quinta-feira, 29 de abril de 2010

Moscamed amplia acesso do Brasil ao mercado internacional de frutas

Por Aline Guedes


O Brasil é um dos três maiores produtores de frutas no mundo, com uma produção de aproximadamente 40 milhões de toneladas anuais e uma área plantada em torno de 2,5 milhões de hectares. Trata-se de um dos mais ativos segmentos da economia nacional, liderando as estatísticas de geração de emprego e de números de estabelecimentos industriais.


Esta dinâmica do setor, aliada ao crescente aumento das exportações, observado nos últimos anos, tem exigido especial atenção, sobretudo no controle de pragas. Nesse sentido, o trabalho desenvolvido pela Biofábrica Moscamed Brasil (BMB), em Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, é referência, por meio da produção de machos estéreis da mosca do mediterrâneo para o controle biológico daquela que é considerada a praga mais ofensiva da fruticultura nacional.

O inseto ataca grande variedade de frutas tropicais, subtropicais e temperadas, a exemplo da manga, uva e goiaba, causando prejuízo entre R$ 150 e R$ 200 milhões anuais.


O Moscamed é um empreendimento ligado ao Ministério da Agricultura (Mapa) e que também conta com aporte financeiro do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Integração Nacional (MIN) e do governo da Bahia, por meio das secretarias da Agricultura e da Ciência, Tecnologia e Inovação.


Além disso, a organização tem estabelecidas parcerias estratégicas com instituições nacionais e internacionais, a exemplo do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), secretarias estaduais de agricultura, Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas (ONU), Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), entre outras.

A instituição produz machos estéreis da mosca-das-frutas, que, ao copularem com as fêmeas, transferem espermatozóides infecundos, bloqueando a reprodução. Tudo isso objetiva a supressão populacional do inseto.

De acordo com o diretor executivo da Moscamed, Jair Virgínio, essa ação em estados como Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul tem sido essencial para garantir e ampliar o acesso ao mercado internacional, cada vez mais exigente quanto à qualidade dos produtos adquiridos.

"Temos buscado a excelência do trabalho, que também vem se expandindo para diferentes atuações nas áreas da sanidade animal e vegetal. Além da mosca do mediterrâneo, ainda há uma atuação sobre a lagarta da macieira (Cydia pomonella), que ataca as rosáceas, como maçã, pêra e ameixa, principalmente em plantações da região Sul" - informa Virgínio.

Para saber mais sobre a Moscamed, acesse: www.moscamed.org.br

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