domingo, 21 de junho de 2009

LABORATÓRIO DE PESCA NO RN

Maior exportador de pescados do Brasil, o Rio Grande do Norte está prestes a receber uma ferramenta que vai melhorar a comercialização do produto no exterior. Dentro de três meses, através de uma parceria entre Petrobras, UFRN e governo do estado, os empresários do setor terão um Laboratório de Bromatologia para determinação de histaminas em peixes. Hoje, este tipo de teste é feito em Belo Horizonte e leva três dias para chegar atrasando a remessa do produto.Os níveis dessa substância indicam o estado de deterioração do pescado e, por isso, servem para determinar a qualidade do pescado. Por isso, o exame é uma das exigências para a venda do produto no exterior. O subsecretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Antonio-Alberto Cortez, explica que, com a presença de um laboratório desse tipo no estado, as empresas poderão ter o resultado dos exames com precisão no mesmo dia.Ele conta que a idéia de instalação do Laboratório de Bromatologia surgiu da necessidade de atender estas exigências do mercado internacional. Atualmente, o RN tem nos países da União Européia e EUA seus principais compradores. Entre os produtos, estão peixes nobres como o atum e o espadarte . “Havia uma demanda dos empresários no sentido do laboratório e a governadora se interessou imediatamente por atender o pleito”.Cortez estima que em cerca de quatro meses o laboratório esteja pronto e funcionando, à disposição dos exportadores de todo o estado. O espaço vai oferecer uma logística mais confortável às empresas que hoje têm que enviar as amostras de avião. O tempo de espera do produto, altamente sensível, prejudica a comercialização.Para adequação do espaço onde funcionará o Laboratório de Bromatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estão sendo investidos R$ 642 mil, por parte da Petrobras, além de R$ 64.205 do governo do estado. “Os recursos já foram repassados, está havendo apenas uma adequação de prazos”. Os equipamentos serão operados por professores do Departamento de Química e bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).AvançoAntonio-Alberto Cortez declara que o laboratório é mais um avanço para a produção pesqueira do estado que vem crescendo nos últimos anos. “As pessoas não refletem muitas vezes as alterações positivas que ocorreram no estado no setor de pesca. Há sete ou oito anos, o Rio Grande do Norte era uma lanterna na produção de pescados. Gradualmente, foi se transformando em um grande produtor de pescados”. O subsecretário aponta algumas mudanças importantes para que o estado alcançasse o posto mais alto exportador do setor. O primeiro foi a iniciativa do governo do estado em apoiar a produção. “A governadora colocou a atividade pesqueira no rol de prioridades do governo. Quando um governante demonstra esse tipo de atitude, passa confiança para que outros investimentos sejam realizados”. Ele cita como exemplos, além da instalação de grandes empresas, a criação do curso de Aquicultura da UFRN e outras instituições como o Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFRN), a UFERSA, com a criação do Curso Superior em Engenharia de Pesca, que investem em cursos na área.Sobre os investimentos privados, Cortez destaca que hoje o RN tem uma frota pesqueira moderna tão boa quanto outros países do mundo. Além disso, o estado detém a primazia no Programa de Rastreabilidade de Pescados. Através dele, o comprador pode saber toda a procedência do peixe que consome porque o produto é registrado com detalhes minuciosos como dia, horário, local da pesca, e temperatura da água. “Isso confere confiança, qualidade e credibilidade ao nosso produto”. O Brasil foi o primeiro a implantar esse sistema e o RN é o primeiro do país a atuar com ele. Tribuna do Nortehttp://www.tribunadonorte.com.br

Nenhum comentário: