológico de Mossoró”, reconhece o gerente da IAGRAM.

A importância de uma incubadora na área de petróleo e gás também tem o reconhecimento do Gerente do Sebrae, João Bosco Cabral Freire, ao reconhecer a vocação da região oeste para esse seguimento. “A nova incubadora nasce com base na vocação regional que é a exploração de combustíveis”, afirmou. Segundo João Bosco das 7 incubadoras existentes no Estado, 3 estão na cidade de Mossoró o que representa grande apoio para o empreendedorismo.

A Incubadora do Petróleo e Gás nasce com a capacidade para incubar dez empreendimentos, sendo quatro presenciais e seis à distância. “A estratégia do IFRN é instalar em cada campus uma incubadora, aliando a educação tecnológica a realidade econômica e social da região, modelando um programa de empreendedorismo”, afirmou o professor Jerônimo Pereira, responsável pelo Núcleo de Incubação Tecnológica do IFRN.



UFERSA na Rede Nacional sobre sustentabilidade na Aquicultura


O CNPq aprovou o projeto intitulado “Indicadores de Sustentabilidade para Aquicultura”, com um valor de aproximadamente R$ 600 mil. O projeto contempla os pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, os professores doutores, Gustavo Henrique Gonzaga da Silva e Virginia Cavalari, ambos do Departamento de Ciências Animais, e alunos de iniciação científica e pós-graduação.

A Rede Nacional de Sustentabilidade na Aqüicultura é constituída por 38 pesquisadores de 15 instituições de pesquisa das regiões sul, sudeste, nordeste e norte. Foi formada a partir do Grupo de Trabalho em Sustentabilidade, constituído pelo Ministério da Pesca e Aqüicultura em 2009 para estudar e propor um conjunto de indicadores adequados para avaliar a sustentabilidade da aqüicultura brasileira.

A rede será coordenada pelo Prof. Dr. Wagner Valenti, do Centro de Aquicultura da UNESP, que tem larga experiência em aqüicultura e em sustentabilidade e no gerenciamento de projetos integrados de pesquisa envolvendo grande número de pesquisadores. O objetivo principal da rede é desenvolver um conjunto de indicadores de sustentabilidade adequados para avaliar a aqüicultura brasileira e formar pessoal qualificado para atuar na avaliação da sustentabilidade da aqüicultura.

Os pesquisadores estão agrupados em equipes regionais distribuídos por vários estados brasileiros, que coletarão dados em empreendimentos geograficamente próximos de suas instituições. Será criada uma central de análises de amostras dos parâmetros físicos, químicos e biológicos, equipada com equipamentos de ponta, que serão operados por técnicos especializados.

Cada equipe receberá um kit contendo os equipamentos necessários para a coleta das amostras e recursos para o deslocamento até as fazendas. As amostras serão coletadas pelas equipes e remetidas para essa central de análises para serem processadas; após, os dados obtidos retornarão para a respectiva equipe para serem analisados. Esse mecanismo permitirá a otimização do trabalho dos pesquisadores e dos custos, tanto na coleta de dados como nas análises de amostras.

De acordo com o professor Gustavo Henrique Gonzaga da Silva, no Rio Grande do Norte, serão avaliados sistemas de produção de tilápias (O. niloticus) em tanques rede em reservatórios. O projeto visa dar continuidade aos projetos de pesquisa que já vêem sendo desenvolvidos pelo Laboratório de Limnologia e Qualidade de Água (LIMNOAQUA) e aos projetos de extensão desenvolvidos pela professora Virginia Cavalari.

O projeto objetiva testar em nível nacional índices e indicadores de sustentabilidade ambiental, econômica e social das atividades de aquicultura, tais como cultivos intensivo, semi-intensivo e extensivo de camarões marinho e de água doce, mexilhões, ostras, carpas, tilápias, trutas, pacu, tambaqui, peixes ornamentais, macroalgas, entre outros. Deve-se destacar que esse projeto representa a fase final de um trabalho já iniciado pela iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura, visando desenvolver métodos para avaliar a sustentabilidade da aquicultura brasileira.

Iniciativas semelhantes vêm sendo feitas em vários países, com destaque para o trabalho da Comunidade Européia. Neste contexto, avaliações da sustentabilidade dos sistemas de produção podem se tornar obrigatórios para colocar os produtos aquícolas brasileiros em mercados diferenciados.

De acordo com o professor Gustavo Henrique, a inclusão da UFERSA nesta rede nacional para testar metodologias recentes e inovadoras proporciona condições de inserir ainda mais a Universidade no cenário nacional no que tange as pesquisas na área de Aquicultura Sustentável e Limnologia. O projeto proporcionará ainda uma melhor capacitação de alunos de graduação e pós-graduação da Instituição, além de fornecer informações consistentes para os piscicultores sobre a viabilidade de seus empreendimentos e de como otimizar os seus lucros, levando sempre em consideração as temáticas ambientais, sociais e econômicas.

UFERSA abre inscrições para Pós em Ambiente, Tecnologia e Sociedade

Profissionais de nível superior de qualquer área do conhecimento poderão participar da seleção para o primeiro Mestrado Interdisciplinar Ambiente, Tecnologia e Sociedade da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. As inscrições foram abertas na última segunda-feira (13/12) e vão prosseguir até o dia 14 de janeiro. O Formulário de Inscrição e o Edital estão disponíveis no site da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFERSA http://www2.ufersa.edu.br/

Para o Mestrado Acadêmico Ambiente, Tecnologia e Sociedade, a UFERSA oferece 15 vagas, distribuídas nas linhas de pesquisas: Tecnologias Sustentáveis e Recursos Naturais do Semi-Árido, com 8 vagas e, Desenvolvimento e Sustentabilidade de Organizações e Comunidades no Semi-Árido, com 7 vagas.

Para inscrição, além do preenchimento do formulário, é necessária a apresentação de cópia do diploma de curso superior, uma foto 3x4 recente, Curriculum Vitae devidamente comprovado no modelo Plataforma Lattes, três cópias do pré-projeto de pesquisa e três cartas de referência enviadas pelo próprio informante em envelope fechado, conforme modelo disponível no site da PROPPG. O candidato também deve apresentar cópia do recibo de pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 51,00.

A seleção constará de de prova escrita, entrevista e prova de títulos. A prova escrita, de caráter eliminatório, com duas questões, uma de caráter geral sobre a temática Ambiente, Tecnologia e Sociedade, e outra, sobre a linha de pesquisa escolhida pelo candidato no preenchimento da ficha de inscrição. Cada uma das questões deve ser respondida em no máximo 30 linhas. A nota mínima de aprovação é 6,0 (seis).
A entrevista, de caráter eliminatório, versará sobre aspectos do Pré-Projeto de Pesquisa. A nota mínima de aprovação é 6,0 (seis). As entrevistas serão realizadas somente com os candidatos que obtiveram aprovação na prova escrita. Já a prova de títulos, de caráter classificatório, se dará com a análise do Curriculum Vitae.  A prova escrita, a entrevista e a prova de títulos terão pesos 5, 3 e 2, respectivamente.

A prova escrita será realizada no dia 17 de janeiro de 2011, em local e horário a ser informado no site da PROPPG/UFERSA até o dia 14 de janeiro de 2010. A divulgação da lista dos candidatos aprovados na prova escrita ocorrerá no dia 18 de janeiro de 2011 no site da PROPPG/UFERSA.