domingo, 5 de abril de 2009

PROJETOS DE ENERGIA EÓLICA NO RN E CE

A Edição do Diário do Nordeste do último sábado trouxe importante matéria sobre os projetos de energia eólica instalados nos litorais do RN e Ceará. Veja a Matéria na íntegra:
Os projetos de geração de energia eólica em implantação no Ceará e do Rio Grande do Norte sofrem com problemas de infra-estrutura nesses estados. As dificuldades são a precariedade da rede de transmissão para escoamento da energia gerada e a incapacidade das atuais subestações de receber e conectar a energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN).Para superar esse quadro, os governos dos dois estados tentam, como medida extrema, junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o desenvolvimento de um projeto que amplie a capacidade de conexão dos seus parques eólicos.Os projetos cearenses já conhecidos e oriundos do Proinfra-I podem produzir cerca de 1.200 megawatts (MW); os do Rio Grande do Norte, outros 1.200 MW. O potencial de geração dos dois estados é estimado em 50 mil MW.Falando com exclusividade ao Diário do Nordeste, o coordenador de Energia e Comunicações da Secretaria de Infra-Estrutura do Ceará, engenheiro Renato Rolim, e o secretário Extraordinário de Energia do Rio Grande do Norte, engenheiro Jean-Paul Prates, disseram que as dificuldades poderão ser afastadas, se a EPE acatar a proposta de ambos os estados. ´No caso do Ceará, estamos negociando com a Empresa de Pesquisa Energética a implantação de duas subestações coletoras de 230 KV/69 KV — uma para o litoral Oeste, outra para o litoral Leste — além de trechos de linhas de transmissão em 69 KV com extensão estimada em 200 Km´, disse o coordenador de Energia da Seinfra. Com essas providências, os parques eólicos que surgirão do leilão da Aneel no próximo mês de novembro terão assegurada a sua conexão ao sistema.Com relação ao Rio Grande do Norte, que sofre da mesma deficiência do sistema elétrico, as providências reivindicadas são praticamente as mesmas. Coincidentemente, os empresários investidores também são os mesmos nos dois casos.Esses problemas não se restringem apenas ao Ceará e ao Rio Grande do Norte, uma vez que o Sistema Interligado Nacional envolve em comum as demandas e as cargas da indústria, do comércio e de domicílios residenciais de toda a região do Nordeste. Sobre essa demanda, deve ser acrescentada a das unidades de geração de energia futura, agravando o quadro de ameaça do sistema elétrico regional.Para o engenheiro Renato Rolim, sem que a EPE intervenha, o quadro atual do sistema elétrico do Nordeste, principalmente o dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, que detêm o maior potencial de geração eólica, permanecerá gravemente ameaçado, uma vez que o a rede existente não suportará a sobrecarga.

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